domingo, maio 29, 2016

RIA FORMOSA: CAMPOS DE GOLFE MATAM A RIA!

As autoridades europeias têm coisas engraçadas como aquela de produzir uma directiva que cria as chamadas "Zonas Vulneráveis" aos efeitos da eutrofização por acção de fertilizantes, na agricultura.
E os governos desta republica de bananas dá-se por satisfeito, porque afinal os campos de golfe, que para algumas coisas são considerados como agrícolas ou equiparados mas que em matéria de poluição, gozam de um estatuto especial, proteccionista, como não podia deixar de ser.
Assim, o desgoverno anterior, com base num decreto de 1997, fez aprovar a portaria 259/2012 que actualiza as ditas Zonas Vulneráveis, onde consta Faro ( integra Olhão) e Luz de Tavira, portanto a Ria Formosa. Curiosamente nele se diz que houve participação publica. Por acaso alguém teve conhecimento do anuncio da abertura de tal procedimento?
 Esta portaria tem no entanto um aspecto muito positivo, já que vem desmentir uma das desculpas dos técnicos do IPMA quando dizem que a contaminação microbiológica se deve às escorrências superficiais da agricultura, o que equivale a dizer que aquela contaminação provem dos esgotos directos e das ETAR.
Os campos de golfe para manter a relva verdejante utilizam fertilizantes, em maior quantidade que a produção agrícola, fazendo com que as escorrências superficiais, dada sua proximidade das linhas de agua e da Ria, acabem por criar o risco de eutrofização, como se vê no Ancão.
Instalar campos de golfe na área de intervenção da Ria Formosa, é muito apetecível para o sector turístico mas indesejável para as actividades tradicionais da Ria como a moluscicultura e pesca.
Não se infira disto que estejamos contra os campos de golfes mas tão só contra a sua localização e excesso de estabelecimentos dessa natureza com efeitos nefastos no futuro do sector produtivo algarvio.
Com o novo campo de golfe na Quinta de Marim, ainda em fase de instalação, a designada zona de produção de bivalves Olhão 1 e parte de Olhão 2 vão ser seriamente afectados e não sabemos até que ponto não irá mesmo mais longe, tendo em conta o assoreamento da barra da Armona.
É certo que para uma determinada classe politica, o objectivo final e em obediência à UE, é acabar com a produção de bivalves ou pesca, fazendo conjugar algumas acções tendentes a levar os resistentes a abandonar as suas actividades.
Assim foi com os planos de ordenamento criando restrições ao marisqueio e à pesca, dando por findas as concessões ainda que prorrogadas por uma ano mas prestes a terminar, são as ETAR e os esgotos directos e agora ainda mais um campo de golfe.
A economia é feita pelas pessoas e não o contrário, mal se percebendo que se destruam milhares de postos de trabalho em nome de uma actividade parasitária.
Quem se insurge contra isto?
REVOLTEM-SE, PORRA!
In Olhão Livre

