domingo, setembro 30, 2012

NO TERREIRO DO PAÇO - TRANSFORMADO EM TERREIRO DO POVO!



DUAS GERAÇÕES EM LUTA!


Terreiro do Paço cheio contra governo da troika

A manifestação é a "maior dos últimos anos realizada pela CGTP", diz Arménio Carlos, que exigiu no seu discurso a saída de Passos Coelho por incumprimento das promessas eleitorais. Greve Geral será convocada pela central sindical no dia 3 de outubro. Muitos milhares de pessoas encheram o Terreiro do Paço em protesto contra as políticas de austeridade do Governo.
Muitos milhares de trabalhadores vieram de todo o país e marcharam pelas ruas da baixa lisboeta até ao Terreiro do Paço. "O povo perdeu o medo e está a demonstrar que quer outra política e um Portugal diferente", afirmou Arménio Carlos no início do seu discurso. Mas o anúncio da convocatória da Greve Geral ficou guardado para o fim do discurso, com Arménio Carlos a prometer uma data após a reunião do Conselho Nacional da CGTP no dia 3 de outubro.
Confrontando Passos Coelho com a promessa eleitoral de não exigir sacrifícios aos que mais precisam e ao invés de forçar os que mais têm a contribuir, Arménio deixou a questão: "De que está à espera o primeiro-ministro para se ir embora?". E em seguida, exigiu "Vá e o mais depressa possível".
Arménio Carlos saudou as lutas e greves do Metro de Lisboa, da Transtejo, Soflusa, CP, Refer, Carris, STCP, professores, médicos, entre outras, destacando em particular as da Cerâmica Valadares e a Finnex, que lutam desde há meses pelo direito ao trabalho. "Este é o caminho que temos de proseguir para combater o cardápio da troika: um banquete para os ricos e poderosos à custa do rapar do tacho do povo, com Cavaco a chefe e Passos e Portas como cozinheiros exímios deste festim", prosseguiu.
"Hoje têm de ouvir a voz do povo. Porque se não a ouvirem a bem terão de a ouvir a mal, com a exigência da demissão deste Governo e de mudança de políticas", acrescentou Arménio Carlos, para quem o problema atual não é o da crise política mas o da crise económica "que nos empurra para o precipício". O líder sindical diz que foi a luta do povo que fez o Governo recuar na TSU, mas que se prepara já "pela via das alterações dos escalões do IRS" para "roubar salários e pensões a todos os trabalhadores, reformados e pensionistas".
Arménio Carlos deixou ainda críticas aos comentadores, e em particular a Marcelo Rebelo de Sousa, que tem defendido que o problema das medidas do Governo é que têm sido mal explicadas. "Mas eles pensam que os trabalhadores são burros?" perguntou. "Eles sabem bem o que estão a fazer. Há um plano arquitetado de colonização do nosso país", que passa por "pôr o Estado ao serviço do capital", acusou o líder sindical, dando o exemplo do desmantelar dos serviços públicos na educação, na saúde e na proteção social.
O deputado do Bloco Francisco Louçã, também presente na manifestação, sublinhou à TVI a grande dimensão deste protesto, após a manifestação de 15 de setembro ter trazido à rua um milhão contra a troika e o governo de Passos Coelho e Paulo Portas.
"Os sindicatos fizeram propostas sensatas sobre a tributação do capital e a justiça económica. Essa é a palavra do Tribunal Constitucional. O TC disse que assim é que se podia fazer a diferença e conseguir tributar aqueles que não pagam nada para recuperar a economia portuguesa", afirmou Louçã à TVI, criticando também a intervenção do consultor do Governo António Borges este sábado perante uma plateia de empresários.
"António Borges veio hoje dizer com aquela arrogância extraordinária que ele tem que os portugueses são estúpidos por não perceberem como era belo tirar um mês de salário aos trabalhadores para entregar aos patrões. Mas os portugueses perceberam-no a ele muito bem, e a Passos Coelho e Paulo Portas. Porque aumentar o défice e o desemprego e a crise através destas medidas exige que nos juntemos todos: este povo na rua, toda a esquerda, todos os sindicatos, um povo enorme que está na rua. E eles sabem que essa força é a democracia".

