Marcha lenta contra portagens no Algarve "entope" Estrada Nacional 125
Marcha lenta contra portagens no Algarve "entope" Estrada Nacional 125
*** Serviço vídeo disponível em www.lusa.pt ***
Lagoa, 03 fev (Lusa) - Centenas de automobilistas "entupiram" hoje a Estrada Nacional 125, entre Lagoa e Boliqueime, numa marcha lenta de protesto contra a introdução de portagens na Via do Infante de Sagres (A22), e em defesa da economia do Algarve.
Organizado pela Comissão de Utentes da Via do Infante, o protesto iniciou-se junto ao recinto do Parque de Feiras e Exposições (Fatacil) de Lagoa, percorrendo cerca de 30 quilómetros ao longo da Estrada Nacional 125, até ao Nó de Boliqueime, no concelho de Loulé.
Cerca de 20 militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) acompanharam a marcha lenta ao longo do trajeto, incentivando os "participantes" a aumentarem de velocidade.
"É mais um protesto na luta contra a prepotência e arrogância de quem tem o poder", disse à agência Lusa o porta-voz da Comissão de Utentes da Via do Infante.
Segundo João Vasconcelos, as portagens são "uma autêntica catástrofe, ao penalizarem quem trabalha, e provocam a asfixia da economia da região".
Para o representante do movimento cívico, a introdução de portagens na A22, a 08 de dezembro de 2011, "contribuiu para o aumento do desemprego, ao agravar as despesas das pequenas empresas, originando o encerramento de muitas delas".
Por outro lado, acrescentou, "verificou-se um aumento de cerca de 30 por cento na sinistralidade na Estrada Nacional 125, uma rua que não constitui qualquer alternativa à A22".
João Vasconcelos disse ainda que a luta "não irá parar", sucedendo-se várias ações de protesto em diversos pontos do Algarve, entre as quais na Ponte Internacional do Guadiana e junto ao Aeroporto de Faro.
"A nossa luta tem ganhado força com a adesão aos protestos de várias associações espanholas que também são prejudicadas pela introdução de portagens na A22", observou Vasconcelos.
Aquele responsável aguarda que "os protestos dos algarvios sejam ouvidos pelo Governo, e que as portagens sejam abolidas" da Via do Infante de Sagres.
JPC.
Lusa/Fim.