domingo, fevereiro 17, 2013

Protestos da CGTP no Algarve juntam mais de mil pessoas

Mais de mil pessoas saíram à rua este sábado para se juntar ao protesto convocado pela CGTP em três cidades algarvias. Em Faro, o desfile, que começou na rotunda do Liceu e percorreu a Baixa da cidade, juntou largas centenas de pessoas, situação que teve paralelo em Portimão, outro dos locais que acolheu a «Jornada Nacional de Ação e Luta» da intersindical.
Na capital algarvia, o desfile foi engrossando à medida que ia avançando e atingiu o seu auge quando passou junto à Doca de Faro e regressou ao Largo da Pontinha.
Uma longa fila de gente, que estaria nessa altura perto do milhar de pessoas, gritou palavras de ordem, a exigir o aumento de salários, nomeadamente o valor do salário mínimo.
Em Portimão, a manifestação juntou cerca de 500 pessoas, que percorreram as ruas da cidade, desde a Alameda, passando frente à Câmara e à Casa Inglesa, e terminando na zona ribeirinha, junto ao coreto, onde teve lugar o comício, com dirigentes da União dos Sindicatos do Algarve e dos vários Sindicatos presentes.
Em Faro, no final do desfile, também houve comício no Largo da Pontinha, já não tão participado, mas que ainda juntou algumas centenas de pessoas.
Uma ocasião que o dirigente da União de Sindicatos do Algarve (Usal) António Goulart aproveitou para relembrar os números oficiais do desemprego no último trimestre de 2012 divulgados esta semana.
Para o dirigente sindical, «não são tão preocupantes estes números do passado, como o presente», uma vez que acredita que o desemprego está agora num ponto nunca antes atingido. «Já serão seguramente mais de 60 mil os desempregados no Algarve», afirmou.
Lembrando que a época onde, tradicionalmente, o desemprego é maior é o primeiro trimestre do ano, dada a sazonalidade do Turismo, António Goulart disse temer que neste momento «o desemprego oficial esteja já nos 23 ou 24 por cento».
«Já poderemos ter ultrapassado os 30 por cento de desemprego real», avisou.
Acusando as políticas do Governo de coligação de ser responsáveis por esta situação, o dirigente da Usal insistiu na necessidade de queda do Governo e mudança de rumo, exigência que foi por diversas vezes gritada pelos que se juntaram ao protesto.
Portimão, Vila Real de Santo António e Beja também foram escolhidas para acolher este protesto que decorreu a nível nacional.

Atualizada às 21h10, com informação sobre a manifestação em Portimão.

Veja aqui mais fotos da manifestação em Faro e Portimão

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