segunda-feira, novembro 01, 2010

Administradores de 9 empresas públicas ganharam 7,5 milhões

Em 2009, nove empresas públicas gastaram 7,5 milhões de euros em salários e outras despesas de 46 administradores. Só a administração da TAP gastou mais de um terço desse total.
Fernando Pinto, presidente da TAP, empresa que gastou 2,6 milhões de euros com os seus seis administradores em 2009 – Foto de Tiago Petinga/Lusa (arquivo)
Fernando Pinto, presidente da TAP, empresa que gastou 2,6 milhões de euros com os seus seis administradores em 2009 – Foto de Tiago Petinga/Lusa (arquivo)
O jornal “Sol” divulgou as contas dos gastos com vencimentos e outras despesas dos administradores de nove empresas públicas: ANA, STCP, Estradas de Portugal, CTT, Refer, CP, Metro de Lisboa, Carris e TAP. Em média, cada um dos 46 administradores ganhou mais de 162,2 mil euros em 2009. O passivo destas nove empresas mais do que duplicou nos últimos quatro anos, passando de 13,3 mil milhões de euros em 2006, para 31,1 mil milhões de euros no final de 2009.
Só a TAP gastou, em 2009, mais de 2,6 milhões de euros com os seus seis administradores. A média do vencimento anual de cada um deles foi de 412.000 euros anuais, tendo o presidente do conselho de administração, Fernando Pinto, recebido 420.000 euros de vencimento base anual. A administração da TAP gastou ainda 74.000 euros em aluguer de carros e combustível e 55,4 mil euros em ajudas ao arrendamento de habitação de quatro administradores.
Segundo o jornal, os CTT é a segunda das nove empresas que mais gastou com a sua administração, tendo até distribuído um prémio de gestão aos seus cinco administradores no montante de 213,8 mil euros.
Mas nem só a TAP gasta elevados montantes com o aluguer de viaturas para os seus administradores. A Estradas de Portugal, a empresa pública que tem o maior passivo (15,8 mil milhões de euros), gastou 48.000 euros em aluguer de carros e combustível. Os CTT gastaram 42.500 euros para alugar carros para 4 administradores, enquanto a Metro de Lisboa gastou 85.000 euros, dos quais 40.300 foram dispendidos no aluguer de um carro usado por Miguel Roquette, vogal da administração, durante nove meses.

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