quarta-feira, dezembro 31, 2008

Educação: Quem disse o quê em 2008?


Fevereiro

"Isto é antidemocrático."
José Sócrates, vaiado por professores à porta da sede do PS

Junho

"Concebo um sistema de ensino sem Ministério da Educação."
Daniel Sampaio, psiquiatra

Setembro

"Os alunos vão ter aulas ali? Pensava que fossem contentores para as obras."
José Sócrates, primeiro-ministro, numa visita à Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa

"São monoblocos para os alunos terem aulas, eles depois nem querem sair daqui."
Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, justificando que os contentores tinham ar condicionado e eram melhores do que pareciam

"O tempo da facilidade acabou."
José Sócrates, acerca dos professores sem colocação

Novembro

"Estas manifestações também servem para fazer chantagem não apenas sobre a ministra da Educação mas sobre as escolas e os professores (...) e esse é o objectivo."

Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, em entrevista à RTP, referindo-se à manifestação de 120 mil professores em Lisboa

"Peço desculpa aos senhores professores por ter causado tanta desmotivação."
Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação

"Uma carta de um menino que recebeu um computador para ter em casa, não sei já em que circunstância, e escreveu-me a dizer: 'Quando for grande, vou inscrever-me no PS'."
Maria de Lurdes Rodrigues em entrevista ao Público, partilhando um dos bons momentos que teve no ministério da Educação

Dezembro

"Estou sempre tranquila. Uma coisa que me caracteriza é a tranquilidade."
Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, no dia da greve de professores

"Iniciada a avaliação a sério este ano, estarei aberta à discussão das alterações ao modelo e até à sua substituição."

Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, no dia 4 de Dezembro, perante os deputados da comissão parlamentar

"Não sei se o modelo de avaliação do governo cabe numa folha A5, numa folha A4 ou numa folha A3. O que eu sei é que com este modelo o governo quer fazer a folha aos professores”

Mário Nogueira, à saída de reunião com a Ministra

Quase tudo tirado de “frases do ano em esquerda.net
MEP

À moda de Stalin. Mas também podia ser à moda de Kim il Sung ou de qualquer outro ditador

Está no site do ME. e uma pessoa nem acredita. Tem a data de 18/12/08. E é a propósito da avaliação de desempenho e das orientações para reformular as fichas e grelhas. Os PCEs apressados vão ter de reformular as fichas e as grelhas. Com o simplex 2 toda essa tralha vai ter de ser alterada profundamente. Pois a ministra da educação ou alguém por ela teve a ousadia de aconselhar os professores a lerem as suas inúmeras entrevistas. E mandou colocar links no site do ME para as suas entrevistas com a justificação de que podem ajudar os professores a reformularem as fichas e as grelhas. Uma pessoa não acredita. Tem de ler duas vezes para acreditar. Mas é verdade! Então, uma pessoa esfrega os olhos e pensa que está na Coreia do Norte ou na velha URSS de Stalin . Ora leiam o que está no portal do ME. Passo a citar:

Para mais informações, consultar:
1 - Posições da equipa ministerial:
  • "Avaliação reforça capacidade da escola pública para cumprir a sua missão com mais eficácia" - artigo da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, publicado no semanário Expresso em 06 de Dezembro.
  • "Não há, nem haverá, suspensão do processo de avaliação do desempenho" - declaração do secretário de Estado Jorge Pedreira à Imprensa em 06 de Dezembro.
  • "Uma avaliação séria melhorará a escola" - discurso da ministra na Assembleia da República, realizado em 04 de Dezembro.
  • "Se o Governo suspendesse a avaliação seria uma vergonha" - entrevista da ministra ao Correio da Manhã e ao Rádio Clube, divulgada em 16 de Novembro.
  • "É a defesa do interesse público que está em causa" - entrevista da ministra ao Expresso, publicada em 15 de Novembro.
  • "Este modelo de avaliação protege os professores" - entrevista da ministra difundida pela RTP N em 23 de Outubro último.
  • "Queremos reconhecer os professores excelentes" - entrevista da ministra à Visão, publicada em 16 de Outubro.
  • ProfAvaliação

Gaza: "O mais brutal banho de sangue desde 1967"

