terça-feira, setembro 29, 2009

Novo quadro parlamentar abre perspectivas positivas para o futuro

Para a FENPROF, o resultado mais importante destas eleições legislativas seria o fim da maioria absoluta que, de forma arrogante e contrária a algumas das mais elementares regras de relacionamento democrático, impôs uma política negativa concretizada em medidas que, na Educação, atentam contra a dignidade profissional dos docentes, desvalorizavam a sua carreira e, de forma mais abrangente, põem em causa aspectos fundamentais da Escola Pública, designadamente ao nível da sua organização e funcionamento democráticos.

Os resultados verificados ontem (27 de Setembro) vêm ao encontro da posição da FENPROF e, pela nova correlação de forças que passa a existir na Assembleia da República, abrem-se perspectivas positivas quanto ao futuro. Se colocarmos, à cabeça, aspectos relacionados com o Estatuto da Carreira Docente, recorda-se que são ainda recentes as posições que uniram toda a oposição no sentido de ser suspensa a aplicação do actual regime de avaliação, de ser profundamente alterado o modelo em vigor, de ser eliminada a divisão da carreira, ou de serem corrigidas as profundas distorções introduzidas na elaboração dos horários de trabalho dos professores. Posições que, no entanto, foram sempre esmagadas pela maioria absoluta do PS.

Com esta nova arrumação partidária, o Parlamento ganha protagonismo, aos partidos é atribuída responsabilidade acrescida na definição das políticas para o país e o regresso de um clima de diálogo e negociação, orientados para a construção de consensos e a assunção de compromissos, obrigará as organizações sindicais a (re)tomarem a iniciativa e os professores e educadores a manterem a pressão com vista à resolução dos problemas que continuam a afectar as suas condições de trabalho e exercício profissional.

Reunião do Secretariado Nacional da FENPROF

O Secretariado
Nacional da FENPROF, que reunirá nos próximos dias 1 e 2 de Outubro (quinta e sexta), analisará, então, os resultados eleitorais e as perspectivas de trabalho que abrem, para além de definir as formas de intervenção e acção que se considerarem adequadas neste novo quadro político.

No dia 5 de Outubro (segunda-feira) - Dia Mundial dos Professores - em sessão pública a realizar às 15.30 horas, na Escola Secundária de Camões (Praça José Fontana, em Lisboa), a FENPROF, pela voz do seu Secretário-Geral, tornará públicas a apreciação política que faz deste novo quadro e as decisões tomadas pelo seu Secretariado Nacional, na reunião antes referida. Nesta sessão pública, participará o Professor Doutor António Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa, personalidade que a FENPROF convidou para intervir tendo em consideração a elevadíssima qualidade do trabalho académico que vem desenvolvendo em torno da profissão de professor e da sua profissionalidade.

O Secretariado Nacional da FENPROF
28/09/2009

Fenprof

CGTP exige governação à esquerda

O Secretário-Geral da CGTP-IN, Carvalho da Silva, fala aos jornalistas sobre os resultados das eleições legislativas, esta tarde na sede do sindicato em Lisboa, 28 de Setembro de 2009. MIGUEL A. LOPES/LUSA
No seu primeiro pronunciamento após os resultados eleitorais, a comissão executiva da CGTP exigiu uma governação à esquerda, considerando que os portugueses deram "um claro voto à esquerda" nas eleições de domingo. No entender da central, o PS foi penalizado por ter seguido políticas de direita e práticas de afrontamento aos trabalhadores; mas durante a campanha eleitoral fez promessas de mudança e de valorizar políticas sociais.
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segunda-feira, setembro 28, 2009

Louçã: começou um novo dia para a esquerda portuguesa

Bloquistas comemoram resultado. Foto de Paulete Matos
O coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, agradeceu aos mais de 550 mil portugueses que votaram no Bloco de Esquerda, numa altura em que já era certa a duplicação da bancada parlamentar do partido. "Não há memória de nenhum partido que tenha subido tanto em termos percentuais. O Bloco de Esquerda mostrou ser uma esquerda de alternativa e de resposta que derrotou a maioria absoluta."
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domingo, setembro 27, 2009

Intervenção de Francisco Louçã no comício do Coliseu do Porto
Veja a intervenção final de Francisco Louçã no comício do Bloco de Esquerda no coliseu do Porto. O vídeo acima prossegue na parte 2 e na parte 3.


Louçã: "Somos a esquerda grande"
Mais de 1700 pessoas no comicio final
Diante das mais de 1700 pessoas que encheram o coliseu do Porto, Francisco Louçã encerrou a campanha convicto de que no próximo domingo mais de meio milhão de pessoas vão votar no Bloco de Esquerda e impedir a renovação da maioria absoluta do Partido Socialista. Louçã fez um apelo particular aos novos eleitores que vão fazer a diferença, e a todos os eleitores do PS que se sentiram enganados pela maioria absoluta de José Sócrates.

