terça-feira, agosto 16, 2011

Portagens: protesto na Via do Infante chega a cortar EN125

Várias dezenas de pessoas protestaram esta segunda-feira contra a introdução de portagens na Via do Infante, com a realização de um cordão humano na Estrada Nacional 125, perto de Faro, que obrigou ao corte do trânsito.
Portagens: protesto na Via do Infante chega a cortar EN125
Protesto desta segunda-feira contra as portagens na Via do Infante, no Algarve, chegou a cortar a EN125. Foto Luís Forra/LUSA.
A concentração deste feriado estava marcada para as 11h, à entrada de Faro. O protesto que consistia, desta vez, numa marcha a pé, foi convocado pela Comissão de Utentes da Via do Infante (A22) e pelo Movimento contra as Portagens na A22 e atingiu os objectivos programados, dizem os organizadores.
“Foi positivo, até porque isto era uma acção simbólica, sabíamos que era difícil, estiveram aqui umas dezenas largas de pessoas, e é para manter bem viva a chama da luta contra as portagens a Via Infante. Como já referi anteriormente, isto é o início de um conjunto de acções que iremos ter no futuro contra a introdução de portagens”, afirmou João Vasconcelos, da Comissão de Utentes.
Por outro lado, “iremos accionar esta matéria na frente jurídica, nos tribunais”, prometeu, precisando que isso irá acontecer “assim que sair a resolução do Conselho de Ministros a definir o preço das portagens, as discriminações positivas”.
“Não está excluído um recurso aos tribunais europeus”, numa “acção concertada com Scuts do Norte do país”, acrescentou.
João Vasconcelos frisou que o objectivo foi “demonstrar que os algarvios não desistem, vão continuar a lutar, porque sabemos que portajar a Via do Infante será uma machadada tremenda na economia e na sociedade do Algarve”, cita a Lusa.
“E é estranho que o Primeiro-ministro, que ontem esteve aqui no Algarve, na festa do Pontal, não tenha tido nem uma única palavra sobre esta matéria, porque ele sabe que portajar a Via do Infante é matar o Algarve, a sociedade e o turismo”, criticou o dirigente da Comissão.
Já João Fava, do movimento contra as portagens, considerou que “a luta continua” e é “necessário ser persistentes, porque é do conhecimento geral que portajar a Via do Infante traz consequências graves e profundas para a nossa região, quer a nível económico, financeiro, social, técnico, urbanístico”.
João Vasconcelos criticou ainda a alteração da posição do presidente da Câmara de Faro e da Comunidade Intermunicipal do Algarve, Macário Correia, que, depois de o PSD tomar posse no Governo, disse compreender a inevitabilidade das portagens.
“Penso até que ele [Macário Correia] se aproveitou da luta da comissão de utentes e do movimento contra as portagens para aparecer em alguns momentos. Mas a responsabilidade é dele e os algarvios só têm uma lição a tirar, é que mais uma vez foram enganados por esse senhor e ele não merece credibilidade”, afirmou Vasconcelos.
Esquerda.net

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