Funeral de duas irmãs de 4 e 9 anos, mortas por um míssil lançado pela aviação israelita em Gaza. Foto EPA/MOHAMMED SABER
Os bombardeamentos das tropas israelitas sobre Gaza já causaram a morte de mais de 364 palestinianos, segundo os serviços de saúde do território. Destes, pelo menos 62 eram mulheres e crianças, segundo a agência da ONU para os refugiados. O número de feridos ultrapassa os 1.400. "É o mais brutal banho de sangue desde 1967", denuncia o deputado palestiniano Mustafa Barghouthi, da Iniciativa Nacional Palestiniana. A ofensiva aérea israelita está apenas na primeira fase, entre várias já decididas, afirmou o primeiro-ministro Ehud Olmert, deixando no ar a ameaça de uma invasão terrestre das tropas israelitas. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu o cessar imediato da violência e criticou o "excessivo uso de força em Gaza". Um navio de guerra israelita atacou a embarcação Dignity que levava 16 activistas e material médico doado por organizações cipriotas e queria chegar ao porto de Gaza.
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Das cinzas de Gaza

Tariq Ali. Foto de alistair, FlickRPerante o último ataque de Israel, a única opção para o nacionalismo palestiniano é abraçar a solução de um só Estado, a exigência de que o país e os seus recursos sejam divididos equitativamente, na proporção de duas populações que são iguais em tamanho - não 80% uma e 20% a outra, uma desapropriação de tal forma iníqua que nenhum povo que tenha auto-estima jamais se vai submeter a ela a longo prazo.

Por Tariq Ali, publicado no Guardian

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domingo, dezembro 28, 2008

O tempo que o tempo tem PDF Imprimir e-mail

O tempo é o do neoliberalismo, no seu tempo de especulação máxima. A contradição entre classes, entre as capacidades sociais da produção e a apropriação privada dos meios de produção está no seu tempo de maior diferenciação. O tempo de hoje é o tempo da anulação dos serviços públicos, da destruição completa dos modelos social-democratas de "conciliação de classe", do retorno à precariedade geral.

Texto de Victor Franco

"O tempo perguntou ao tempo / Quanto tempo o tempo tem / O tempo respondeu ao tempo / Que o tempo tem tanto tempo / Quanto o tempo que o tempo tem".

O tempo é o do neoliberalismo, no seu tempo de especulação máxima. A contradição entre classes, entre as capacidades sociais da produção e a apropriação privada dos meios de produção está no seu tempo de maior diferenciação. O tempo de hoje é o tempo da anulação dos serviços públicos, da destruição completa dos modelos social-democratas de "conciliação de classe", do retorno à precariedade geral.

Na electricidade como na vida, o aumento da tensão entre pólos não significa imediato movimento, imediata energia, imediata acção. O aumento da tensão entre pólos só garante que, quando essa tensão poder ser usada, ela desencadeará um "curto-circuito" ou um movimento mais ou menos (des)controlado. E a tensão política e social está a aumentar.

Na electricidade o curto-circuito acontecerá se desaparecer, de repente ou não, a capacidade de isolamento que o aumento da tensão exige. Quanto mais tensão, mais isolamento mais capacidade de contenção é precisa.

Tal como na electricidade, na política a acção das massas poderá ser contida, poderá ser muita contida [oprimida] mas não o poderá ser sempre. Na electricidade os materiais desgastam-se ou avariam-se provocando curto-circuitos, por vezes com consequências imediatas e globais - vejam-se os apagões que chegam a afectar vários países. No capitalismo as forças, as estruturas e as suas instituições também se desgastam - por vezes com curto-circuitos e movimentos mais ou menos (des)controlados como o que acontece na Grécia. E quanto maior a tensão maior a dificuldade em suportar esse desgaste. É assim na vida das pessoas.

É este o tempo que o tempo tem.

É por isso que assistimos a alterações e adaptações significativas nos aparelhos de Estado, ou a transmutações partidárias das quais a mais significativa é a passagem da "Internacional Socialista" para o campo da burguesia mais corrupta e reaccionária. Em consequência, o espaço da oposição ao neoliberalismo alargou-se.

Não temos muito tempo para enfrentar o tempo que o tempo tem - a não ser que, façamos como o PCP - e recusemos o tempo novo. O que é física e humanamente impossível. Quem o pensar será simplesmente derrotado.

Por isso o tempo é o de ocupar esse espaço, de procurar alianças sociais e políticas - aliás, o que tem sido todo o caminho de construção do Bloco. Os tempos novos podem assustar, é verdade, podem trazer incertezas ou inseguranças, é verdade, mas o nosso tempo é o futuro. E para isso, o tempo não tem muito tempo!

Alianças não significam plenas concordâncias - significam acordos concretos em temas concretos para uma oposição concreta. Alianças sociais não significam desaparecimento de identidade nem esquecimento do passado.

O Bloco tem uma linha de luta contra a guerra, pelos serviços públicos e pelos direitos do trabalho. As alianças reforçam as causas. As divisões no adversário também.

In A Comuna

AS MENTIRAS DE SÓCRATES

Na sua obsessão pela mentira, Sócrates não descansa.

Tudo começou quando quis que o tratassem por "engenheiro" antes de o ser.