segunda-feira, maio 02, 2016

GNR impediu corte da EN125

30 Abr, 2016 
Protesto foi convocado pela comissão de utentes da Via do Infante.
A GNR impediu o corte da Estrada Nacional (EN) 125 em Boliqueime, no distrito de Faro, por um grupo de 40 pessoas que se manifestavam contra as portagens na Via do Infante (A22).
Os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) tiveram de intervir quando os manifestantes, convocados pela Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI), decidiram ocupar a EN125, impedindo a circulação automóvel.
Uma manifestação pacífica teve momentos de alguma tensão, tendo a Brigada de Intervenção da GNR sido obrigada a chamar o Destacamento de Intervenção, também da GNR e que estava perto do local, para manter as pessoas afastadas daquela estrada nacional.
Para a CUVI, a EN125 não é alternativa à Via do Infante e as portagens nessa via rápida deviam ser abolidas.
"Há quatro anos que estamos a lutar e começa a ser difícil acreditarmos nos políticos", disse Michael Ferrada, um dos manifestantes presentes no lugar da Fonte de Boliqueime, um local há vários meses em obras de requalificação da EN125.
Os manifestantes gostariam que o PS clarificasse a sua posição, depois de António Costa, actual primeiro-ministro e na altura secretário-geral do PS, ter prometido em Setembro do ano passado, caso o partido ganhasse as eleições, fazer uma reavaliação das obrigações do Estado a nível de portagens no interior, zonas fronteiriças e de afluxo turístico, com vista a estudar "melhores condições de acessibilidade".
O grupo de manifestantes empunhava cartazes onde se podia ler palavras de ordem como: "A cada hora mais um acidente na 125. Você pode ser o próximo", "Suspensão das portagens já", "EN125 = Estrada da morte" ou "Algarve! Que futuro!!?".
Presente na acção de protesto, o deputado do BE (Bloco de Esquerda) João Vasconcelos lembrou que na próxima sexta-feira, 06 de maio, vão ser discutidos e votados um projecto de lei do seu partido e uma resolução do PCP (Partido Comunista Português) que defendem a abolição das portagens na Via do Infante.
"É importante que o PS defina, uma vez por todas, qual é a sua posição", disse João Vasconcelos à Lusa.
O presidente da Junta de Freguesia de Boliqueime, Rui de Sousa Mogo, eleito pelo PSD (Partido Social Democrata) também defendeu que o PS devia clarificar a sua posição, e considerou "no mínimo chocante" o facto de a EN125 estar em obras que estão a lançar o caos no tráfego nessa via e não seja aprovada uma medida que suspenda temporariamente o pagamento de portagens.
"O Algarve está exangue e não aguenta por muito mais tempo umas portagens contranaturas", defende a CUVI num comunicado onde acrescenta que anualmente há "uma média de 10 mil acidentes, 35 mortos e 160 feridos graves" na EN125.
A requalificação da EN125, que foi anunciada em 2008 e incluía obras para acabar com o estacionamento nas bermas e a criação de cerca de 60 rotundas, foi sendo adiada e só arrancou definitivamente em 2015, numa versão mais curta e barata.
A introdução de portagens na auto-estrada A22 em Dezembro de 2011 veio aumentar a circulação automóvel na EN125 e significou um crescimento da sinistralidade rodoviária.
Em vários troços da EN125 o trânsito é feito numa só via de forma alternada, o que implica a criação de filas de espera durante praticamente todo o dia.
Renascença

domingo, maio 01, 2016

Novo protesto contra as portagens na Via do Infante

A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) promoveu neste sábado, 30 de abril, em Boliqueime, uma nova ação contra as portagens na A22. A GNR impediu os manifestantes de cortarem a EN125. No próximo dia 6 de maio, a abolição destas portagens vai ser debatida no parlamento.
Manifestantes protestam contra as portagens da Via do Infante (A22), em Boliqueime, 30 de abril de 2016 – Foto de Luís Forra/Lusa
Manifestantes protestam contra as portagens da Via do Infante (A22), em Boliqueime, 30 de abril de 2016 – Foto de Luís Forra/Lusa
Segundo um comunicado da CUVI, “o Algarve está exangue e não aguenta por muito mais tempo umas portagens contranatura”. A comissão salienta ainda que anualmente há “uma média de 10 mil acidentes, 35 mortos e 160 feridos graves” na Estrada Nacional (EN)125. A comissão sublinha que a EN125 não é alternativa à Via do Infante e que as portagens provocaram um maior afluxo de trânsito à EN125, agravando o número de acidentes nesta via.
Segundo a Lusa, na tarde deste sábado, os manifestantes tentaram cortar a EN125, no que foram impedidos pela GNR.
Os manifestantes empunhava cartazes com palavras de ordem como: “A cada hora mais um acidente na 125. Você pode ser o próximo”, “Suspensão das portagens já”, “EN125 = Estrada da morte” ou “Algarve! Que futuro!!?”.
Segundo a agência, os manifestantes gostariam que o PS clarificasse a sua posição, depois de António Costa ter prometido em setembro do ano passado, caso o partido ganhasse as eleições, fazer uma reavaliação das obrigações do Estado a nível de portagens no interior, zonas fronteiriças e de afluxo turístico, com vista a estudar "melhores condições de acessibilidade".
João Vasconcelos, deputado do Bloco de Esquerda, lembrou que a abolição das portagens será debatida na Assembleia da República (AR) na próxima sexta-feira, 6 de maio, e declarou à Lusa: “É importante que o PS defina, uma vez por todas, qual é a sua posição”.
Na AR, estarão em debate um projeto de lei do Bloco de Esquerda que Determina a isenção de portagens na A22 (Via do Infante) e o projeto de resolução do PCP Pela abolição da cobrança de portagens na Via do Infante.
O deputado João Vasconcelos em março passado dirigiu uma Carta aberta ao Primeiro-Ministro, “para lhe falar de portagens, mais concretamente das portagens na Via do Infante/A22 e o que as mesmas representam para o Algarve”.
Nessa carta, o deputado bloquista assinalava “que a PPP da Via do Infante contribui e muito para onerar o Estado e os contribuintes em muitos milhões de euros, mesmo considerando a receita da cobrança de portagens”.
João Vasconcelos concluía com um apelo a António Costa para que “tome as providências necessárias, com urgência, através do governo que preside, para suspender, ou terminar com as portagens na Via do Infante”.

