segunda-feira, setembro 30, 2013

Derrota da direita foi brutal e generalizada

João Semedo destaca que quem perdeu as eleições foi a política de austeridade e do memorando da troika, e que o governo que já estava fragilizado sai destas eleições mais instável e agarrado ao PR e à troika como a uma tábua de salvação.
João Semedo: governo naufragou. Foto de Paulete Matos

Na intervenção já de madrugada na noite eleitoral do Bloco de Esquerda, e quando ainda não estavam apurados dados fundamentais, como os resultados de Lisboa e do Porto, João Semedo assumiu a derrota de Salvaterra de Magos e a vitória da coligação liderada por Paulo Cafôfo, que o Bloco apoiou no Funchal, como os resultados pelos quais tinha de responder, bem como a eleição do vereador de Lisboa, que ainda continuava incerto.
Semedo remeteu para o momento em que a apuração esteja terminada um balanço final dos resultados do Bloco de Esquerda, destacando que ao lado da derrota de Salvaterra há resultados positivos, como a eleição de vereadores em câmaras onde antes o Bloco não estava representado na vereação, como Torres Novas, com a eleição de Helena Pinto, e Portimão, com a eleição de João Vasconcelos.
Derrota da política da austeridade
Quanto aos resultados dos partidos do governo, o coordenador do Bloco sublinhou que a derrota da direita foi brutal e generalizada, e que não dependeu deste ou daquele candidato: “Foi a derrota da política da austeridade e do memorando da troika”, disse. E acrescentou que há resultados que acrescentam instabilidade à coligação PSD-CDS, nomeadamente o do Porto, onde Rui Moreira, independente apoiado pelo CDS, derrotou Luis Filipe Menezes do PSD, que acabou em terceiro lugar.
“Este governo sai da eleições com dois apoios: o do Presidente da República e o da troika, a quem se agarra como um náufrago a uma tábua de salvação”, disse Semedo, prometendo que amanhã o Bloco lá estará a combater a política da austeridade e da troika. E concluiu desafiando o PS a rejeitar claramente o anunciado segundo resgate e a proposta que o acompanhará de um governo de salvação nacional.
Esquerda.net

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