sábado, setembro 29, 2012

Assembleia Municipal de Portimão pede demissão do governo

Proposta do Bloco de Esquerda de saudação ao povo em luta e pela demissão do governo PSD/CDS divide o PS e é aprovada por maioria na assembleia da cidade algarvia.
Algarvios dizem não ao governo. Foto de Paulete Matos
A Assembleia Municipal de Portimão aprovou uma moção, apresentada pelo Bloco de Esquerda, que decide:
“- Saudar efusivamente as centenas de milhares de cidadãos e, muito particularmente os portimonenses que, indignados, saíram à rua no dia 15 de Setembro contra as políticas de austeridade da troika e do atual governo.
- Exigir a demissão do XIX Governo Constitucional, assente na moribunda coligação PSD – CDS”.
A moção foi aprovada por maioria, com 10 votos a favor (2 Bloco, 1 CDU e 7 PS), 6 votos contra (4 PSD, 1 CDS e 1 PS – o líder da bancada socialista votou ao lado da direita) e 5 abstenções (PS). Um outro deputado do PS ausentou-se da sala no momento da votação.
Eis em seguida o texto da moção na íntegra:
Saudação ao povo em luta e pela demissão do governo
O atual governo assumiu, desde a tomada de posse, o papel de capataz da troika FMI – BCE – UE e foi ainda mais longe nas medidas de austeridade do que previsto no memorando assinado pelo PS, PSD e CDS, em Maio de 2011. O exemplo mais flagrante desta atitude de vingança contra o seu próprio povo que, ao contrário do que afirmam, nunca viveu acima das possibilidades, é o roubo dos subsídios de férias e Natal de 2012 aos trabalhadores da função pública, condenado pelo próprio Tribunal Constitucional.
Como era de esperar, os resultados das políticas de austeridade foram a recessão económica, a queda do investimento e o aumento do número de falências, um desemprego descontrolado que já ultrapassa 16%, o alastrar da miséria e da exclusão social. As portagens na Via do Infante estão a levar a desgraça a muitas famílias e a matar o desenvolvimento económico e social do Algarve. E a dívida, em vez de diminuir, vai crescendo, fruto dos juros usurários e da inevitável queda das receitas fiscais.
Mas, em vez de arrepiar caminho, os responsáveis do desastre económico e social respondem à crise, agravada pela austeridade, ainda com mais austeridade. Em desrespeito pela decisão do Tribunal Constitucional, o governo decidiu alargar o roubo dos salários e subsídios do setor público a todos os trabalhadores. Durante a ultima inspeção da troika, o governo anunciou o agravamento da TSU de 7% sobre os salários e uma descida de mais de 4% para o capital, supostamente para combater o desemprego – o que foi logo desmentido pelas próprias associações patronais.
O copo transbordou em 15 de Setembro, nas manifestações que trouxeram à rua mais de um milhão de portugueses sob o lema “Que se lixe a troika, queremos as nossas vidas!” Neste dia, também Portimão fez História, manifestando-se nesta cidade cerca de 3 mil portimonenses e outros cidadãos de localidades vizinhas. Em todas essas cidades ecoou, espontaneamente, o clamor pela demissão do governo, verificado está que a austeridade não é apenas um erro, mas uma opção de vida e uma obsessão de morte deste governo.
A Assembleia Municipal de Portimão, reunida em sessão ordinária no dia 24 de Setembro de 2012, delibera:
- Saudar efusivamente as centenas de milhares de cidadãos e, muito particularmente os portimonenses que, indignados, saíram à rua no dia 15 de Setembro contra as políticas de austeridade da troika e do atual governo.
- Exigir a demissão do XIX Governo Constitucional, assente na moribunda coligação PSD – CDS.
Uma vez aprovada, a presente Moção será enviada ao Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Grupos Parlamentares, Primeiro-Ministro e à comunicação social.
O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda

sexta-feira, setembro 28, 2012



Moção

SAUDAÇÃO AO POVO EM LUTA E PELA DEMISSÃO DO GOVERNO

O atual governo assumiu, desde a tomada de posse, o papel de capataz da troika FMI – BCE – UE e foi ainda mais longe nas medidas de austeridade do que previsto no memorando assinado pelo PS, PSD e CDS, em Maio de 2011. O exemplo mais flagrante desta atitude de vingança contra o seu próprio povo que, ao contrário do que afirmam, nunca viveu acima das possibilidades, é o roubo dos subsídios de férias e Natal de 2012 aos trabalhadores da função pública, condenado pelo próprio Tribunal Constitucional.

Como era de esperar, os resultados das políticas de austeridade foram a recessão económica, a queda do investimento e o aumento do número de falências, um desemprego descontrolado que já ultrapassa 16%, o alastrar da miséria e da exclusão social. As portagens na Via do Infante estão a levar a desgraça a muitas famílias e a matar o desenvolvimento económico e social do Algarve. E a dívida, em vez de diminuir, vai crescendo, fruto dos juros usurários e da inevitável queda das receitas fiscais.

Mas, em vez de arrepiar caminho, os responsáveis do desastre económico e social respondem à crise, agravada pela austeridade, ainda com mais austeridade. Em desrespeito pela decisão do Tribunal Constitucional, o governo decidiu alargar o roubo dos salários e subsídios do setor público a todos os trabalhadores. Durante a ultima inspeção da troika, o governo anunciou o agravamento da TSU de 7% sobre os salários e uma descida de mais de 4% para o capital, supostamente para combater o desemprego – o que foi logo desmentido pelas próprias associações patronais.

