terça-feira, outubro 26, 2010

Em Novembro fazemos a luta toda PDF Imprimir e-mail
Assombrados pela crise e por mais austeridade, os portugueses estão hoje mais alerta e por isso mais susceptíveis aos movimentos sociais de contestação a este governo. Novembro é um mês importante para a esquerda, um mês trabalhoso mas também um mês de conquistas. A necessidade de um estado socialista ergue-se pelas fendas que o grande capital abriu nele próprio. Novembro é tempo de revolta, é tempo de ir para a rua e fazer a luta toda.
Existem 3 pontos essenciais que são necessários definir e pensar durante esse mês que aí se avizinha. Três pontos sinónimos do nosso Portugal, 3 pontos de reviravolta, 3 pontos de luta. Todos estes pontos são formas de manifestação legítimas, necessárias e urgentes.
Começo pelo primeiro: A manifestação do Ensino Superior no dia 17 de Novembro. Mais um ano, mais contestação. É o que geralmente acontece quando nada muda. Em finais de 2010 os estudantes voltam à rua, e cada vez que voltam, voltam com mais razão, com mais força e motivação. Devemos concentrar energias na mobilização e na divulgação deste protesto. Mas não deve ser apenas o ensino superior que deve emergir nesta luta, também o secundário tem razões para protestar, e cada vez mais. Custa-me ver velhas bandeiras de luta tornarem-se meras banalidades quando ainda nada mudou. Não nos podemos esquecer dessas políticas e devemos cada vez mais investir em novas formas de luta e nunca, mas nunca parar. No próximo dia 5 de Novembro iremos relançar, em Coimbra, o Movimento Estudantil através do Encontro de Activistas Estudantis do Bloco de Esquerda. Um espaço aberto onde atacaremos o conformismo e definiremos as estratégias para que o Movimento Estudantil ganhe forças para a grande luta que está para vir.
Como segundo ponto temos a contra-cimeira da NATO. A NATO tem vindo a discutir o seu novo conceito estratégico, um conceito que impõe a uma suposta organização pela paz, as velhas ideias imperialistas com rosto e linguagem nova. Quem é Anti-Guerra é Anti-NATO, não há volta a dar e este é um aspecto fulcral para quem vê a NATO. Esta é uma luta que não podemos esquecer, uma luta que devemos elevar à escala mundial. A NATO é o que sempre foi: um braço do capital, um braço armado. Arma essa que através da militarização impõe as suas condições ao mundo, cobrindo tudo isso com uma alegada intenção de paz.
A NATO está por estes tempos na agenda nacional e deve estar principalmente na nossa agenda. Para que façamos todo o nosso activismo e contestemos a todo o custo a NATO e a Guerra.
O terceiro ponto deste mês de Novembro é a Greve Geral de dia 24, e esta será certamente a manifestação com maior adesão e maior força.
Após mais um plano de austeridade que atinge de forma fatal os portugueses em geral, o proletariado precisa de manifestar a sua revolta na rua. Tudo isto devido à quase certa viabilização do Orçamento de Estado por parte de mais um PS, desta vez com D.
Mais uma vez este governo mostrou-nos como piorar uma crise.
O cúmulo é que a crise chegou à própria crise. Agora, o Partido “Socialista” lançou uma nova promoção: pagas uma crise e levas duas! Não bastava uma crise económica que paira sobre toda a Europa, por isso, este governo decidiu criar mais uma: uma crise social que se irá fazer ouvir e sentir nas ruas já no próximo dia 24 de Novembro!
Os trabalhadores são mais uma vez o alvo de um governo cobarde que não tem coragem de atacar o grande sistema capitalista.
Novembro é mais um mês de luta para nós, mas é também um mês de esperança para dez milhões de pessoas. É nisso que a esquerda se deve focar e é por isso que nos devemos bater.
André Moreira 
A Comuna 

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