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Manifestantes protestam contra as portagens da Via do Infante (A22), em Boliqueime, 30 de abril de 2016 – Foto de Luís Forra/Lusa
Manifestantes protestam contra as portagens da Via do Infante (A22), em Boliqueime, 30 de abril de 2016 – Foto de Luís Forra/Lusa
Segundo um comunicado da CUVI, “o Algarve está exangue e não aguenta por muito mais tempo umas portagens contranatura”. A comissão salienta ainda que anualmente há “uma média de 10 mil acidentes, 35 mortos e 160 feridos graves” na Estrada Nacional (EN)125. A comissão sublinha que a EN125 não é alternativa à Via do Infante e que as portagens provocaram um maior afluxo de trânsito à EN125, agravando o número de acidentes nesta via.
Segundo a Lusa, na tarde deste sábado, os manifestantes tentaram cortar a EN125, no que foram impedidos pela GNR.
Os manifestantes empunhava cartazes com palavras de ordem como: “A cada hora mais um acidente na 125. Você pode ser o próximo”, “Suspensão das portagens já”, “EN125 = Estrada da morte” ou “Algarve! Que futuro!!?”.
Segundo a agência, os manifestantes gostariam que o PS clarificasse a sua posição, depois de António Costa ter prometido em setembro do ano passado, caso o partido ganhasse as eleições, fazer uma reavaliação das obrigações do Estado a nível de portagens no interior, zonas fronteiriças e de afluxo turístico, com vista a estudar "melhores condições de acessibilidade".
João Vasconcelos, deputado do Bloco de Esquerda, lembrou que a abolição das portagens será debatida na Assembleia da República (AR) na próxima sexta-feira, 6 de maio, e declarou à Lusa: “É importante que o PS defina, uma vez por todas, qual é a sua posição”.
Na AR, estarão em debate um projeto de lei do Bloco de Esquerda que Determina a isenção de portagens na A22 (Via do Infante) e o projeto de resolução do PCP Pela abolição da cobrança de portagens na Via do Infante.
O deputado João Vasconcelos em março passado dirigiu uma Carta aberta ao Primeiro-Ministro, “para lhe falar de portagens, mais concretamente das portagens na Via do Infante/A22 e o que as mesmas representam para o Algarve”.
Nessa carta, o deputado bloquista assinalava “que a PPP da Via do Infante contribui e muito para onerar o Estado e os contribuintes em muitos milhões de euros, mesmo considerando a receita da cobrança de portagens”.
João Vasconcelos concluía com um apelo a António Costa para que “tome as providências necessárias, com urgência, através do governo que preside, para suspender, ou terminar com as portagens na Via do Infante”.

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Comissão de Utentes da Via do Infante protestou hoje em Boliqueime pelo "caos" e pelas portagens

Comissão de Utentes da Via do Infante protestou hoje em Boliqueime pelo "caos" e pelas portagens
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30-04-2016
A luta pela abolição das portagens no Algarve teve hoje lugar na EN125 em Boliqueime, concelho de Loulé, onde decorrem obras.
 
Compareceram no local, cerca de 4 dezenas de pessoas em protesto contra as portagens na Via do Infante. 
 
A Comissão de Utentes recordou que no próximo dia 6 de maio serão discutidas na Assembleia da República, propostas para acabar com as portagens no Algarve.
 
Entretanto a GNR esteve no local do protesto, impedindo o corte da EN125 por parte dos manifestantes.
 
A CUVI lembrou a média anual de 10 mil acidentes, 35 mortos e 160 feridos graves que a EN 125 regista, significando "um estado de guerra permanente na região".
 
Rui Mogo, Presidente da Junta de Freguesia de Boliqueime pelo PSD, esteve presente e adiantou que o "PS tem de se definir nesta matéria das portagens", aludindo para a suspensão temporária do pagamento de portagens, enquanto decorrerem as obras na EN125.
Algarve Primeiro