O copo transbordou em 15 de Setembro, nas manifestações que trouxeram à rua mais de um milhão de portugueses sob o lema “Que se lixe a troika, queremos as nossas vidas!” Neste dia, também Portimão fez História, manifestando-se nesta cidade cerca de 3 mil portimonenses e outros cidadãos de localidades vizinhas. Em todas essas cidades ecoou, espontaneamente, o clamor pela demissão do governo, verificado está que a austeridade não é apenas um erro, mas uma opção de vida e uma obsessão de morte deste governo.

A Assembleia Municipal de Portimão, reunida em sessão ordinária no dia 24 de Setembro de 2012, delibera:

- Saudar efusivamente as centenas de milhares de cidadãos e, muito particularmente os portimonenses que, indignados, saíram à rua no dia 15 de Setembro contra as políticas de austeridade da troika e do atual governo.

- Exigir a demissão do XIX Governo Constitucional, assente na moribunda coligação PSD – CDS. 

Uma vez aprovada, a presente Moção será enviada ao Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Grupos Parlamentares, Primeiro-Ministro e à comunicação social.

O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda

Pedro Mota
João Vasconcelos

Observação: Moção aprovada por maioria, com 10 votos a favor (2 BE, 1 CDU e 7 PS), 6 votos contra (4 PSD, 1 CDS e 1 PS) e 5 abstenções (PS). Um outro elemento do PS ausentou-se da sala no momento da votação.

domingo, setembro 23, 2012

Utentes da A22 convocam manifestação para 1 de outubro

Marcha e vigília serão em Faro, a partir das 18h. Comissão exige a suspensão imediata das portagens na Via do Infante e a demissão do governo, e apela ao boicote em massa da antiga SCUT.
Para a Comissão, o fim das portagens na Via do Infante "está mais próximo do que se espera" e depende de todos "acelerar o seu fim". Foto da CUVI
A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) anunciou que vai promover uma manifestação e uma vigília, em Faro, a 1 de outubro, no primeiro dia em que deixam de existir isenções no pagamento de portagens na A22.
A iniciativa começa às 18h, junto ao Teatro Municipal de Faro. Daí sairá uma marcha até o Fórum Algarve, ambos à entrada da cidade, prevendo-se igualmente "algumas ações surpresa pela abolição das portagens nos próximos dias".
Quando introduziu portagens nas antigas SCUT, a 8 de dezembro de 2011, o governo criou um regime de isenções para residentes que deveria vigorar até 30 de junho, mas prorrogou a medida por mais três meses, prazo que termina a 30 de setembro.
A comissão exige a suspensão imediata das portagens na Via do Infante e a demissão do governo: "O primeiro-ministro, o ministro da Economia e todo o governo faziam um grande favor aos algarvios e ao Algarve se apresentassem a sua demissão imediatamente", pode ler-se no comunicado divulgado pela CUVI
Para a Comissão, o fim das portagens na Via do Infante "está mais próximo do que se espera" e depende de todos "acelerar o seu fim", pelo que a comissão apela aos cidadãos a boicotarem "em massa" a antiga SCUT.
O balanço dos nove meses de cobrança de portagens na A22 é devastador. Este verão houve uma quebra no turismo em mais de 10%, “com destaque na diminuição de cerca de 20% dos turistas espanhóis”. Socialmente, o Algarve vive “uma autêntica tragédia e que se vai agravar dramaticamente no Inverno – mais de 50 mil desempregados e precariedade e pobreza a alastrarem como bola de neve”, diz a comissão, que sublinha que “as portagens só irão agravar todo este panorama social e económico muito negro no Algarve”.
Por outro lado, assinala o comunicado, os acidentes de viação, os feridos e as mortes na EN 125 e estradas secundárias dispararam, registando-se nos meses de julho e agosto 254 acidentes rodoviários, contra 186 acidentes verificados no mesmo período do ano anterior. Para piorar, a paragem das obras de requalificação da EN 125 tem contribuído para o aumento dos acidentes já que a construtora Edifer, uma das empresas do consórcio que tem a seu cargo a requalificação, encontra-se num processo de insolvência e prepara-se para despedir 200 trabalhadores.