Depois, desenvolveu a sua capacidade, dizendo que fazia projectos gratuitos, porque tinha assinado um contrato de exclusividade e não queria declarar as remunerações ao fisco.

Na campanha eleitoral, referiu que não aumentava os impostos nem a idade da reforma e que não lançava portagens nas SCUT.

Como Primeiro-Ministro, disse que os professores nunca tinham sido avaliados, esquecendo-se que tinha sido ele a acabar com a avaliação dos professores para os impedir de progredir.

Depois de ter criado uma Lei que impedia as pessoas de fumarem em espaços fechados, foi apanhado a fumar num avião. Lá veio mais uma mentira: disse que desconhecia a Lei.

Como mentir se tornou um vício, lembrou-se de começar a dizer que o Computador "Magalhães" era inteiramente fabricado em Portugal, quando toda a gente sabe que os seus componentes são importados. Também podia referir que os automóveis Toyota e BMW são fabricados em Portugal na fábrica Salvador Caetano de Ovar e começar a oferecê-los a todos os Portugueses.

De seguida, começou a aparecer na televisão a oferecer computadores a crianças que depois tinham de ser devolvidos para ir fazer propaganda para outro sítio. Ainda bem que não é possível mudar estradas nem hospitais de sítio, caso contrário o Primeiro-Ministro andaria a inaugurar a mesma auto-estrada e o mesmo hospital por todo o país!

Para coroar a árvore de Natal das mentiras, lembrou-se de dizer que tinha sido o responsável por baixar o preço do petróleo e as taxas de juro da habitação indexadas à Euribor. Logo os seus ajudantes Silva Pereira e Teixeira dos Santos vieram confirmar a mentira. Grandes economistas! Por alguma razão o nosso Ministro das Finanças foi considerado o pior ministro da União Europeia. Estas conquistas não se conseguem sem algum (de)mérito. Sarkozy, Brown e Merkel devem roer-se de inveja do poder do nosso Engenheiro!

Na próxima campanha eleitoral, como pensa que os Portugueses são estúpidos, vai anunciar que foi o inventor do computador, do automóvel e mesmo da roda. Também vai dizer que terminou a Segunda Guerra Mundial e, quem sabe, se não foi ele quem criou o Universo.

Há quem acredite que, antes do fim do mundo e do regresso de Cristo à Terra, o Diabo tomaria conta das nações. Não sei se é verdade, só tenho a certeza de que já tomou conta de Portugal.

A falta de carácter e de vergonha tem limites… Vamos acordar do canto da sereia e correr com este senhor!
MUP

Israel mobiliza reservistas e ameaça com ofensiva terrestre

gaza_bombardeio.jpg
Depois dos ataques lançados sábado, a aviação israelita voltou esta manhã a bombardear a Faixa de Gaza, causando pelo menos 65 mortos. Durante a tarde lançou mais de 20 bombas contra túneis na fronteira entre Gaza e o Egipto, aumentando ainda mais o número de vítimas. Segundo um novo balanço dos serviços de urgência do território, já morreram perto de 300 palestinianos e outros 900 ficaram feridos. O exército israelita mobilizou milhares de reservistas e começa agora a concentrar tropas na fronteira com Gaza, num sinal de que a ofensiva terrestre poderá estar iminente.
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Esquerda.net

As sete medidas de simplificação. Vem aí o simplex2. O que muda e por que razão os professores o recusam.