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sábado, setembro 26, 2009

Votar útil é votar Bloco para derrotar a maioria absoluta do PS


Votar útil é votar Bloco

para derrotar a maioria absoluta do PS


Caros colegas, companheir@s e amig@s,

Todos, ou quase todos me conhecem – professor, delegado sindical, membro do Conselho Nacional da Fenprof e fazendo parte, igualmente, da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda. Como tal, estou profundamente empenhado na derrota da maioria absoluta do Partido Socialista. Segundo indiciam todas as sondagens, Manuela Ferreira Leite e o PSD irão perder as eleições legislativas. A batalha trava-se agora pela derrota da maioria absoluta de Sócrates e só o Bloco de Esquerda está em condições de provocar essa derrota, logo, o voto útil é no Bloco, quer no Algarve, quer a nível nacional.

Tudo tem servido para atacar o Bloco, todos os outros partidos, Sócrates, Ferreira Leite, Paulo Portas, Alberto João Jardim, Belmiro de Azevedo, etc., todos atacam o Bloco, o que era de esperar. Inventam coligações com Sócrates, acordos secretos e outras tretas do género para confundir a opinião pública. Jamais haverá coligações e alianças com Sócrates, o seu governo e o PS.

Quem se esquece do que Sócrates e a Maria de Lurdes fizeram aos professores deste país? Hostilizaram-nos, vilipendiaram-nos e colocaram-nos num pelourinho! Dividiram-nos e fracturaram dramaticamente a carreira docente. Com as suas medidas desastrosas provocaram danos irreparáveis na Escola Pública. Mas os docentes levantaram-se contra a ignomínia e a afronta e souberam responder à altura – 100 mil, 120 mil em Lisboa, muitos milhares por este país fora vieram para a rua e gritaram bem alto contra este malfadado governo, intitulado de “socialista”. E o Bloco de Esquerda – juntamente com outras forças – esteve na primeira linha de combate, no Parlamento e por todo o lado, contra Sócrates e a Maria de Lurdes e em defesa dos direitos e reivindicações dos professor@s e educador@s. Eu próprio, juntamente com muitos colegas, participei nas manifestações de Portimão, Faro e Lisboa. Portanto, aliança com Sócrates, nunca!

Não esqueço que este governo fez uma guerra social aos trabalhadores – veja-se o famigerado Código do Trabalho -, provocou milhares de desempregados – muitos jovens e muitos professores -, a precariedade é um flagelo social a par do desemprego, aumentou a idade para se obter a aposentação, aumentou os impostos, entregou parte da saúde aos privados, a insegurança não pára de aumentar, a exclusão social agravou-se. Enquanto isto, favoreceu os poderosos e especuladores dando-lhes de mão beijada milhares de milhões de euros. E quem esteve na primeira linha de denúncia e desmascaramento de todas estas situações? Foi o Bloco de Esquerda! Então Sócrates tem de ser derrotado – uma nova maioria absoluta do PS seria um desastre colossal para o país. A arrogância e a vingança de Sócrates não teriam limites. Só o Bloco de Esquerda está em condições de derrotar esta arrogância e vingança socráticas.

O voto em Ferreira Leite será um voto inútil e um tremendo erro. Quem não se lembra de Ferreira Leite enquanto Ministra da Educação? Apelidou uma geração de rasca e patrocinou cargas policiais a estudantes. Defendeu o aumento das propinas e a ideia de que a Universidade tinha que ser paga. Em Abril de 2008 afirmou que era preciso privatizar a educação e, quando teve lugar a primeira manifestação de professores, afirmou que concordava com a política de Sócrates e de Maria de Lurdes, avisando-os para não recuarem – à lei da rolha aliava a lei do chicote. Ferreira Leite sabe que, tal como Sócrates, precisa do voto dos professores, daí o seu oportunismo político ao pretender caçar votos com discursos de paninhos quentes. Assim, o voto no PSD e em Manuela Ferreira Leite é um voto inútil. O voto útil só no Bloco de Esquerda.

O voto nos outros partidos pouco ou nada contam. O PP/CDS pretende fazer uma aliança com o PSD, mas também não lhe repugnará coligar-se com o PS, tal como aconteceu no passado. Já todos sabemos qual a política deste partido de direita radical quando vai para o governo – até mandou os navios de guerra impedir que o “barco do amor” atracasse em portos portugueses. O PCP/CDU sempre desejou, no passado, um entendimento com o PS e, agora, já deu a entender que poderá fazer acordos com Sócrates.

No Algarve, para ajudar a derrotar a maioria absoluta de Sócrates, o voto útil é no Bloco. A alternativa decide-se entre a verdadeira esquerda e a maioria absoluta arrogante de Sócrates. Nas Legislativas de 2005, o Bloco com 7,66% dos votos não elegeu um deputado apenas por uma diferença de mil votos, aproximadamente, o que teria conseguido com 8,22%. Nas Europeias de Junho passado, o Bloco obteve 14,95%. Qual o voto mais útil? O que dá mais uma cadeira ao bloco central PS – PSD ou o que elege a primeira deputada do Bloco de Esquerda? A resposta é óbvia, naturalmente. Vamos todos votar para eleger a professora bloquista Cecília Honório, com provas dadas a favor dos professor@s e educador@s, dentro e fora do Parlamento.