Sete lojas destruídas pelo fogo no Retail de Portimão afetam 400 postos de trabalho (com fotos)

  Sete lojas do Retail Park de Portimão – Decathlon, De Borla, Aki, Staples, Continente, Moviflor e Rádio Popular – foram esta madrugada completamente reduzidas a chapas retorcidas por um fogo que começou por volta 2h36 da madrugada e rapidamente destruiu tudo.
Só escaparam às chamas a oficina da marca Feu Vert, situada na ponta oeste do Retail Park, e a zona dos restaurantes, que fica num edifício separado.
Os bombeiros ainda continuam no local em operações de rescaldo, já que embora não se veja já chamas, ainda há muito fumo. O cenário é de chapas retorcidas, ferros queimados e lojas esventradas e negras do fogo. Apenas alguns dos letreiros que assinalavam o nome das lojas se mantêm de pé, nas fachadas, mas completamente enegrecidos pelo fumo.
Neste momento, a principal preocupação vai para os 400 postos de trabalho que ficam em causa devido a este incêndio. José M., de 35 anos, funcionário de uma das grandes superfícies comerciais destruídas pelo fogo, de lágrimas nos olhos, disse ao Sul Informação não saber qual será o seu futuro. «A loja onde eu trabalho, ou antes, trabalhava, está ali, toda consumida pelo fogo. Não resta nada, nada…E agora o que vamos nós fazer?».
Muitos dos funcionários das lojas, mal souberam do que estava a acontecer, dirigiram-se para o local, mas as autoridades não os deixaram passar. Acabaram por se reunir nos cafés das redondezas, a conversar e a tentar perceber o que lhes vai acontecer.
Foi num desses cafés, em Chão das Donas, paredes meias com o Retail Park, que o Sul Informação encontrou um grupo de funcionários da Staples. «Já nos disseram que a administração garante os postos de trabalho, mas na loja de Faro», disse uma das funcionárias. «É melhor do que nada, mas quem há-de pagar essa deslocação?», comentava outro.
Entretanto, as autoridades já reabriram por volta das 11h00 da manhã a EN125, no troço que passa frente ao Retail Park, e que esteve cortado desde a madrugada para facilitar os trabalhos dos bombeiros e dos demais veículos de socorro.
Mal foi reaberta a EN125, esse troço tornou-se local de peregrinação de centenas e centenas de veículos automóveis, a que se juntaram as centenas de motos que se dirigem ao Autódromo do Algarve, onde este domingo têm lugar corridas dos campeonatos do Mundo de Superbikes e Supersport. Resultado: um enorme engarrafamento.
Mas as complicações de trânsito vivem-se em todos os acessos ao Retail Park, nomeadamente os que atravessam a localidade de Chão das Donas, onde há polícia a regular o trânsito, para evitar mais engarrafamentos.

sexta-feira, setembro 21, 2012

Portagens:
Utentes da A22 convocam manifestação para 01 de outubro em Faro

A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) anunciou hoje que vai promover uma manifestação e uma vigília, em Faro, a 01 de outubro, primeiro dia sem isenções no pagamento de portagens na A22.

Em comunicado, a comissão adianta que a iniciativa realiza-se às 18:00, junto ao Teatro Municipal de Faro, seguindo-se uma marcha até ao Fórum Algarve, ambos à entrada da cidade, prevendo-se igualmente "algumas ações surpresa pela abolição das portagens nos próximos dias".

A decisão foi tomada numa reunião realizada em Armação de Pêra, na qual foi deliberado "intensificar as ações" pela suspensão imediata das portagens na A22.

A comissão exige ainda a suspensão imediata das portagens na Via do Infante e a demissão do Governo, caso persista "na sua arrogância e teimosia".

"O primeiro-ministro, o ministro da Economia e todo o Governo faziam um grande favor aos algarvios e ao Algarve se apresentassem a sua demissão imediatamente", pode ler-se no comunicado.

De acordo com a CUVI, o fim das portagens na Via do Infante "está mais próximo do que se espera" e depende de todos "acelerar o seu fim", pelo que a comissão apela aos cidadãos a boicotarem "em massa" aquela antiga estrada Sem Custos para o Utilizador (SCUT).

Quando introduziu portagens nas antigas SCUT, a 08 de dezembro de 2011, o Governo criou um regime de isenções para residentes que deveria vigorar até 30 de junho, mas um dia antes do prazo anunciou uma prorrogação da medida por mais três meses, que termina a 30 de setembro.

Segundo a RTP, o Governo confirmou que as isenções vão mesmo terminar por haver uma norma comunitária que impede a sua revogação.

