quinta-feira, julho 03, 2014

A luta contra as portagens no Algarve continua no Verão de 2014

  02/07/2014

Depois de dois anos e meio da introdução de portagens na Via do Infante pelo atual governo e com a continuação da crise, o Algarve persiste em debater-se com um dos seus piores momentos em termos sociais e económicos e sem fim à vista - dezenas de milhares de desempregados, inúmeras falências de empresas, a fome e a miséria teima em alastrar como bola de neve e os acidentes de viação na EN 125 sucedem-se diariamente, diversos com feridos e vítimas mortais. Nestes primeiros meses do ano aumentou o número de acidentes no Algarve, registando-se em média 18 acidentes por dia, a maioria dos quais na EN 125. No Verão, com o grande aumento de tráfego, o número de acidentes dispara exponencialmente, o que perfaz mais de 600 acidentes por mês e mais de 7300 acidentes por ano! Um autêntico estado de guerra e uma verdadeira tragédia na região com, infelizmente, muitas famílias destroçadas! Tudo por culpa do governo PSD/CDS que teima em manter as portagens da desgraça e da morte na A22!
Por outro lado, a requalificação da EN 125 nunca mais recomeça, pese embora as muitas promessas dos responsáveis, verificando-se a última na campanha para as eleições europeias de que a requalificação iria reiniciar-se em breve. A Algarve está farto de promessas e quer ações concretas.
Também é do conhecimento público que a PPP da Via do Infante se encontra envolta em mistério e é deveras muito ruinosa para os contribuintes, mesmo com a cobrança de portagens, apresentando-se deficitária  em muitas dezenas de milhões de euros por ano. Não deixa de ser muito estranho e duvidoso, quando no contrato da Via do Infante o “Anexo 16 – Tarifas” é um carimbo, “CONFIDENCIAL”. Se a página se encontra em branco, o cenário deverá ser negro.
A opção que se apresenta ao Algarve é a continuação da luta pela suspensão das portagens. Essa luta vai intensificar-se neste Verão de 2014. Reunida em Loulé, a Comissão de Utentes da Via do Infante agendou um conjunto de ações anti-portagens a desenvolver durante os meses de Julho, Agosto e Setembro:
- no dia 12 de Julho uma marcha lenta de viaturas pela EN 125 entre Loulé e Faro, com partida junto ao Monumento Duarte Pacheco, em Loulé, pelas 17.30 h, passando pelo aeroporto de Faro.
- no dia 20 de Julho participação na concentração/desfile de motards em Faro, organizado pelo Moto Clube de Faro.
- em Agosto, em datas a confirmar, a Comissão de Utentes irá deslocar-se pelo terceiro ano consecutivo, às residências de férias de Passos Coelho, na Mantarrota, e de Cavaco Silva, na Aldeia da Coelha, pedir-lhes contas pelas consequências da imposição de portagens no Algarve. Embora sejam declaradas e consideradas personas non gratas, certamente que os principais responsáveis pelas portagens não irão fugir, continuando a passar as suas férias na região.
- ainda em Agosto, também em data a confirmar, a Comissão de Utentes fará mobilização e estará presente, tal como no ano anterior, na Festa do Pontal. As portagens no Algarve serão um bom tema para os responsáveis políticos presentes abordarem nos seus discursos.
- brevemente irá ser lançada uma nova Petição à Assembleia da República para a suspensão imediata das portagens na A22. Esta Petição irá incidir, fundamentalmente, sobre os aspetos ruinosos que envolvem a Parceria Público-Privada dessa via.
- a Comissão de Utentes irá informar oficialmente a AMAL e outras entidades regionais sobre o calendário de luta pela suspensão das portagens, convidando-as a aderir a essas iniciativas. O Fórum anti-portagens ocorrido em Loulé já vai há mais de três meses e o Algarve não pode esperar mais tempo. A CUVI continua totalmente disponível para a constituição de uma ampla plataforma regional anti-portagens e, apoiará, todas as ações a favor da anulação das portagens propostas pela AMAL, ou qualquer outra entidade. Acima de tudo estão os interesses do Algarve.
A Comissão de Utentes apela à participação dos utentes e outros cidadãos nas suas ações de luta contra as portagens.

Por Comissão de Utentes da Via do Infante

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