terça-feira, fevereiro 04, 2014

Bloco pede demissão do Secretário de Estado da Cultura

Catarina Martins acusa Jorge Barreto Xavier de violar a lei de bases do património cultural na polémica venda da coleção de arte de Joan Miró.
Tribunal acusa governante de ter violado a lei ao deixar sair as obras de arte de Portugal.
O Tribunal Administrativo de Lisboa rejeitou a providência cautelar que tentava impedir o leilão da coleção de arte de Miró que pertencera ao grupo BPN, considerando que as entidades requeridas - o Ministério das Finanças e a Secretaria de Estado da Cultura - não foram os autores da alienação das obras de arte, mas sim o conselho de administração da Parvalorem, uma entidade detida pelo Estado para recuperar créditos do BPN. 
Mas na mesma decisão, a juíza considerou que o despacho do Secretário de Estado da Cultura que permitiu a saída da coleção do país é "manifestamente ilegal", noticia o jornal Público. Na sequência desta decisão, a coordenadora do Bloco de Esquerda pediu a demissão de Jorge Barreto Xavier.
“O senhor secretário de Estado ou foi cúmplice de desrespeito da lei ou quebrou a lei e por isso não tem condições para permanecer no governo”, declarou Catarina Martins aos jornalistas, lembrando que se fosse um privado a fazer o mesmo  “estaria a incorrer numa pena de prisão” por contrariar os pareceres da Direção-geral do Património Cultural. 
Para Catarina Martins, o “o Estado limitou” a decisão da DGPC e causou um “duplo dano a Portugal”, por prejudicar o erário público e o interesse da coleção para o país.  A coleção deverá ser leiloada esta terça-feira em Londres e está avaliada em 81,2 milhões de euros, o dobro do preço a que o Estado vendeu o BPN ao banco de capital angolano BIC.

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