Tudo leva a crer, tanto o PP/CDS, como a CDU, não irão eleger qualquer deputado pelo Algarve, tendo obtido sempre resultados muito inferiores ao Bloco de Esquerda. Aliás, o Bloco encontra-se mais próximo de eleger o segundo deputado do que aqueles dois partidos elegerem qualquer deputado – com mais 1,49% do que obteve nas Europeias, o Bloco conseguirá eleger 2 deputados pelo Algarve e retirados ao Partido Socialista! Será obra. Então, o voto útil só no Bloco.

Curiosamente, faço parte da lista do BE de candidatos a deputados pelo círculo de Faro, colocado em segundo lugar – claro que podia ser outra pessoa – todos me conhecem, sou algarvio, activista e sindicalista desde longa data. Estarei sempre disponível para o que for preciso. Caso seja eleito, rejeitarei liminarmente qualquer coligação – tal como a minha colega Cecília e os outros deputados bloquistas – com Sócrates, PS, PSD ou qualquer outro partido, cujas políticas sejam contrárias ao interesse dos trabalhadores e do povo português.

Assim sendo, o meu apelo é para todos votarem útil no próximo Domingo, votando no Bloco de Esquerda – a verdadeira esquerda socialista e popular -, condição fundamental para a derrota da maioria absoluta de Sócrates. Poderão contar com o Bloco, tal como o Bloco conta convosco.

Agradeço que reenviem este apelo para os vossos contactos e blogues.

Sempre ao vosso dispor.

Abraço bloquista.

João Vasconcelos

Louçã: "Somos a esquerda grande"

Mais de 1700 pessoas no comicio final
Diante das mais de 1700 pessoas que encheram o coliseu do Porto, Francisco Louçã encerrou a campanha do Bloco de Esquerda convicto de que no próximo domingo mais de meio milhão de pessoas vão votar no Bloco de Esquerda e impedir a renovação da maioria absoluta do Partido Socialista. Louçã fez um apelo particular aos novos eleitores que vão fazer a diferença, e a todos os eleitores do PS que se sentiram enganados pela maioria absoluta de José Sócrates.
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Arruada no Porto
Arruada no Porto. Fotos de Paulete Matos
No último dia de campanha, o Bloco de Esquerda fez contactos com a população na rua da Cedofeita, no Porto. Veja a galeria de fotos.


Louçã: “O que nos dá força é a coerência”
Comício em Santa Maria da Feira - Foto de Paulete Matos
As prioridades pelas quais o Bloco de Esquerda se bate são as mesmas na sexta-feira, no domingo e as mesmas que continuará a ter na segunda-feira, assegurou Francisco Louçã: “O mesmo programa, as mesmas lutas. Uma esquerda forte, que merece a sua força, é uma esquerda de coerência, não pode deixar de ser nunca, nem por um minuto”. Cerca de 600 pessoas encheram o cine-teatro António Lamoso, em Santa Maria da Feira, esta quinta-feira, onde se realizou mais um comício do Bloco. Leia a notícia e veja a galeria de fotos.


Tempo de Antena (VI)
No tempo de antena emitido no último dia de campanha, Francisco Louçã explica as três prioridades que o Bloco propõe aos eleitores e faz o apelo final ao voto no Bloco de Esquerda.


Comício em Santa Maria da Feira
Leia a notícia e veja a galeria de fotos.


Algarve: Marcha lenta em protesto contra a degradação da EN 264
Cecília Honório interveio no final da marcha lenta
85 carros, três camiões, duas moto-quatro e dois tractores participaram na marcha lenta, promovida pelo Bloco de Esquerda, em protesto pela ausência de investimento na urgente requalificação da EN 264. No final da iniciativa interveio Cecília Honório, cabeça de lista do Bloco às legislativas por Faro. Ler mais...


Comício no Barreiro
Comício do Bloco no Barreiro, na colectividade "Os Franceses", onde intervieram Mário Durval cabeça de lista à Câmara do Barreiro e os deputados Mariana Aiveca, Fernando Rosas e Francisco Louçã.
Esquerda.net

quinta-feira, setembro 24, 2009

Arruada em Lisboa
O Bloco de Esquerda atravessou a baixa lisboeta ao som dos "Farra Fanfarra". À chegada ao Rossio, Francisco Louçã alertou para os perigos da maioria absoluta desejada por José Sócrates.


Visita à EMEF do Barreiro
O Esquerda.net acompanhou a comitiva do Bloco em visita à EMEF - Empresa de manutenção de equipamento ferroviário, localizada no Barreiro.


Louçã: Acordo com PS? A resposta tem três letras - Não.
Mais de 600 pessoas no comício de Braga. Foto de Paulete Matos
"Àqueles que nos perguntam se vamos fazer acordo com o PS, a resposta tem três letras: NÃO", reafirmou Francisco Louçã num comício que juntou mais de 600 pessoas na avenida Central de Braga na noite desta terça-feira. Louçã insistiu que o Bloco tem uma só palavra e que essa decisão responde aos professores, aos desempregados, aos reformados, aos jovens vítimas das políticas do governo de José Sócrates. Leia a notícia . Veja as fotos
Esquerda.net

sábado, setembro 19, 2009

Mais quatro anos? No Way, José. Os professores não esquecem. Relatos das concentrações - III


1. Os professores não esquecem a forma como foram tratados pelo Governo PS durante quatro anos e meio.

2. Esta tarde voltei a confirmar aquilo que já sabia das anteriores 9 manifestações: a maioria dos professores presentes trabalham em escolas fora de Lisboa.