O Governo decidiu adoptar sete medidas de simplificação do modelo de avaliação de desempenho. Essas medidas são as seguintes:
• Garantir que os professores são avaliados por avaliadores da mesma área disciplinar;
• Dispensar, neste ano lectivo, o critério dos resultados escolares e das taxas de abandono, considerando as dificuldades identificadas pelo Conselho Científico da Avaliação dos Professores;
• Dispensar as reuniões entre avaliadores e avaliados (quer sobre os objectivos individuais, quer sobre a classificação proposta) sempre que exista acordo tácito;
• Tornar a avaliação a cargo dos coordenadores de departamento curricular (incluindo a observação de aulas), dependente de requerimento dos interessados e condição necessária para a obtenção da classificação de Muito Bom ou Excelente;
• Reduzir de três para duas o número das aulas a observar, ficando a terceira dependente de requerimento do professor avaliado;
• Dispensar da avaliação os professores que reúnam condições de aposentação até final do ano escolar de 2010/2011;
• Dispensar de avaliação os docentes contratados em áreas profissionais, vocacionais, tecnológicas e artísticas, não integradas em grupos de recrutamento;
• Simplificar o regime de avaliação dos professores avaliadores e compensar a sua sobrecarga de trabalho.
Por que razão os professores recusam esta simplificação?
1. Porque a dispensa de consideração da ponderação das taxas de insucesso e de abandono é para vigorar apenas até 2009.
2. Porque a simplificação não põe em causa a divisão da carreira em duas categorias. Não existe mais nenhum país europeu com duas categorias de professores. Os conteúdos funcionais são os mesmos, não havendo, por isso, qualquer justificação pedagógica para a divisão da carreira.
3. Porque a avaliação é feita por pares, acrescentando conteúdos funcionais que tornam mais difícil a relação pedagógica, a preparação das aulas, o ensino e a avaliação dos alunos e impossibilitam a garantia da objectividade e da imparcialidade.
4. Porque a periodicidade da avaliação - de 2 em 2 anos - é um exagero e aumenta, exponencialmente, a carga burocrática nas escolas.
5. Uma carreira de 40 anos de serviço - e para os mais novos poderá ser bem mais - vai exigir 20 classificações. É um exagero que obrigará os professores a permanecerem numa situação de estágio desde o início até ao final da carreira.
6. Não há estudos que mostrem a existência de uma associação clara entre avaliação de docentes e melhor qualidade do ensino. Ao invés, os países que ficam nos primeiros lugares no PISA nem sequer têm um sistema formal de avaliação de desempenho. A Finlândia é um exemplo de um país que não tem um sistema formal de avaliação de professores. E, no entanto, os alunos finlandeses ficam nos lugares cimeiros do PISA.
7. O modelo de avaliação burocrático, simplificado ou não, tem apenas três finalidades: humilhar os professores, agravar o mau ambiente nas escolas e impedir que dois terços fiquem a pouco mais de meio da carreira. Tal coisa significa ganhar 1500 euros (aos valores de hoje) após 40 anos de serviço. É isso que espera a maioria dos professores que têm hoje menos de 40 anos de idade.
Por último, acrescento: só uma avaliação externa inserida no processo de avaliação da escola pode ser imparcial, justa e séria. É isso que acontece em quase todos os países europeus. Não faz sentido colocar os professores a avaliar os colegas.
ProfAvaliação

O Simplex 2 tal como vai ser publicado no DR. É o decreto regulamentar 669/2008 de 16/12

Pode ler aqui o decreto regulamentar 669/2008. Estabelece o Simplex2. Ainda não foi publicado em Diário da República mas deve sê-lo dentro de poucos dias.
Os aspectos mais importantes são:
Artigo 2º - 1. O calendário anual de desenvolvimento do processo de avaliação, a que se refere o n.º 2 do artigo 14.º do Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro, é fixado pelo presidente do conselho executivo ou director do agrupamento de escolas ou escola não agrupada.

3 - O procedimento de calendarização a que se referem os números anteriores deve ser estabelecido no prazo de cinco dias úteis a contar da data da entrada em vigor do presente decreto regulamentar.
5 - Não estando aprovados os instrumentos necessários à concretização do processo de avaliação até à data da entrada em vigor do presente decreto regulamentar, compete igualmente ao presidente do conselho executivo ou director do agrupamento de escolas ou escola não agrupada proceder à sua aprovação.
Artigo 3º - 2 - A avaliação a cargo dos coordenadores de departamento curricular, a que se refere o artigo 17.º do Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro, incluindo a observação de aulas, depende de requerimento dos interessados e constitui condição necessária para a atribuição das menções de Muito Bom e de Excelente.
Artigo 4º - O despacho a que se refere o n.º 2 do artigo 12.º do Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro, adopta as providências necessárias com vista a assegurar, sempre que tal seja requerido pelo avaliado, que a avaliação a cargo do coordenador de departamento curricular é efectivamente confiada a avaliador do mesmo grupo de recrutamento do docente avaliado.
Artigo 5º - 2 - A proposta de objectivos individuais a formular pelo avaliado é exclusivamente dirigida ao presidente do conselho executivo ou ao director
Artigo 7º - Quando, a pedido dos interessados, haja lugar a avaliação a cargo do coordenador do departamento curricular, nos termos do n.º 2 do artigo 3.º, é calendarizada, pelo avaliador, a observação de duas aulas leccionadas pelo avaliado, podendo este requerer a observação de uma terceira aula.
Artigo 9º - 1 - A realização da entrevista individual, a que se referem a alínea d) do artigo 15.º e o artigo 23.º do Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro, só tem lugar desde que haja requerimento do avaliado nesse sentido.
2 - A proposta de classificação final a que se refere o número anterior é comunicada por escrito ao professor avaliado.
3 - O requerimento a que se refere o n.º 1 deve ser apresentado no prazo máximo de cinco dias úteis a contar da comunicação referida no número anterior.
4 - No caso de não ser requerida a entrevista individual ou de o avaliado a esta não comparecer sem motivo justificado, considera-se a classificação proposta como tacitamente aceite.
Artigo 10º -1 - Os coordenadores de departamento curricular e os professores titulares, providos em concurso ou nomeados em comissão de serviço, em quem aqueles tenham delegado competências de avaliação, são exclusivamente sujeitos à avaliação a cargo da direcção executiva.
Artigo 11º -2 - Os presidentes dos conselhos executivos e os directores são avaliados pelo director regional da educação.
Artigo 14º -O presente decreto regulamentar é apenas aplicável no 1.º ciclo de avaliação de desempenho que se conclui no final do ano civil de 2009, devendo ser revisto até ao início do 2.º ciclo de avaliação.
ProfAvaliação