A CUVI sublinha os "enormes prejuízos" para o turismo e para as empresas que decorreram da introdução de portagens, assim como o aumento dos acidentes na EN 125, cujas obras de requalificação foram suspensas em abril.
.diariOnline RS com Lusa

CUVI exige a demissão do Governo se este não suspender as portagens na A22

  A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) juntou à exigência de suspensão imediata das portagens a da demissão do Governo, caso este não volte atrás com a decisão de cobrar portagens na A22. Num comunicado enviado às redações, a plataforma anti-portagens promete intensificar a luta e congratulou-se pelas posições de várias personalidades da região que também vieram recentemente a público exigir que a suspensão da cobrança de taxas nesta estrada.
«Perante um panorama tão negro a viver-se no Algarve, a Comissão de Utentes exige a suspensão imediata das portagens na Via do Infante. Se o governo persistir na sua arrogância e teimosia, então exige-se a sua demissão imediata! Não podemos permitir que a nossa região continue a ser destruída. O Primeiro-Ministro, o Ministro da Economia e todo o governo faziam um grande favor aos algarvios e ao Algarve se apresentassem a sua demissão imediatamente», lê-se no documento.
«A Comissão de Utentes vai continuar a luta pela abolição das portagens na A22 e congratula-se com as posições tomadas a favor da sua suspensão, pelo Presidente do Turismo do Algarve e pelos dirigentes das associações empresariais AHETA e NERA. Não deixa de ser lamentável a posição da AMAL, que apenas reivindica, de forma tímida, a continuação das isenções. E os deputados do PS, PSD e CDS, eleitos pelo Algarve, continuam vergonhosamente calados. Chegou o momento de fazer escolhas claras!», defendeu a CUVI.
A plataforma anunciou que além de «algumas ações surpresa pela abolição das portagens nos próximos dias», vai organizar «uma manifestação e uma vigília junto ao Teatro Municipal de Faro, no próximo dia 1 de Outubro (1º dia sem isenções), a partir das 18.00 horas». «Seguidamente terá lugar uma marcha até ao Fórum Algarve», acrescentou.
A CUVI apelou «a todos os utentes e demais cidadãos para que boicotem em massa a Via do Infante e protestem vivamente contra a destruição do Algarve e das suas vidas, incorporando-se nestas acções anti-portagens».

terça-feira, setembro 18, 2012

Sexta-feira há manifestações «Conselho de Estado Popular» em Lisboa e Faro

  Uma nova manifestação anti-Governo, desta vez denominada «Conselho de Estado Popular», está marcada para Faro, desta vez na sexta-feira, dia 21 de Setembro, das 18h00 às 20h00, no largo da Sé.
Esta iniciativa irá decorrer a par do protesto que, à mesma hora, está marcado para Lisboa, frente ao Palácio de Belém, por causa da reunião do Conselho de Estado convocada pelo Presidente da República Cavaco Silva.
«Conselhia popular! Vem dar o teu conselho! Vem ouvir o teu povo! O Estado somos todos nós!» são as palavras de ordem do protesto convocado para Faro.
Além de Lisboa e da capital algarvia, há já manifestações convocadas, através do Facebook, para Aveiro, Braga, Coimbra, Santa Maria da Feira, e até nos Estados Unidos da América e no Canadá, junto aos consulados de Portugal.
«No dia 15 de Setembro, o país tomou as ruas para dizer Basta!, naquelas que foram as maiores manifestações populares desde o 1º de Maio de 1974. Exigimos o rasgar do memorando da Troika e a demissão deste governo troikista. Se o governo não escuta, que escute o Presidente da República e o seu Conselho de Estado», salienta o Movimento «Que se Lixe a Troika! Queremos as nossas Vidas», no seu mural no Facebook, para explicar as razões destas novas iniciativas de protesto.
«Não é não! Não queremos apenas mudanças de nomes, queremos mudanças de facto. A 21 de setembro iremos concentra-nos junto ao Palácio de Belém para demonstrar que 15 de Setembro não foi uma mera catarse coletiva, mas um desejo extraordinário de Mudança de Rumo!».

Leia mais:
Mais de 8 mil pessoas participaram nas manifestações anti-Troika em Faro e Portimão

Mais de 8 mil pessoas participaram nas manifestações anti-Troika em Faro e Portimão

