segunda-feira, fevereiro 03, 2014

ARS salienta investimento na saúde no Algarve após fim de semana de protestos

A Administração Regional de Saúde do Algarve veio a público garantir que o Ministério da Saúde tem dado «especial atenção» ao Algarve nos últimos três anos «para reforçar e melhorar a capacidade de resposta dos cuidados de saúde na Região».
Uma posição tomada «no seguimento de recentes notícias sobre o Centro Hospitalar do Algarve (CHA) e a contestação sobre a alegada “degradação” e “desinvestimento” no SNS na Região do Algarve». Sábado e domingo houve cordões humanos pela saúde no Algarve, em Portimão e Faro.
Para a ARS do algarve, «com a criação do Centro Hospitalar do Algarve, integrando as unidades hospitalares de Faro, Portimão e Lagos, reforça-se a articulação da atividade assistencial destes hospitais, pretendendo promover-se a complementaridade entre eles, melhorando a eficiência e a eficácia dos recursos humanos disponíveis na Região, sem prejuízo do acesso dos utentes a cuidados de saúde de qualidade».
Melhoria de eficiência e eficácia que muitos utentes e alguns responsáveis políticos da região não acreditam que tenha sido conseguida, com a fusão dos três hospitais. Uma realidade mais sentida no Barlavento, onde a concentração convocada por cidadãos através das redes sociais teve mais impacto, juntando mais de 400 pessoas.
Ontem, domingo, em Faro, o segundo cordão humano pela saúde do fim de semana não juntou tanta gente, com pouco mais de cem pessoas a marcar presença, mas contou com figuras de destaque do panorama político.
O Coordenador Nacional do Bloco de Esquerda João Semedo, o deputado à Assembleia da República do PS Miguel Freitas, os presidentes das Câmaras de Loulé, Olhão e Tavira, Vítor Aleixo, António Pina e Jorge Botelho, todos eles socialistas, o antigo presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve Rui Lourenço e o presidente da Federação do Algarve do PS António Eusébio são exemplos.
Notou-se também a presença de pessoas de diversas faixas etárias, desde os mais pequenos até uma senhora de 95 anos. «A minha mãe fez questão de vir e quer atravessar o portão», dizia uma das manifestantes.
Os autarcas presentes, compareceram porque quiseram «passar a mensagem da defesa dos cuidados de saúde e do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no Algarve».
«Este é um sinal de apoio, da nossa parte, aquilo que são as reivindicações dos profissionais de saúde e da população», ilustrou o presidente da Câmara de Tavira e da AMAL Jorge Botelho, à margem do cordão humano.
João Semedo, por outro lado, começou ontem em Faro o Roteiro pela Saúde do Bloco de Esquerda. «Se os ministros utilizassem o SNS e esperassem horas para ser atendidos, perceberiam o resultado das suas políticas», resumiu o líder partidário e também médico.
Nesta ação, foram recolhidas assinaturas numa coroa funerária, com mensagens como «vai-te embora Pedro» e escrita uma carta, para ser entregue ao Conselho de Administração do CHA. Ambas foram entregues à Enfermeira-chefe de serviço.
Não houve reação da administração do CHA, mas, da parte da ARS do Algarve, chegou a garantia que «o aumento da capacidade de resposta dos cuidados de saúde primários e a implementação do alargamento da rede de cuidados continuados integrados na Região do Algarve, apesar do atual contexto que o país atravessa, têm permitido aos cuidados hospitalares reforçar as condições de prestação de cuidados de saúde com melhor qualidade e de forma sustentável a toda a população».

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