quinta-feira, dezembro 11, 2008

Mário Nogueira dá conferência de imprensa e confirma que não houve acordo

A Plataforma Sindical deu uma conferência de imprensa pelas 17:30. O porta-voz da Plataforma, Mário Nogueira, confirmou que não houve acordo. A ministra não aceitou um único item da proposta da Plataforma Sindical. Mário Nogueira saudou os professores e as escolas que, hoje, aprovaram documentos a exigir a supensão da avaliação do desempenho.
Mário Nogueira confirmou que a Plataforma apresentou uma proposta transitória de solução para este ano lectivo. A ministra inciou a reunião com uma declaração de recusa da suspensão da avaliação de desempenho. Não houve acordo porque se mantêm divergências de fundo. O modelo simplex2 do ME acentua a vertente administrativa (dos cargos) e a proposta transitória da Plataforma está centrada na componente científica e pedagógica. Cada escola optaria pela modalidade mais adequada ao seu projecto educativo ou às circunstâncias: relatório crítico ou grelha. Em vez da existência de avaliadores individuais, a proposta da Plataforma faz depender do Conselho Pedagógico o processo de hetero-avaliação dos professores. Ao conselho executivo caberá homologar as menções atribuídas pelo conselho pedagógico. Dado o adiantado do ano, a Plataforma manifestou-se em desacordo com a atribuição das menções de Excelente e de Muito Bom.
A ministra da educação recusou todas estas propostas.
Em face do desacordo, Mário Nogueira apelou à continuação e aprofundamento da resistência interna nas escolas. A palavra de ordem é: recusa colectiva dos procedimentos de avaliação, quer do simplex1 quer do simplex2. Por fim, Mário Noguera informou que, a partir de amanhã, vai circular por todas as escolas um documento, a ser assinado por todos os professores, em que se manifesta a recusa em aplicar o modelo burocrático de avaliação. A greve prevista para 19/1 mantém-se. No dia 13/1, vai ter lugar em todas as escolas uma jornada de reflexão sobre o estatuto da carreira docente.
Adenda às 18: 24
A ministra da educação, acompanhada por Jorge Pedreira, acaba de dar uma conferência de imprensa. MLR confirma que não houve acordo e lança nova acusações contra os sindicatos, invocando que a proposta alternativa cabia numa página A4. Voltou a defender o que diz ser uma avaliação com consequências e afirmou que as escolas já dispõem de condições para aplicar o modelo de avaliação do ME. Fica a certeza de que o desacordo é total. A reunião do dia 15/12 não acrescentará nada ao desacordo de hoje. A partir de amanhã, a guerra é total. O ME usará todos os mecanismos e instrumentos de pressão e de intimidação sobre os PCEs para dividir e desarmar os professores. Se a intimidação for longe de mais, os PCEs só têm uma solução: apresentação colectiva de pedidos de demissão. A partir de segunda-feira, circulará pelas escolas um documento de recusa do modelo burocrático para ser assinado pelos professores. Em Janeiro, voltam as concentrações e a greve nacional.
ProfAvaliação

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