sábado, dezembro 27, 2008

A carnificina e o martírio dos palestinianos de Gaza sob as bombas terroristas do Estado sionista de Israel

Desenhos do cartoonista brasileiro Latuff

Imagens do ataque de hoje a Gaza






Este foi um Sábado Negro para os palestinianos da faixa de Gaza. Bombas e mísseis semearam terror, morte e sangue entre a população palestiniana a braços com falta de víveres e de recursos para a sua subsistência por motivo do cerco israelita ao território palestiniano. Informações transmitidas indicam que já se contabilizaram mais de 210 mortos e quase um milhar de feridos pelos ataques do exército sionista. Trata-se do ataque mais mortífero e sanguinários do exército ocupante israelita nos últimos 40 anos.


Entretanto, o líder do movimento Hamas que governa Gaza, Ismael Haniyeh, declarou que os palestinianos nunca se renderão a Israel. Depois do ataque, militantes do Hamas lançaram novos foguetes contra o território controlado por Israel que, como se sabe, ocupa ilegalmente vastas regiões da Palestina, apropriando-se de terras e descriminando a população local.


Consultar:





Pimenta Negra

Esperança para 2009


21 Presidentes dos Conselhos Executivos convidam todos os restantes para uma reunião no próximo dia 10 de Janeiro, para responder às pressões do Governo:

"Assim, convidam os PCEs que partilhem das mesmas preocupações, a estarem presentes num Encontro a realizar no próximo dia 10 de Janeiro de 2009, pelas 12 Horas, no Restaurante Varanda do Parque, no Centro Nacional de Exposições (CNEMA) em Santarém, a fim de analisar a situação actual no que se refere à Avaliação de Desempenho dos Professores."

O texto completo do convite pode ser lido aqui e a localização do restaurante aqui.

Apelamos a todos os professores para que informem os seus Conselhos Executivos da existência desta reunião, convidando-os a participar. Será concerteza um momento importante para mostrar que há nas escolas portuguesas responsáveis que se preocupam mais com a escola pública do que em cumprir ordens injustas acriticamente.
MEP

Bombardeamento israelita faz mais de 200 mortos em Gaza

Criança palestiniana passa junto a um dos alvos de Israel num dos dias mais sangrentos da história do conflito. Foto Lusa/EPA
Este sábado foi um dos dias mais sangrentos da história do conflito israelo-palestiniano. O bombardeamento aéreo de Israel sobre Gaza já fez mais de 200 mortos e 700 feridos, mas o primeiro-ministro Ehud Barak diz que isto "é só o começo". Os apelos para o fim dos bombardeamentos surgem de todo o mundo, à excepção dos Estados Unidos e Inglaterra, e os habitantes de Gaza, sem abrigos e com as fronteiras fechadas, não têm para onde fugir.

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Esquerda.net

quinta-feira, dezembro 25, 2008



Desenho de Antero Valério

Professora ameaçada com arma de plástico numa sala de aula do Agrupamento Vertical do Cerco, no Porto