3. Muita gente de Vila Real, de Amarante, de Viseu, do Alentejo e de Santarém. Poucos de Lisboa e de Setúbal.

3. Debati estas questão com vários colegas de Lisboa. Todos concordaram: sempre houve pouca mobilização em Lisboa. Razões? Provavelmente, porque o PS tem muita influência na direcção das escolas de Lisboa.

4. Falámos do futuro. Quase todos me disseram que o que mais desejam é a derrota de José Sócrates. Houve quem afirmasse que o PS está transformado num partido que usa métodos típicos de organizações mafiosas. Ouvi alguns colegas dizerem: "nem que viva 100 anos, voltarei a votar PS".

5. Uma professora chamou por mim e disse: "posso tirar uma fotografia consigo?". E adiantou: "leio todos os dias o que escreve no ProfAvaliação. O blogue faz-me companhia e ajuda-me a resistir à tirania que tombou sobre a minha escola". Ela colocou o braço à volta da minha cintura e o marido fez a fotografia". O marido da professora disse: "não pare de blogar, há muita gente que gosta do que escreve".
Foto: Concentração esta tarde em S. Bento
ProfAvaliação

Não calam os professores! Relatos das concentrações - II


1. Não me canso de dizer que as manifestações e concentrações organizadas pelos movimentos de professores são as que geram mais alegria e prazer a quem nelas participa.

2. As palavras de ordem são mais criativas, as pessoas têm mais espaço e tempo para reencontrar os amigos, conversar e traçar planos para o futuro. Não temos de "gramar" os discursos longos e maçadores dos sindicalistas. É tudo mais genuíno.

3. Tive oportunidade de conversar longamente com o Mário Machaqueiro, o Ilídio Trindade, o Octávio Gonçalves e o Ricardo Silva. Havia entusiasmo e alegria nos rostos dos organizadores e, nem por momentos, lamentaram a ausência de milhares de colegas que, vivendo em Lisboa, optaram por ficar em casa. Encontrei ex-alunas, colegas e amigos que se dirigiram a mim com palavras afectuosas e que me dão entusiasmo e energia para manter o blogue.

4. Há muito tempo que queria conhecer a Anabela Magalhães, a corajosa editora do blogue homónimo. Hoje foi possível conhecer o rosto carregado de alegria e de entusiasmo da Anabela. Conversámos, rimos e combinámos novo almoço do ProfAvaliação e do blogue Anabela Magalhães, em breve, no Norte do País.

5. Foi bom almoçar na companhia do Alfaro, editor do blogue João Alfaro, da Aida, da Cristina, da Lelé, editora do blogue Pérola de Cultura, do Luís e da Anabela. Em breve voltaremos a estar juntos. Lembrámos o Miguel Loureiro e o Rui V. ausentes porque tiveram de resolver problemas inadiáveis a Norte.
Foto: Cartaz exibido esta tarde na concentração de professores em S. Bento
In ProfAvaliação

"Professorzecos? Não esquecemos! Relatos da concentração - I


1. Os "professorzecos" não esquecem a guerra que o poder socratino lhes moveu durante quatro anos e meio.

2. Esta tarde voltaram às ruas de Lisboa. Foram três concentrações simultâneas.

3. Na 5 de Outubro, estiveram dezenas de professores vestidos de negro e com faixas pretas lembrando aos políticos que os professores não esqueceram a humilhação e a guerra a que foram sujeitos.

4. Em Belém, estiveram cerca de cem professores vestidos de negro com faixas pretas lembrando o silêncio cúmplice do PR. Pelas 15:30, os professores deslocaram-se a pé de Belém até S. Bento com escolta policial. A cumplicidade e simpatia da divisão de trânsito da GNR foi evidente. Alguns guardas presentes disseram: "a vossa luta contra o PS é também a nossa luta". Para surpresa dos professores, os guardas fizeram escolta aos manifestantes no percurso entre Belém e S. Bento.

5. Em S. Bento, estiveram cerca de um milhar de docentes. Guardámos um minuto de silêncio, exibimos as faixas pretas e os líderes da APEDE, Ricardo Silva, do MUP, Ilídio Trindade, e do PROmova, Octávio Gonçalves, prestaram declarações às cadeias de televisão presentes. Foi uma jornada cheia de alegria.

6. O grupo de comentadores do ProfAvaliação almoçou no Cantinho da Maria. Houve quem se deslocasse do Algarve e de Trás-os-Montes para estar no almoço e na concentração. Conversámos, rimos e traçámos planos para o futuro. Foi um dia muito bem passado.
Foto: Faixa na concentração de hoje frente ao edifício da AR
ProfAvaliação

Programa do PS tem um capítulo secreto sobre privatizações”
Jantar-comício do Bloco no Porto - Foto de Paulete Matos
Francisco Louçã afirmou, nesta Sexta feira, que o programa eleitoral do PS tem um capítulo secreto sobre privatizações. Considerando que a política mais perigosa é a que se "esconde da democracia", Louçã desafiou Sócrates a dizer ao país " como é que vai prosseguir a política de privatização que tem destruído meios essenciais do Estado". Estas declarações foram feitas num jantar-comício no Porto, que juntou 450 pessoas. Ver fotos do jantar-comício e da arruada. Ler mais...


