Desobediência pedagógica: uma luta inovadora
Com a gigantesca onda de indignação que foi atingida entre os professores em Portugal a ter tendência para se transformar numa doentia frustração, de quem não se sente, ter sido levado muito a sério, mesmo tendo atingido na prática e em grande parte dos objectivos iniciais do Governo e do Ministério da Educação, o fiasco quase total da tentativa de imposição do modelo de avaliação do desempenho dos docentes, segundo os critérios burocráticos e atrofiantes da vida da escola. Entre as perspectivas de resposta e reacção ao estilo de politica, que faz de conta que nada se passa de anormal das escolas, uma luta inovadora parece chegar de França, em que os professores recorrem à desobediência pedagógica.
Afinal as razões dos profissionais da educação franceses, sobre a redução de apoios especializados aos alunos com dificuldades, que por decreto ministerial viram acrescentar duas horas por semana aos “maus alunos” na primária, não deixa de ser apenas mais um dos factores do mau estar que se vive na escola pública, que também por cá o Ministério recorre e intensifica a proletarização dos docentes e a sua precariedade, para além das consequências ao nível da estigmatização dos alunos a quem lhes é retirado o devido direito a apoio especializado numa lógica economicista.
Tal como acontece para lá dos Pirenéus, quando por cá os professores se derem conta, de que para alem de todas as acções e tipos de iniciativas já desenvolvidas, de resistência às políticas que pouco dignificam a educação, ainda podem experimentar a desobediência pedagógica. Certamente, que uma nova fase de indignação será estimulada, fazendo acreditar, que apesar de todas artimanhas, com medidas legislativas aplicadas cirurgicamente, ainda há imaginação suficiente para contrariar tal ofensiva neoliberal. Assim haja coragem, como começaram por fazer os colegas franceses, de se negarem, mesmo individualmente, a aplicarem um decreto ministerial, porque a repressão só fez crescer o movimento insubmisso.
José Lopes (Ovar)
MEP
Afinal as razões dos profissionais da educação franceses, sobre a redução de apoios especializados aos alunos com dificuldades, que por decreto ministerial viram acrescentar duas horas por semana aos “maus alunos” na primária, não deixa de ser apenas mais um dos factores do mau estar que se vive na escola pública, que também por cá o Ministério recorre e intensifica a proletarização dos docentes e a sua precariedade, para além das consequências ao nível da estigmatização dos alunos a quem lhes é retirado o devido direito a apoio especializado numa lógica economicista.
Tal como acontece para lá dos Pirenéus, quando por cá os professores se derem conta, de que para alem de todas as acções e tipos de iniciativas já desenvolvidas, de resistência às políticas que pouco dignificam a educação, ainda podem experimentar a desobediência pedagógica. Certamente, que uma nova fase de indignação será estimulada, fazendo acreditar, que apesar de todas artimanhas, com medidas legislativas aplicadas cirurgicamente, ainda há imaginação suficiente para contrariar tal ofensiva neoliberal. Assim haja coragem, como começaram por fazer os colegas franceses, de se negarem, mesmo individualmente, a aplicarem um decreto ministerial, porque a repressão só fez crescer o movimento insubmisso.
José Lopes (Ovar)
MEP
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