Um filme, colhido por telemóvel, sobre uma alegada brincadeira, simulando intimidação de uma professora com uma arma de plástico e gestos agressivos, estragou as férias de uma turma do Agrupamento Vertical do Cerco do Porto.
Amanhã, a presidente do Conselho Executivo vai chamar os alunos à escola e abrir um procedimento de inquérito, por causa de um incidente disciplinar que teria sido "resolvido" internamente se não tivessem sido captadas e imagens que circulam na internet.
Colhida de surpresa, a responsável, Ludovina Costa, não conteve a interjeição "Que chatice!", quando se deu conta da "gravidade" e da "irresponsabilidade" do caso.
Não tivesse galgado os muros da escola, situada numa zona socialmente problemática, o episódio morreria como "uma brincadeira de fim-de-período que mais ou menos toda a gente fez". No filme, de 31 segundos, em aparente "galhofa", um grupo de alunos de uma turma de ensino tecnológico/desporto do 11.º ano exige à professora de Psicologia a atribuição de nota positiva - caso estranho, pois as notas não são más. Um deles toca a nuca da docente com uma pistola de plástico quando está sentada, mantendo-a apontada com ela de pé. Depois, outro aluno toma a "arma".
A professora reage com calma, aparentemente familizarizada com o comportamento. "São 12 alunos normais e simpáticos, dos quais todos os professores gostam, e que se dão muito bem com a professora, que também é muito brincalhona", explica Ludovina Costa.
A certa altura a docente pretende pôr cobro à situação. "Estou a avisar!", diz várias vezes, "Vou-me embora!". Mas a cena mantém-se e ela, depois de tentar usar o telefone, faz menção de sair. No final do filme: "Vou marcar falta disciplinar a todos". E sai.
Seguida pelos alunos, a professora dirigiu-se então à directora de turma. "Vê lá tu o que estes malucos fizeram - apontaram-me uma pistola e não me deixaram acabar o que estava a fazer", narra a presidente do Executivo, que estava presente. "Ó professora, desculpe, sabe que somos uns brincalhões", justificou-se um aluno.
"Repreendi-os. Disse-lhes que tivessem cuidado com estas brincadeiras, ainda por cima com a imagem negativa da zona", conta Ludovina. Mas o pior, diz, é que agora "vai ter que actuar por causa de uma irresponsabilidade" -a tomada e divulgação de imagens. E desabafa: "Estou desolada porque são uns miúdos simpáticos, toda a gente gosta deles, a turma não tem problemas disciplinares e há poucas negativas. Mesmo na disciplina daquela professora (Psicologia), só há uma - um 9!"
Veja aqui o vídeo.
Comentário
A tranquilidade com que a PCE reage ao acontecimento é digna de nota. Caso não houvesse filme, o incidente não teria existido. Seria visto como uma coisa quase normal. Uma brincadeira de alunos simpáticos e irreverentes. Afinal, só há uma negativa a Psicologia. Uma? Ainda uma? Não será demais? Mas há que reconhecer: deve ser extremamente difícil ser PCE no Agrupamento Vertical do Cerco. E ser professor também não será fácil.
ProfAvaliação

Governo quer comprar professores com mercearias


O Governo exige que os professores desmarquem as suas medidas de luta, ameaçando retirar os brindes de natal que ofereceu, caso se mantenham os protestos. É de facto uma vergonha, o governo não acredita em nada do que faz, tudo se resume a jogos de mercearia, e toma lá dá cá.

Vê a notícia no JN

Felizmente, pelo menos a Fenprof já veio clarificar que não se vende por um prato de lentilhas:

O Ministério da Educação pretendeu hoje que, por um prato de lentilhas, a FENPROF deixasse de estar ao lado dos professores na sua luta pela suspensão do actual modelo de avaliação e, eventualmente, pudesse mesmo anular a greve prevista para dia 19 de Janeiro.

"Se, realmente, o senhor secretário de Estado pretende que as escolas retomem um clima de serenidade, tem um caminho a seguir: calendarizar, na reunião negocial de 5 de Janeiro, a revisão do Estatuto da Carreira Docente, perspectivando a eliminação das categorias de professor e professor titular e a substituição do actual modelo de avaliação, incluindo o regime de quotas".

A oportunidade do Ministério da Educação dar um verdadeiro sinal de abertura e respeito pelos professores está para muito breve, bastando que no processo negocial que se iniciará em 5 de Janeiro, de revisão do ECD, aceite, como exigem os professores e propõem os Sindicatos, eliminar a divisão da carreira e substituir o actual modelo de avaliação, incluindo o regime de quotas.
MEP

terça-feira, dezembro 23, 2008


Portimão, 22 de Dezembro de 2008

Assembleia Municipal

DECLARAÇÃO DE VOTO

Orçamento e Grandes Opções do Plano 2009


O Bloco de Esquerda vota contra o Orçamento e as Grandes Opções do Plano 2009 devido a um conjunto de motivos.

Em primeiro lugar nada de novo e significativo há nestes documentos, trata-se da mesma linha de continuidade que tem vindo a ser traçada pelo Partido Socialista há mais de 3 décadas – um desenvolvimento aparente à volta de grandes obras faraónicas, só para espectáculos - agora parece que só resta o Autódromo do Algarve associado a um Parque Tecnológico, o Complexo Desportivo e a requalificação da Zona Ribeirinha, e à volta dos grandes espectáculos e de fogo-de-artifício. É o render à crise, o que só vai agravar terrivelmente a própria crise, com consequências tremendamente negativas para os Portimonenses.

Por outro lado, como se já não bastasse os reflexos da crise internacional que adensou uma crise já de si muito grave provocada pelo governo Sócrates/PS – com mais desemprego, precariedade, destruição dos serviços públicos, perseguição laboral (Código do Trabalho Vieira da Silva), propaganda e manipulação.