Novos cartazes do Bloco em Lisboa
Um dos novos cartazesJá estão por toda a cidade os novos mupis da campanha do Bloco em Lisboa. São três diferentes e têm por temas "Reabitar Lisboa", "Libertar o trânsito" e "Desenlatar a frente do Tejo". Estes temas serão centrais na campanha do Bloco. Veja no site de campanha autárquica do Bloco de Lisboa.

"Gato Fedorento" esmiúçam programa do Bloco
Francisco Louçã responde às perguntas de Ricardo Araújo Pereira sobre nacionalizações, drogas para descontrair, deduções fiscais, transsexuais e transgénicos, entre outros temas.

Arruada em Viseu

Fotogaleria de arruada em Viseu em que participaram Francisco Louçã, António Minhoto, cabeça de lista do Bloco às legislativas pelo círculo eleitoral, e Maria da Graça Pinto, primeira candidata à Câmara de Viseu.


Encontro sobre o SNS
João Semedo prestou declarações ao esquerda.net no encontro realizado pelo Bloco de Esquerda que reuniu diversos especialistas da área da saúde para debater o estado do Serviço Nacional de Saúde em Portugal.
Esquerda.net

segunda-feira, setembro 14, 2009

Almoço-Comício do Bloco no Pavilhão Atlântico
Ana Drago, Luís Fazenda e Francisco Louçã falaram para 2.500 pessoas que se reuniram no almoço-comício que o Bloco de Esquerda realizou no Pavilhão Atlântico. Francisco Louçã falou de justiça e apontou o combate à corrupção como o primeiro ponto do programa de justiça do Bloco de Esquerda.


Tempo de Antena (I)
As fraudes na banca e os 18 anos de Sócrates e Ferreira Leite no governo - explicados através do popular videojogo "Pacman" - são os temas do primeiro tempo de antena do Bloco.
Esquerda.net

Louçã: "É tempo de decisão"

Almoço-comício do Bloco no Pavilhão Atlântico - Foto de Paulete Matos
Neste Domingo, realizou-se um almoço-comício no Pavilhão Atlântico, que constituiu a iniciativa mais participada do Bloco de Esquerda, juntando 2.500 pessoas.
Na sua intervenção, Francisco Louçã dirigiu-se ao eleitorado socialista "que deu as maiorias absolutas" afirmando que o seu partido é o único que "enfrenta" o PS e combate políticas como "o Código do Trabalho ou a perseguição aos professores". O coordenador do Bloco falou em "tempo de decisão". Ver fotogaleria.
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Esquerda.net

Louçã diz que é vítima de «campanha de ódio»
Por Manuel Agostinho Magalhães
Os discursos de Louçã, Fazenda e Drago no Pavilhão Atlântico tiveram uma nota comum. O BE está a ser alvo do ódio de adversários políticos e de comentadores Ler Mais
In Sol

sábado, setembro 12, 2009

Professores voltam à rua dia 19


O Movimento Escola Pública apela à participação dos professores e professoras nas acções de protesto do próximo dia 19 de Setembro, em Lisboa.

A defesa da escola pública inclusiva e dos direitos dos professores exigem que mantenhamos viva uma luta que é de toda a sociedade. Numa altura em que se fazem escolhas determinantes para o futuro do país, não há razões para que os professores fiquem em casa e se limitem a esperar.

Assim, o Movimento Escola Pública soldiariza-se com a acção convocada pela APEDE, MUP e PROmova e juntamos forças neste protesto.

COMUNICADO DA APEDE, MUP E PROmova
ORGANIZAÇÃO DA MANIFESTAÇÃO DE PROTESTO DOS PROFESSORES
19 DE SETEMBRO 2009

Tal como foi já tornado público, os professores irão manifestar-se em Lisboa, no próximo dia 19 de Setembro de 2009, às 15:00 horas. Numa forma de manifestação diferente do habitual, a mesma decorrerá em simultâneo em três locais diferentes e simbólicos: Assembleia da República, Ministério da Educação (Av. 5 de Outubro) e Palácio de Belém. Em nenhum deles haverá prelecção de discurso público, mas sim uma faixa dos Movimentos que organizam o protesto (APEDE, MUP e PROmova), contendo uma mensagem forte e incisiva que pretende dar voz ao sentimento dos professores.

Nos três locais de concentração, haverá representantes dos movimentos, que promovem e organizam esta acção, podendo os colegas dirigir-se a qualquer um desses locais, de acordo com a sua sensibilidade e desejo de participação.

Solicita-se que, na medida do possível, os colegas venham vestidos de negro e que, depois de alguns minutos de silêncio, se manifestem como entenderem, com faixas, cartazes, etc., dando livre curso à sua criatividade, contribuindo, desse modo, para o sucesso desta iniciativa.
MEP

O cordeiro Sócrates e os professores


Depois de quatro anos no papel de lobo, desconsiderando os professores e mostrando o maior desprezo pela escola pública, Sócrates veste agora a pele de cordeiro, tentando fazer esquecer anos de arrogância com um novo estilo delicado e cordato.

