quinta-feira, março 10, 2011

Concentração de professores em defesa do emprego e da Escola Pública

Em entrevista ao Esquerda.net, Manuel Grilo, membro do Secretariado Nacional da Fenprof, fala sobre o propósito do protesto no próximo sábado, 12 de Março no Campo Pequeno, lembrando o direito ao emprego e o flagelo da precariedade na escola pública.
Manuel Grilo destaca que os objectivos desta luta são a defesa da qualidade da escola pública e a qualidade do emprego docente
Manuel Grilo destaca que os objectivos desta luta são a defesa da qualidade da escola pública e a qualidade do emprego docente
Manuel Grilo anuncia que a Fenprof espera encher o Campo Pequeno, referindo que “todos os sinais indiciam isso”, e fala da Plataforma da Educação e de outras acções marcadas, nomeadamente a Marcha da Educação, que terá lugar a 2 de Abril. O dirigente da Fenprof assinala que os objectivos desta luta são a defesa da qualidade da escola pública e a qualidade do emprego docente.
Manuel Grilo destaca como muito importante que a Assembleia da República tenha “conseguido colocar em causa o diploma do Governo que mandava para a rua directamente mais de 20.000 professores e punha em causa objectivamente a qualidade da Escola Pública”, mas sublinha que “o ataque deste Governo e deste ministério à escola pública não terminou”, referindo que “o Governo tem em preparação diplomas de organização do ano lectivo” em que retira mais de uma dezena de milhar de horários”.
Sobre a avaliação de desempenho, Manuel Grilo refere que é o que “provavelmente motiva mais professores a protestar”, mas considera que hoje a questão fundamental para os professores é o emprego. Realçando que o modelo de avaliação é “iníquo, ineficaz, mas que se traduz num aumento do volume de trabalho, num aumento da burocracia no interior da escola” e num mau ambiente gerado pela “competição entre pares”, Manuel Grilo afirma que “o modo natural de agir dos professores é de cooperação e não de competição”.
O dirigente da Fenprof salienta ainda que a “escola pública nunca teve tantos precários, 40% dos professores são precários”, que o ministério da educação trata como descartáveis.

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