sábado, maio 19, 2012

Conferência do BE

Louçã rejeita que retomar diálogo entre Governo e PS seja um “alívio” para o país

"Não vejo nenhum alívio para os desempregados", disse Louçã 
  "Não vejo nenhum alívio para os desempregados", disse Louçã (Nuno Ferreira Santos)
O líder do Bloco de Esquerda recusou neste sábado a ideia de que o retomar do diálogo político entre o Governo e o PS represente um “alívio” para o país, sublinhando não ver sinais de alívio para os novos 200 mil desempregados.

Na intervenção do encerramento da conferência do BE “Portugal na Encruzilhada da Europa”, que se realizou na Faculdade de Ciência de Lisboa, Francisco Louçã abordou brevemente o encontro de sexta-feira entre o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o líder socialista, António José Seguro, recusando a ideia transmitida por alguns comentadores sobre o “alívio” que a reunião trazia.

“Eu sei que António José Seguro e Pedro Passos Coelho se reuniram pela quinta vez no último ano, no dia em que se comemorava um ano em Portugal e creio mesmo que alguns comentadores muito bem-intencionados comentaram ‘que alívio para o país’”, disse o líder do BE.

Contudo, continuou, no último ano, mais 200 mil portugueses ficaram desempregados.

“Eu não vejo nenhum alívio para esses desempregados quando a direita fez votar uma lei na Assembleia da República com o beneplácito do PS para facilitar o despedimento mais acelerado, mais barato, mais violento e mais cruel em relação às pessoas que estão a perder emprego”, sublinhou.

Considerando que o aumento do desemprego é “o resultado da ‘troika’”, Francisco Louçã lamentou ainda que quando o país precisa de “alívio, bom senso, diálogo e alternativas”, o que efectivamente existe é o “deixar andar”.
Público

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