sábado, junho 13, 2015

“Governo já votou mais austeridade para os próximos anos”

“Em 2011, antes das eleições, Pedro Passos Coelho dizia que nunca ia cortar subsídios de férias nem no 13.º mês e foi a primeira coisa que fez quando chegou ao Governo”, lembrou neste sábado a porta-voz do Bloco, salientando que a maioria PSD/CDS “votou no parlamento uma proposta que corta 600 milhões de euros nas pensões”.
Catarina Martins lembrou que a maioria PSD/CDS “votou no parlamento uma proposta que corta 600 milhões de euros nas pensões”
Catarina Martins, acompanhada pela deputada Helena Pinto, visitou neste sábado, 13 de junho, a Feira Nacional da Agricultura, em Santarém.
Questionada pelos jornalistas sobre a aparente discrepância entre as exigências da troika, que quer mais cortes de salários e pensões em Portugal, e a declaração de Passos Coelho, de que não prevê novas medidas de austeridade, Catarina Martins afirmou:
“Temos registado muitas discrepâncias entre o que o primeiro-ministro diz e o que primeiro-ministro faz”, recordando que o chefe do Governo PSD/CDS-PP “diz que não quer novas medidas de austeridade, mas votou no parlamento uma proposta que corta 600 milhões de euros nas pensões”.
Lembrando as promessas de Passos Coelho em 2011, antes das eleições, e o contrário que fez assim que chegou ao governo, Catarina Martins disse que “nesta altura só é enganado quem quer”, relembrou “o que o próprio Governo já votou de [medidas de] austeridade para os próximos anos” e voltou a sublinhar o compromisso de cortar 600 milhões de euros, que “não é a melhor forma para se dizer que não há mais austeridade”.
A porta-voz do Bloco falou também sobre agricultura, criticando que “temos os apoios europeus a serem distribuídos sempre pelos mesmos grandes produtores e muitos entraves à organização dos pequenos produtores e à capacidade dos pequenos produtores receberem esses apoios”.
Catarina Martins falou também da grande distribuição, considerando que “a grande distribuição tem uma política de relacionamento com a agricultura, para com os produtores, que esmaga os preços e esmaga a possibilidade da produção agrícola no nosso país”.
“É essencial regular os preços para que os agricultores tenham condições para venderem aquilo que produzem”, afirmou ainda Catarina Martins apontando que “neste momento é muito importante pôr a grande distribuição no lugar, no sentido que a grande distribuição não seja um instrumento para levar à falência os agricultores portugueses, como tem sido até agora”.
Esquerda.net

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