Durante quatro anos os professores foram as vítimas privilegiadas de uma política que transformou os funcionários do sector público em alvo da demagogia de quem segue os esquemas neo-liberais. Essa demagogia visa justificar o corte das despesas públicas nos sectores fundamentais como a saúde e a educação, para serem utilizados no financiamento público dos grandes grupos económicos.

Para a nomenclatura PS/PSD que dirige os ministérios, encontrar os melhores esquemas para prejudicar os trabalhadores, constitui o melhor currículo para alcançar postos de chefia, quiçá um lugar num qualquer Conselho de Administração de um qualquer Amorim. Por isso, ideias não faltaram para achincalhar os professores...

Sócrates cobriu todos os desmandos da ministra, pensando que mesmo que perdesse votos entre os professores, ganharia votos entre os pais e a restante população, a quem agradaria o pulso duro e o chicote no lombo desses malandros...

Errou clamorosamente! Agora segue a velha estratégia de redução de danos, baixando o tom de voz, mostrando-se aberto ao diálogo, reconhecendo alguns erros.

Tarde demais senhor primeiro-ministro!

Os professores saberão dar-lhe nas urnas a resposta que merece...

Álvaro Arranja
MEP

“Sócrates tem medo de uma esquerda forte e de solidariedade”, diz Louçã

Almoço/comício em Abrantes. Foto de Paulete Matos
Num almoço que juntou cerca de 350 pessoas em Alferrarede (Abrantes), Louçã afirmou que ao escolher Bloco como alvo principal, Sócrates e o PS mostram que têm medo do Bloco, "medo de uma esquerda forte e de solidariedade". Louçã criticou ainda a política de "prepotência, abuso e desigualdade" lembrando os prémios pagos a administradores da PT e as parcerias público-privadas na saúde. Vê as fotos.
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Esquerda.net

sexta-feira, setembro 11, 2009


Sheryl Crow "Gasoline"





Apresentação do Manifesto Eleitoral do Algarve- B.E. - Portimão

Apresentação do Manifesto Eleitoral do BE /Algarve












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BE de Portimão : Queixa à CNE- Caso TVDIGITAL


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Bloco de Esquerda

Rua 5 de Outubro, nº 39

8500-581 Portimão

Portimão, 7 de Setembro de 2009

Exmº Senhor

Presidente

da Comissão Nacional de Eleições

Av. D. Carlos I, 128, 7º Piso

1249 – 065 Lisboa

Assunto: Dever de neutralidade e imparcialidade por parte da Câmara Municipal de Portimão durante o processo eleitoral

Fernando Manuel do Anjos de Oliveira e João Manuel Duarte Vasconcelos, na qualidade de, respectivamente, Mandatário e de primeiro candidato à Câmara Municipal de Portimão da lista do Bloco de Esquerda concorrente a todos os órgãos autárquicos deste município, vimos junto de V. Ex.ª apresentar uma queixa formal pelos seguintes motivos:

- no decorrer do presente processo eleitoral para as eleições legislativas de 27 de Setembro e eleições autárquicas de 11 de Outubro, a lista do Bloco de Esquerda (e restantes listas da oposição) está a ser gravemente penalizada e discriminada devido à existência de ecrãs gigantes – projecto TV Digital – existentes na cidade de Portimão e nas localidades de Alvor e da Mexilhoeira Grande que, a todo o momento, transmitem propostas e realizações da Câmara Municipal de Portimão e das respectivas Freguesias, onde aparecem profusamente os autarcas e responsáveis destes órgãos e que são ao mesmo tempo candidatos à lista do Partido Socialista que detém o poder local neste município.

- o que pretendemos é o dever de neutralidade e de imparcialidade do poder local de Portimão, responsável pela TV Digital, e que todas as candidaturas beneficiem do mesmo tratamento de igualdade durante o decorrer do processo eleitoral, conforme a lei assim o estipula.

Assim sendo, estamos cientes que V. Exª, com as competências que detém, saberá actuar em conformidade, tão breve quanto possível.

Em anexo juntamos Moção, sobre o assunto em causa, apresentada pelos deputados municipais do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Portimão, no passado dia 4 de Setembro – Moção votada favoravelmente por todas as restantes forças da oposição mas rejeitada pela maioria do Partido Socialista.

Desde já, agradecemos a atenção dispensada.

Com os nossos cumprimentos.

O Mandatário da Candidatura do BE em Portimão

Fernando Manuel dos Anjos Oliveira

O 1º candidato pelo BE à Câmara Municipal de Portimão

João Manuel Duarte Vasconcelos

A família política de Sócrates
No debate com Francisco Louçã, o primeiro-ministro disse que sempre pertenceu à mesma família política, sublinhando assim a coerência da sua militância na JSD e no PS. O esquerda.net recorda os momentos mais marcantes do álbum desta família política.
Eleições
Arruada em Coimbra
Nas declarações, Francisco Louçã critica a falta de rigor nas contas públicas, exemplificando com os preços das auto-estradas e com os impostos perdidos com o ffshore da Madeira. Ver fotos.


Coimbra: “Não à privatização da água”
O Bloco de Esquerda realizou em Coimbra uma acção contra a privatização da água e em defesa dos bens públicos, com a presença de Catarina Martins cabeça de lista à Câmara de Coimbra, José Manuel Pureza, primeiro candidato às legislativas e Francisco Louçã. Ler mais...