  Mais de oito mil pessoas participaram nas manifestações anti-Troika e contra o governo em Faro e Portimão, apuraram os repórteres do Sul Informação no terreno.
Em Faro, juntaram-se ao protesto cerca de 4000 pessoas, que percorreram as ruas da Baixa da cidade.  «Chega de chulos da pátria e de nós», lia-se numa das faixas.
Na capital algarvia, o protesto partiu do Largo da Pontinha, seguiu até à Doca de Faro, pela Rua de Santo António, partindo daí em direção ao Teatro Lethes. Depois de regressarem à Pontinha, os manifestantes não pararam e fizeram a viagem de ida e volta até à Rotunda do Liceu, pela Avenida 5 de outubro.
Entre os manifestantes, contavam-se, entre muitas outras personalidades, a Ex-eurodeputada socialista Jamila Madeira e o anterior presidente da ERTA Nuno Aires, também ele do PS.  De resto, ao longo do percurso foi notório que se iam juntando cada vez mais pessoas às cerca de 1500 que partiram originalmente da Pontinha.
Para um dos «facilitadores» da manifestação deste sábado nas redes sociais João Nuvem, o balanço «só pode ser positivo». «Acabou por não ser uma assembleia popular, pois não temos ainda essa cultura. Houve algum improviso, fizemos o desfile porque as pessoas quiseram», disse João Nuvem, frisando que tentou ao máximo não condicionar nem «direcionar» a iniciativa, deixando as decisões nas mãos dos manifestantes.
Ao longo do percurso, gritaram-se palavras de ordem, que foram com mais frequência de «gatunos», «demissão» e «O povo unido, jamais será vencido». Apesar de a iniciativa contemplar um piquenique no Largo da Pontinha, ao início da noite eram já poucas as pessoas que se mantinham no local, apesar de a reunião em que diversas pessoas prestaram o seu testemunho ainda ter tido uma assistência considerável.
Em Portimão, ainda não eram 16h00 e já havia muita gente a chegar ao largo 1º de Maio, frente à Câmara Municipal, ponto de encontro para a manifestação. Com cartazes, faixas, cartões, todos ostentando palavras de ordem mais ou menos fortes, bem como com tambores e tampas de panelas, os gritos de protesto rapidamente subiram no ar.
No largo frente à Câmara estava gente de todas as idades, famílias inteiras, pessoas de todas as profissões, com muitos professores, empresários, reformados, desempregados, e gente de todos os partidos, mas, na sua maioria, sem qualquer cor política.
No meio da manifestação, o Sul Informação viu, discretos, Manuel da Luz, presidente da Câmara de Portimão, alguns dos seus vereadores, Carlos Tuta (ex-autarca de Monchique), mas também João Vasconcelos, do Bloco de Esquerda, e pessoas ligadas ao PSD de Portimão e de outros pontos do Algarve.
A manifestação transformou-se depois em desfile e saiu pelas ruas da cidade, subindo pela Rua de Santa Isabel, descendo a Rua das Lojas, passando a Alameda, atravessando a Rua Direita e o Largo 1º de Dezembro, frente ao teatro, e terminando na zona ribeirinha, junto ao coreto e à Casa Inglesa.
«O Povo unido jamais será vencido!» foi uma das frases gritadas, mas também ouve gritos de «Gatunos! Gatunos!» dirigidos ao Governo, «Passos escuta, o povo está em luta». Houve assobios, vaias, cantou-se a «Grândola» e até o Hino Nacional.
No meio daquele mar de gente, várias crianças às cavalitas dos pais batiam em panelas, enquanto havia quem tivesse levado tambores e até uma gaita de foles para o protesto.
No fim, quando João Vasconcelos tomou a palavra junto ao coreto, houve quem gritasse «Portugal sim, partidos não!»
Um dos participantes na manifestação dizia entusiasmado: «Isto foi a maior manifestação de sempre em Portimão!»

Veja as duas galerias de fotografias, das manifestações de Faro, Portimão e Loulé, na nossa página do Facebook

De Braga a Portimão, milhares manifestaram-se por todo o país

Foto: Lusa
Centenas de milhares de pessoas manifestam-se hoje um pouco por todo o país, de Norte a Sul, de Braga a Portimão, no âmbito do protesto "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!".

Cerca de um milhar de pessoas manifestaram-se em Portimão contra as medidas de austeridade impostas pelo Governo e pediram a demissão do executivo de coligação PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho.

Os manifestantes concentraram-se às 16:00, em frente da Câmara de Portimão, e desfilaram depois pelas ruas da baixa da cidade até à marginal, onde quem quis tomou a palavra para dizer o que entendia e protestar contra as medidas de austeridade, como as alterações à Taxa Social Única, que disseram estar a agravar o nível de vida dos portugueses.

Com palavras de ordem como “Passos ladrão, não vales um tostão” ou “Passos atenção, não queremos exploração” e cartazes com frases como “Troika que os pariu”, os manifestantes deram voz ao seu desagrado pelo novo pacote de medidas de austeridade anunciadas e contra a situação difícil que o Algarve e o país atravessa em termos de desemprego.

“Não é admissível que este Governo, a mando da troika, queira formar milhares ou milhões de descamisados. Não admitimos. É uma tristeza, uma desgraça, os nossos governantes nunca cumprem o que promete. E vejam como está o nosso país: um milhão de desempregados, os jovens têm que emigrar”, afirmou João Vasconcelos, da organização da manifestação.

No centro histórico de Évora juntaram-se cerca de 500 pessoas contra as medidas de austeridade.

Os manifestantes começaram a chegar à Praça do Giraldo, considerada a 'sala de visitas' de Évora, por volta das 17:00, percorreram algumas das principais ruas até aos Paços do Concelho e voltaram à principal praça da cidade, onde foram feitos os discursos.