No Relatório apresentado, não aparece uma única medida sobre a reabilitação e promoção do comércio tradicional; sobre a defesa ambiental e ecológica e a reabilitação arquitectónica também nada surge sobre a defesa da Ria de Alvor e a recuperação do Convento de S. Francisco e da Fortaleza de Stª Catarina; nem uma crítica ao governo por, mais uma vez, não ter consignado em sede de PIDDAC qualquer verba para o Campus Universitário e o desassoreamento do rio Arade; sobre o pré-escolar e o ensino básico apenas é referido que “continuarão a ser implementadas acções de disponibilização de terrenos para a construção de novas creches e jardins-de-infância”, pois o que faz falta são novos equipamentos destes; sobre a nova Escola 3º Ciclo mais Secundário o que temos é uma miragem (as escolas da cidade encontram-se a rebentar pelas costuras); sobre a habitação social não se fala em acabar com as barracas existentes, nem nada é referenciado relativamente à reabilitação dos bairros sociais; sobre terrenos ou um novo Centro de Apoio a Idosos nem uma palavra.

A gare rodoviária e o novo cemitério continuam a não ser prioridades para 2009. A habitação social e a acção social comportam verbas muito aquém do esperado, quando seria de reforçar estes dois sectores em época de crise.

Não se verifica a aposta em sectores económicos complementares como a indústria, agricultura e silvicultura, antes baixa-se a sua importância. Também não há uma posta na defesa do meio ambiente através da implementação de transportes rodoviários ecológicos.

No aspecto financeiro o Orçamento apresenta-se deveras preocupante com uma dívida a fornecedores em cerca de 27 milhões de euros. Por sua vez a subida dos juros e encargos com empréstimos contraídos com os bancos ascendem a mais de 155%.

Praticamente tudo vai girar em torno das Empresas Municipais e das S. A.’s, concedendo-lhes subsídios de milhões de euros, da construção de mais betão, da especulação imobiliária, do turismo de espectáculo e dos grandes espectáculos e jantares de pompa e circunstância. É uma espécie de “Pão e Circo” à moda imperial romana.

Face ao exposto, como as propostas por parte da Câmara do Partido Socialista não defendem os reais interesses das populações do Município, o Grupo Municipal do Bloco de Esquerda vota contra o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2009.

O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda

João Vasconcelos

Luisa Penisga

Função Pública: governo e sindicatos sem acordo sobre salários

Função Pública em manifestação da CGTP em Junho. Foto de Paulete Matos
"Os trabalhadores não podem aceitar uma negociação que comece em 2,9% e termine em 2,9 %". Assim explicou Nobre dos Santos, da FESAP, o fracasso da última ronda negocial para debater os aumentos salariais para a Função Pública, relativos a 2009, que terminou sem que se tivesse chegado a acordo. "Não houve qualquer hipótese de entendimento entre as partes", disse o sindicalista. Já o governo considera "que 2,9% é uma proposta muito boa para aquilo que é a realidade do país". Os sindicatos reivindicam entre 3,5% e 5% de aumento.
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Esquerda.net

O Pantano da avaliação

Bruxa do Pantano

De simplex em simplex, lá vai a Sinistra Ministra impondo esta avaliação aos professores. Depois de moribunda, de ser salva pelo Memorando de entendimento, de voltar quase a cair quando cento e vinte mil professores desfilaram em Lisboa e quase toda uma carreira fazer greve, mostrando estar motivados para a luta, não se entende porque nada acontece. Mandando o seu vampiro de serviço, o Pedreira, para fazer a desinformação e a propaganda na comunicação social, (a Sinistra e o Valter Lemos já estão queimados demais), vemos o Sindicato a falar enquanto desmarca greves e parece não saber o que fazer. Não estará na hora de os professores se reunirem nas suas escolas e tomarem a luta nas suas mãos? Vão ficar à espera que se vence esta gente com manifestações e greves feitas de vez em quando? Não estará na hora de exigir mais?