“Precisamos de um SNS sem demoradas listas de espera”
Bloco realizou um comício em Joane, pela primeira vez
O Bloco de Esquerda realizou, pela primeira vez, um comício em Joane, concelho de Famalicão. Nele intervieram Francisco Louçã, Alberto Fernandes, cabeça de lista do Bloco à freguesia de Joane, Ana Paula Marcelino, primeira candidata à Câmara de Famalicão, e Pedro Soares, que denunciou a existência de 15.000 doentes à espera de uma cirurgia no distrito de Braga. O cabeça de lista do Bloco pelo círculo disse então: "Precisamos de um SNS sem longas e demoradas listas de espera". Ver fotos. Ler mais...


Francisco Louçã viajou com Associação Comboios XXI
Bloquistas viajaram a Associação Comboios XXI entre Braga e Famalicão
Francisco Louçã, acompanhado da deputada Helena Pinto e de Pedro Soares, cabeça de lista de Braga às Legislativas, apanhou o comboio em Braga, para ouvir os elementos da Associação Comboios XXI criticar a opção do Governo de fazer circular o TGV, na actual linha Porto-Braga. Ver fotos. Ler mais...


Programa Eleitoral
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segunda-feira, setembro 07, 2009

Louçã o vencedor deste debate


O debate entre Francisco Louçã, líder do BE, e Manuela Ferreira Leite, líder social-democrata ficou marcado por cinco grandes temas: a economia, a segurança social, o emprego, a saúde e o casamento homossexual. Muitas divergências e só o caso TVI recebeu apoio unânime entre os dois candidatos.
Economia
Interrogado pela moderadora do debate sobre a sua defesa de algumas nacionalizações, Francisco Louçã diz que não faz sentido privatizar bens essenciais, já que o Estado perde receitas necessárias e sectores vistos como monopólios, como é o caso da energia. "Temos que usar bem os recursos públicos. A economia tem que se medir pela respostas que dá às grandes dificuldades. Mas temos tido uma economia de facilidade que cria monopólios. Quem é que me pode explicar por que é que a galp é entregue a José Eduardo dos Santos e à Américo Amorim?", questiona o líder do Bloco de Esquerda, no debate na TVI.
Já Manuela Ferreira Leite defende uma redução do peso do estado. "Há enorme desperdício. Não é possível fazer crescer a economia com o peso asfixiante dos impostos". Para a líder do PSD as nacionalizações constituiram a destruição da economia. "Os resultados ficaram à vista." Acrescenta que "os problemas da nossa economia não se resolvem com nacionalizações ou privatizações" e volta a defender nas PME: " 300 mil pequenas empresas é que põem resolver os problemas do país".
Segurança Social
Ferreira Leite começa por responder a uma velha pergunta da jornalista: "Nunca propus privatização da segurança social, nem completa nem parcial. O programa diz que não vou mexer na segurança social. É necessário uma absoluta estabilidade das pessoas." A isto, Louçã critica as propostas do PSD para esta área, como a redução da taxa social única e o aumento da idade de reforma. Ferreira Leite defende-se: "A taxa social única é fundamental para a criação de emprego. Considero que quem cria empregos são os empresários. Por isso reduz os custos para estes. Consideramos que a redução da taxa social única deve ser compensada pelo orçamento de estado.".
Emprego
Louçã diz que o aumento do subsidio de desemprego aumenta o custo orçamental, mas que seria uma injustiça enorme não fazê-lo. "Há mais 30 mil pessoas este ano que vão ter o subsídios cortado." Diz também que enquanto Manuela Ferreira Leite esteve no governo de Barroso, o desemprego aumentou. "Politicas que garantam emprego, é o que o pais precisa.", defende.
Ferreira Leite concorda parcialmente com Louçã: "Evidentemente q tudo o que deve ser feito para proteger as pessoas no desemprego e para evitar que as pessoas caiam no desemprego é de louvar." Mas não deixa de criticar as propostas do líder bloquista: "A solução de Louçã esgota-se ao fim de meia dúzia de meses. O emprego cria-se nas 300 mil PME. Se vê o meu programa com atenção vê que defende que a CGD apoia linhas de crédito às PME." Em reacção a esta declaração, Louça diz que o programa do PSD é vago.
Saúde
Ferreira Leite diz que o programa do PSD é sintético, "ao contrário de outros que resolvem todos os problemas". Fala apenas do que acha susceptível de ser resolvido na próxima legislatura. "O Serviço Nacional de Saúde deve ser universal e devemos trabalhar no sentido de que os utentes tenham qualidade na assistência medica.", defende. Por fim, saí em defesa dos serviso de saúde privados, afirmanso que "o serviço público não responde às necessidades. Mesmo que seja mais caro, prefiro pagar para que uma pessoa seja atendida a tempo."
Louçã tem uma visão oposta dos serviços de saúde. "O sector privado não tem qualidade, o público é que tem", afirma. "Além disso diz que o privado é mais caro e defende que o Estado deve garantir a todas as pesoas o aceso aos cuidados. As parceria publico-privadas - inventadas durante o governo PSD - são “ridículas” para Louçã. O líder bloquista diz por fim que Ferreira Leite “está a fugir do seu programa como o diabo da cruz”, fazendo notar as contradições e o carácter vago do programa do PSD nesta área.
Casamento homossexual/Regimes das uniões de facto
Louçã afirma que “todo o problema que afecta a felicidade de uma pessoa” tem que ser resolvido.” “O Estado não pode escolher e dizer que aquele homem não pode amar aquela pessoa. A inquisição já acabou. Há que respeitar a liberdade.”, acrescenta. “O respeito é o valor mais elevado que uma democracia pode ter”. Respondendo a Ferreira Leite, que acha que a sociedade se baseia na família, diz: "Acho que a sociedade não se baseia no casamento, mas na liberdade. Há muitas famílias para além do casamento."
Sobre o assunto, a líder do PSD diz que está em parte de acordo com Louçã. "Não tenho nada contra casais do mesmo sexo. O que não aceito é que se considere que isto são situações diferentes. Respeito, mas não aceito que seja considerada a mesma coisa. Louçã não defende o casamento mas impõe o casamento."
TVI
Para concluir o debate, cada candidato teve um minuto para falar do caso manuela Moura Guedes e claramente concordaram neste ponto, mas não podia deixar de ser levantado o caso Marcelo Rebelo de Sousa. Louçã diz ser "claramente contra a censura." "A atitude da Prisa é ilegal." Para Louçã a expulsão de Marcelo Rebelo de Sousa da TVI também foi um acto de censura, ao que Ferreira Leite responde: "A questão de Marcelo Rebelo de Sousa é diferente porque não é jornalista." "O que mais me toca é haver na sociedade um ambiente de censura que já existia", conclui a líder social-democrata sobre o caso Manuela Moura Guedes.
Portimão Blokista