Empunhando cartazes contra o Governo e a troika, os manifestantes gritaram palavras de ordem como “Está na hora de o Governo ir embora” e “O povo unido jamais será vencido”.

Lúcio Caeiro, um dos organizadores do protesto em Évora, disse à Lusa que “não esperava” a participação de tantas pessoas e realçou que esta adesão “significa que os portugueses estão indignados”.

Na cidade de Setúbal, cerca de três a quatro mil pessoas concentraram-se no Largo José Afonso e desfilaram pela Avenida Luísa Todi até à Praça do Bocage.

Durante o protesto contra as medidas de austeridade ouviram-se palavras de ordem a pedir a demissão do Governo e cantou-se o hino nacional.

Cerca de 1.500 pessoas, segundo dados da PSP, juntaram-se hoje no centro de Vila Real também em protesto contra as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo.

Na cidade onde cresceu, o primeiro-ministro foi vaiado e até convidado a seguir o seu próprio conselho e emigrar.

"Pedro vai para a rua!", gritaram em uníssono os manifestantes, muitos deles professores, jovens e desempregados.

"Sacríficos? Tenham juízo" ou "Governo PPC, cavalo de troika", foram algumas das palavras de ordem que se podiam ler nos cartazes espalhados pela praça do município.

Em Braga, a manifestação juntou, segundo a PSP local, cerca de cinco mil pessoas e decorreu de forma “totalmente ordeira e pacífica”.

“Não há nenhum incidente a registar”, disse à Lusa o subintendente Daniel Mendes, do comando distrital de Braga da PSP.

O protesto decorreu desde as 15:00 até perto das 18:20, tendo tido como epicentro a Avenida Central, onde os populares interessados tiveram direito a fazer discursos de quatro minutos.

Em Coimbra foram mais de sete mil pessoas de diferentes idades, quadrantes políticos e estratos sociais que desfilaram em protesto contra as políticas da “troika” e do Governo.

“Gatunos, gatunos!” foi a palavra de ordem mais ouvida na praça da República, onde começou a manifestação, e em todo o percurso rumo à Baixa da cidade.

Às 18:00, após os manifestantes terem iniciado a marcha, pelo menos 7.000 pessoas integravam o cortejo, segundo fonte da PSP no local.

A fonte admitiu que mais cidadãos viessem a incorporar o protesto, o que acabou por acontecer, com mais grupos a acorrerem à avenida Sá da Bandeira, enquanto promotores da iniciativa "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" se revelavam surpreendidos com a adesão.

Reformados, professores, funcionários públicos de diferentes setores, estudantes, desempregados, operários, sindicalistas, médicos, enfermeiros, advogados e comerciantes marcaram presença na manifestação, tal como dirigentes da esquerda (BE, PCP e PS) e mesmo alguns militantes e simpatizantes dos partidos que integram a coligação do Governo (PSD e CDS).

Foi o caso de Norberto Pires, afeto ao PSD, que há poucos meses se demitiu da presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

O deputado do PS Mário Ruivo, o líder distrital dos socialistas, Pedro Coimbra, o antigo vereador comunista da Câmara de Coimbra Gouveia Monteiro, o presidente da associação Saúde em Português, Hernâni Caniço, e o professor universitário José Reis eram outros dos manifestantes, a que se juntaram ativistas de esquerda, incluindo do Movimento Alternativa Socialista.

“Espanha, Grécia, Irlanda e Portugal, a nossa luta é internacional”, gritavam alguns manifestantes, entre assobios, bombos e outros instrumentos de percussão.
.diariOnline RS com Lusa