Wehavekaosinthegarden

Um Feliz Natal, cheio de "propriedades"

Imagem do KAOS
Hoje, estou muito lamechas, deve ser da proximidade do Natal, parece que tenho dentro de mim uma "Chorona" de Sampaio, ou o Carlos Cruz, dos desmentidos de há uns anos, em simultâneo em 3 canais.
É verdade, chega esta Quadra, e sinto a presença de todos os que amo, e começo a desejar que tudo corra bem a toda a gente, até dou beijos nos desconhecidos, na rua, enfim, um pequeno tormento...
Mas vamos às coisas sérias: vindo aí o dia mais Santo do Ano, queria desejar a todos os meus leitores e amigos um próspero salário de 2009, igual ao do Vítor Constâncio, ou, se não for possível, porque estamos a passar por um vale de lágrimas, no qual não fomos ouvidos nem achados, rendimentos iguais aos dos gestores do BCP, na época áurea do chupa-chupa. Eu sei que 10 000 €/dia não é muito, mas, pronto é com carinho.
Queria desejar ao Paulo Querido e à Fernanda Câncio... ao primeiro, que aumentasse o seu grau de literacia e academia, à segunda, que arranjasse um homem, porque isso de casamentos brancos, só nas Casas Reais, e por razões de conveniência. Como leitura de férias, pode ficar, para ambos, a biografia abreviada de Isabel II, de España, onde talvez se revejam.
O Miguel Sousa Tavares talvez devesse ler um pouco de Dante e de Ezra Pound, para ver se, lá para 2013, época do Fim do Mundo Maya, aprendia a escrever, sem ser com pantógrafo.
Para Dias Loureiro e Leonor Beleza, Conselheiros de Estado, um beijo no coração, como só poderiam receber a Padroeira dos Olhos e Santa dos Hemofílicos, e um homem de carácter, como, para lá de Pinto da Costa e Valentim Loureiro, conheço poucos, aliás, acho que nem há.
Um beijo de carinho também para Paulo Pedroso, que o "Bibi", mais uma vez, na TVI, lamentou nunca se ter sentado no banco dos réus. Sentou-se no "Banco Corrido". Que Deus lhe dê forças para pedir indemnizações ao "Bibi", por mais esta vergonhosa afronta.
Espero que Sócrates dobre o seu Cabo das Tormentas, e chegue à Ilha dos Amores, uma coisa linda, cheia de coqueiros, como a Praia dos Carneiros, em Pernambuco, e, mal aporte, vencida a tempestade, seja recebido no areal por uma multidão de marias cavaco silva, todas clonadas umas das outras, com as peles descaídas e desejosas de procriar... não, esta foi má: até vai uma palavra de carinho para a Maria, que mandou apear a Bandeira de Croché, mercê da pressão blogosférica, e que dá, para as instituições de caridade, os restos das recepções do Palácio de Belém. Há, de facto, quem bem de tal precise, como estarão esquecidas essas duas sonsas, a mulher do Soares e a "Cabra-Alta" de Sampaio, que mandavam deitar tudo no lixo (!)
Bom lugar devem ter ambas reservado num qualquer céu, cheio de josés eduardos dos santos...
Para Aníbal, que Deus lhe conserve o cargo por muitas décadas, até se assemelhar ao Marechal Carmona da Silva, já cheché, e muito velhinho, ou que lhe passe uma veneta pela cabeça e faça ao demente de Vilar de Maçada o que certos sectores da Maçonaria mandaram fazer ao Santana. Cá estaremos, no tormentoso 2009, para ver isso acontecer.
Um abração para os meus amigalhaços honestos, José Miguel Júdice, Ricardo Sá Fernandes e Proença de Carvalho.
Um agradecimento ao Banco Alimentar contra a Fome, que também já alimenta médicos, professores e licenciados no Desemprego, para não falar dos outros, que sobram para aquela Igreja submersa, de quem muitas vezes gostamos de provocar, mas que vai sustentando, na sombra, as vítimas silenciosas de uma Sociedade que se tornou impiedosa, fria e totalmente cega.
Por fim, e porque nestes blogues são pessoas de elevada quota, e com partilhado carinho, o meu pensamento e o meu coração pousam agora em Lurdes Rodrigues e Valter Lemos: para a primeira, que Nossa Senhora lhe dê um exemplo de co-incineração, quando ela estiver a ver um dos programas do Goucha, e seja vítima de uma combustão espontânea, ela mais o sofá; para o segundo, que, quando estiver num cabeleireiro de caniches da Reboleira, com os caracóis todos enrolados em pratas e aqueles capacetes enfiados na cabeça, haja uma descarga de muito alta tensão, e caia desfeito numa poeira de carvão, no tapete.
Por fim, porque esta é uma época do Filho, uma carinho para o Pai: que o Senhor Albino Almeida receba a visita do Espírito Santo (banqueiro), que lhe pague umas aulas de dicção e correcção do sotaque, com a Glória de Matos, porque a pronúncia erudita está entre Coimbra e Vale do Tejo, e o leve a ver uns filmes mais modernos: Camilo já morreu há muito mais de 100 anos, e aquilo já só se consegue vender, e dificilmente, nas aldeias das três velhas desdentadas e da ovelha de serviço, para o coito anal dos pastores desesperados.
Um Santo Natal, portanto.
A Sinistra Ministra