domingo, setembro 06, 2009

MOVIMENTO ESCOLA PÚBLICA

IGUALDADE E DEMOCRACIA

www.movescolapublica.net



Contra o oportunismo, afirmar a escola pública e regressar à luta

O Movimento Escola Pública condena as principais políticas educativas lançadas pelo governo Sócrates, que se caracterizam pela introdução na escola de uma cultura empresarial, burocrática, dirigista e castradora da imaginação e da pedagogia. Neste caldo autoritário e irresponsável, encontra-se o modelo de avaliação de professores, a divisão da Carreira Docente, o novo sistema de gestão das escolas, e a manutenção da precarização e desemprego de milhares de professores, quando a escola pública precisa de estabilidade e recursos para garantir a todos os alunos um ensino de qualidade, independentemente da origem social.

Assim, é com o maior desprezo que reagimos aos arrependimentos disfarçados de Sócrates e da sua Ministra da Educação, que têm como único objectivo comprar o voto dos professores em tempo de eleições.

Precisamente neste tempo de eleições, o Movimento Escola Pública posiciona-se com clareza.

Rejeitamos o slogan “vota à esquerda ou à direita mas não votes PS” porque coloca os professores numa posição estritamente corporativa, como se fosse indiferente para cada um deles o modelo de sociedade e de escola em que vivemos, interessados apenas em salvar a sua pele de forma desesperada.

Apelamos ao voto à esquerda, contra o PS e os partidos da direita, porque é o voto mais genuíno na defesa da importância e do reforço da escola pública, bem como das aspirações das dezenas de milhares de professores que anseiam por estabilidade para o exercício da sua profissão, virada para o sucesso real de todos os alunos, sem exclusões.

Denunciamos a atitude dos partidos da direita, que apenas subscrevem, sublinhe-se que de forma vaga, algumas das principais reivindicações dos professores, por mero oportunismo político. A verdade é que muitas dessas medidas correspondem à sua visão economicista sobre a educação, na linha de um Estado curto que mantém a precariedade dos seus profissionais e que está desejoso por poupar nos seus salários e carreiras. O PS fez o trabalho da direita, e a direita sabe-o bem, por mais que tente disfarçar.

Sintomática é também a defesa que os partidos da direita fazem do novo modelo de gestão das escolas do governo PS, que introduziu os directores para facilitar a transformação da escola numa repartição empresarial do Estado, com uma cadeia de comando hierarquizada.

É à esquerda, contra o PS e a direita, que podemos ajudar a garantir o direito de cada criança e de cada jovem ao sucesso com qualidade, e assegurar condições a professores e professoras, e a todos os profissionais de educação, para reforçar o seu compromisso com a escola e o futuro dos seus alunos e alunas.

Definido o campo da nossa escolha eleitoral importa também, neste período que precede as eleições, manter vivas as aspirações dos professores, que, evitando a instrumentalização por outros, têm tudo a ganhar na realização de uma nova acção de protesto, sem jugos partidários ou daqueles que só pretendem cavalgar a luta dos professores em nome de intenções populistas e justicialistas.

Nesse sentido, o Movimento Escola Pública promoverá contactos entre movimentos e sindicatos, para a definição de uma
acção de protesto a realizar no próximo dia 19 de Setembro (data em aberto). Uma acção que coloque no centro o valor da escola pública inclusiva e a dignidade dos profissionais de educação, repetidamente enxovalhados nos últimos anos.


Movimento Escola Pública, 4 de Setembro de 2009