segunda-feira, fevereiro 04, 2013

"Maré da Educação" lança manifesto

Depois de ter apelado à participação na manifestação integrada no protesto "Que se Lixe a Troika - O povo é quem mais ordena!", a Maré da Educação lança manifesto subscrito por vários professores e estudantes.
Os subscritores tinham já apelado à participação na manifestação, integrada no protesto "Que se Lixe a Troika - O povo é que mais ordena", marcada para as 14 horas do próxima dia 2 de Março, em frente ao Ministério da Educação em Lisboa.
Depois de ter apelado à participação na manifestação integragada no protesto "Que se Lixe a Troika - O povo é quem mais ordena", Maré da Educação lança manifesto subscrito por vários professores e estudantes.
"Maré da Educação" lança manifesto, que pode ser lido no facebook, onde defende “sem Educação de qualidade não há país que sobreviva à crise” e acusa o Governo de atacar a educação, “em vez de investir no que pode levantar o país”.
Os subscritores tinham já apelado à participação na manifestação, integrada no protesto "Que se Lixe a Troika - O povo é que mais ordena", marcada para as 14 horas do próxima dia 2 de Março, em frente ao Ministério da Educação em Lisboa.
“Portugal está muito atrasado e o Governo quer empurrar-nos ainda mais para trás: só 32% da população portuguesa tem o ensino secundário contra 72% no conjunto dos países da OCDE. A taxa de licenciados continua muito baixa e somos dos países com as propinas mais elevadas da Europa. Investir nas pessoas é investir no país de forma responsável, mas tudo está a ser feito ao contrário”, afirmam os signatários.
“O ataque à escola pública faz-se sentir todos os dias: dezenas de milhares de professores ficaram sem trabalho, o número de alunos por turma aumentou, milhares de estudantes do ensino superior abandonam as universidades por não poderem pagar ou endividam-se cada vez mais”, lê-se no texto
Segundo o manifesto, pretende-se “criar uma educação para ricos e outra para pobres”.
“O Governo da ‘troika’ insiste em penalizar o povo, encarando a escola pública como mais uma despesa a cortar”, referem.
“Não foram os alunos, nem as famílias, nem os professores, os responsáveis pela dívida que aumenta todos os dias e cujo abuso dos juros anuais supera o orçamento para a Educação”, argumentam os elementos da comunidade educativa.
“Investir nas pessoas é investir no país de forma responsável, mas tudo está a ser feito ao contrário”, atesta o documento que conta entre outras com a assinatura de vários professores e estudantes.
Segundo a "Maré da Educação", “a taxa de licenciados continua muito baixa”, sendo Portugal um “dos países com as propinas mais elevadas da Europa”.
Para os subscritores “não há salvação possível quando se atacam os serviços públicos, quando se faz disparar o desemprego, quando se empobrece a escola pública”.
“ O investimento neste setor desceu de 5,9% para 3,8% do Produto Interno Bruto em dois anos, menos de metade da média do investimento nos países da OCDE”, sublinham.
Segundo os autores, “a inclusão de agentes externos, nomeadamente bancos, nos conselhos de gestão das universidades prova a intenção do Governo em subjugar o Ensino a uma lógica de mercado e não de conhecimento e cidadania”.
“Não aceitamos que um bem público seja posto à venda!”, declaram os autores.
No texto é também criticada a posição do Governo e da troika que “ameaçam com mais horas de trabalho, com mais precariedade e despedimentos de professores, propinas ainda mais caras e desde o secundário”.
Subscritores
Belandina Vaz, professora contratada; João Mineiro, dirigente estudantil; Isabel Moura, professora contratada; Carlos Gomes, professor, Plataforma pela Educação; Sara Schuh, estudante do ensino secundário; Paulo Guinote, professor, autor do blogue “A Educação do meu Umbigo”; Deolinda Martin, professora, SPGL; Arlindo Ferreira, professor, autor do Blog DeAr Lindo; Inês Tavares, dirigente estudantil; António Avelãs, professor, SPGL; Laura Diogo, Artigo 74º; Sérgio Paiva, professor contratado; Beatriz Dias, professora, Movimento Escola Pública; Alexandre Pinto, professor contratado; Miguel Reis, professor desempregado; Inês Lopes, assistente administrativa; Isabel Borges, professora; Patrícia Figueira, professora; Rui Foles, professor; José Henrique Santos; Mariana Gomes, estudante; Clara Cuéllar, estudante; João Carreiras, estudante; Luna Rebelo, estudante; Ricardo Gouveia, estudante; Isabel Louçã, professora; Helena Dias, ativista social; Silvana Paulino, professora efetiva; Jaime Pinho, professor efetivo; Rodrigo Rivera, estudante; Maria Figueiredo, estudante; Maria Canelhas; Filipa Gonçalves, estudante; João Paulo Silva, professor, SPN

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