domingo, setembro 16, 2012

Um milhão exige demissão do governo

Maior manifestação desde o 1º de maio 74 exigiu a demissão de Passos Coelho, a saída da troika de Portugal e o fim da austeridade, que "deu maus resultados em todo o lado no mundo”. Organizadores propõem uma greve geral popular que pare efetivamente o país e convocam uma nova manifestação para a frente do palácio de Belém na 6ª feira às 18h, dia do Conselho de Estado.
Próxima manifestação: sexta-feira às 18 horas diante do Conselho de Estado em Belém. Foto de Paulete Matos
O repórter do Esquerda.net esteve há 38 anos na manifestação do 1º de maio em Lisboa, em 1974, e apenas essa – que terá reunido um milhão de pessoas – foi maior que aquela que este sábado decorreu entre a Praça José Fontana e a Praça de Espanha. Mesmo a manifestação da “Geração à Rasca”, a 12 de março do ano passado, que reuniu cerca de 200 mil pessoas, foi superada largamente pela que desfilou sob o lema “Que se lixe a troika, queremos as nossas vidas”. Assim, o número de um milhão de pessoas em todo o país, apesar de não confirmado, não parece exagerado.
Além disso, a jornada deste sábado realizou-se também em outras 33 cidades do país e pelo menos seis no estrangeiro, quando se reuniram mais muitos milhares – só no Porto ter-se-ão manifestado 150 mil pessoas.
À chegada à praça José Fontana, já era claro que a manifestação seria gigantesca. Meia hora antes da hora marcada, a praça já estava completamente lotada e, talvez por isso, os organizadores decidiram sair cerca de dez minutos antes da hora marcada – outro facto inédito nas manifestações em Portugal. À medida que avançava pela avenida da República, as fileiras iam engrossando e entravam no cortejo milhares e milhares de pessoas.
O grito favorito era: “Está na hora! Está na hora! De o governo ir embora!”. Na criatividade dos manifestantes, os cartazes exibiam frases como: “Desconto mais que os paraísos fiscais”; “Cortamos no governo!”; “Sou desempregada, não sou delinquente!”; “Greve ibérica já!”; “Ruas sem medo”; “Insurge-te”; “Eu bem dizia que inevitável é a tua tia!”; “Não somos moeda de troika!”; “Relvas fora daqui!” O sonho ainda não paga imposto!”
Foto de Paulete Matos
O repórter notou também a grande quantidade de pessoas de cabelo branco (como o próprio repórter), mostrando que os reformados e pensionistas viram na convocatória uma oportunidade de também lutar pelos seus direitos, eles que são os mais desprotegidos.
Pelo caminho, e enquanto tirava notas, o repórter encontrou pessoas que não via há mais de dez anos. O mesmo via acontecer por todo o lado. Famílias que iam juntas, amigos que se reencontravam, um clima de alegria e de combatividade. Gente de todas as profissões e idades, coletivos feministas e de trabalhadores – como a Comissão de Trabalhadores da RTP, protestos individuais.
À chegada à Praça de Espanha, já lá se encontravam milhares de pessoas; e quando terminaram os discursos dos organizadores, o cortejo ainda estava a chegar, e por isso muita gente não tomou conhecimento dos discursos finais e das novas convocatórias feitas.
Concentração em Belém dia 21 às 18 horas
A mais importante delas foi a convocação de uma manifestação nos jardins diante do Palácio de Belém, onde se realiza o Conselho de Estado convocado por Cavaco Silva para discutir as medidas de austeridade e ouvir as explicações de Vítor Gaspar. Recorde-se que praticamente todos os conselheiros já afirmaram serem contra a descida da TSU para os patrões e o aumento de 60% (sete pontos percentuais) da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social. A manifestação está convocada para as 18 horas.
Além disso, os organizadores defenderam a realização de uma greve geral popular, que reúna não só os trabalhadores contratados como também os precários e até os desempregados, uma greve geral que aparalise efetivamente o país.
“Hoje sucedeu uma coisa extraordinária”, disse um dos organizadores no discurso final na praça de Espanha. Ninguém teve dúvidas disso. Cumpriram a promessa. A manifestação foi extraordinária. E os presentes saíram decididos a manter a luta até à queda de Pedro Passos Coelho. Um grupo de jovens decidiu prolongar a manifestação até à Assembleia da República.

Fotos das manifestações “Que se lixe a troika!”

Lisboa - Foto aérea
Neste sábado 15 de setembro realizaram-se manifestações em 40 cidades do país contra a política de austeridade do Governo e da troika. Em muitas cidades, os protestos populares são os mais participados, desde há muitos. Publicamos aqui fotos das manifestações de Braga, Lisboa, Faro, Aveiro, Lamego, Guarda, Loulé, Funchal, Setúbal, Santarém, Portalegre, Viseu, Caldas da Rainha, Portimão, Évora, Vila Real, Coimbra, Torre de Moncorvo, Covilhã...
Notícia em atualização
Braga - Fotos de Jorge Vilela


Lisboa - Fotos de Paulete Matos


Faro - Fotos de Nuno Viana


Aveiro - Fotos de Nelson Peralta


Lamego - Fotos de Nelson Oliveira


Guarda - Foto de Jorge Noutel

Loulé - Fotos de Ana Martins


Funchal - Fotos de Sónia Araújo


Setúbal - Fotos de Abel Raposo


Santarém - Fotos de José Filipe


Santarém - Foto de Bruno Góis

Portalegre - Fotos de Luís Mariano


Viseu - Fotos de Carlos Vieira


Caldas da Rainha - Fotos de Arnaldo Sarroeira


Portimão - Fotos de Miguel Madeira


Évora - Fotos de Bento Anastácio


Vila Real - Fotos de Carlos Ermidas Santos


Coimbra - Fotos de Pedro Cosme


Torre de Moncorvo


Covilhã





Esquerda.net