GNR impediu corte da EN125
30 Abr, 2016
Protesto foi convocado pela comissão de utentes da Via do Infante.
A
GNR impediu o corte da Estrada Nacional (EN) 125 em Boliqueime, no distrito de
Faro, por um grupo de 40 pessoas que se manifestavam contra as portagens na Via
do Infante (A22).
Os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) tiveram de intervir quando os manifestantes, convocados pela Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI), decidiram ocupar a EN125, impedindo a circulação automóvel.
Uma manifestação pacífica teve momentos de alguma tensão, tendo a Brigada de Intervenção da GNR sido obrigada a chamar o Destacamento de Intervenção, também da GNR e que estava perto do local, para manter as pessoas afastadas daquela estrada nacional.
Para a CUVI, a EN125 não é alternativa à Via do Infante e as portagens nessa via rápida deviam ser abolidas.
"Há quatro anos que estamos a lutar e começa a ser difícil acreditarmos nos políticos", disse Michael Ferrada, um dos manifestantes presentes no lugar da Fonte de Boliqueime, um local há vários meses em obras de requalificação da EN125.
Os manifestantes gostariam que o PS clarificasse a sua posição, depois de António Costa, actual primeiro-ministro e na altura secretário-geral do PS, ter prometido em Setembro do ano passado, caso o partido ganhasse as eleições, fazer uma reavaliação das obrigações do Estado a nível de portagens no interior, zonas fronteiriças e de afluxo turístico, com vista a estudar "melhores condições de acessibilidade".
O grupo de manifestantes empunhava cartazes onde se podia ler palavras de ordem como: "A cada hora mais um acidente na 125. Você pode ser o próximo", "Suspensão das portagens já", "EN125 = Estrada da morte" ou "Algarve! Que futuro!!?".
Presente na acção de protesto, o deputado do BE (Bloco de Esquerda) João Vasconcelos lembrou que na próxima sexta-feira, 06 de maio, vão ser discutidos e votados um projecto de lei do seu partido e uma resolução do PCP (Partido Comunista Português) que defendem a abolição das portagens na Via do Infante.
"É importante que o PS defina, uma vez por todas, qual é a sua posição", disse João Vasconcelos à Lusa.
O presidente da Junta de Freguesia de Boliqueime, Rui de Sousa Mogo, eleito pelo PSD (Partido Social Democrata) também defendeu que o PS devia clarificar a sua posição, e considerou "no mínimo chocante" o facto de a EN125 estar em obras que estão a lançar o caos no tráfego nessa via e não seja aprovada uma medida que suspenda temporariamente o pagamento de portagens.
"O Algarve está exangue e não aguenta por muito mais tempo umas portagens contranaturas", defende a CUVI num comunicado onde acrescenta que anualmente há "uma média de 10 mil acidentes, 35 mortos e 160 feridos graves" na EN125.
A requalificação da EN125, que foi anunciada em 2008 e incluía obras para acabar com o estacionamento nas bermas e a criação de cerca de 60 rotundas, foi sendo adiada e só arrancou definitivamente em 2015, numa versão mais curta e barata.
A introdução de portagens na auto-estrada A22 em Dezembro de 2011 veio aumentar a circulação automóvel na EN125 e significou um crescimento da sinistralidade rodoviária.
Em vários troços da EN125 o trânsito é feito numa só via de forma alternada, o que implica a criação de filas de espera durante praticamente todo o dia.
Renascença
Os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) tiveram de intervir quando os manifestantes, convocados pela Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI), decidiram ocupar a EN125, impedindo a circulação automóvel.
Uma manifestação pacífica teve momentos de alguma tensão, tendo a Brigada de Intervenção da GNR sido obrigada a chamar o Destacamento de Intervenção, também da GNR e que estava perto do local, para manter as pessoas afastadas daquela estrada nacional.
Para a CUVI, a EN125 não é alternativa à Via do Infante e as portagens nessa via rápida deviam ser abolidas.
"Há quatro anos que estamos a lutar e começa a ser difícil acreditarmos nos políticos", disse Michael Ferrada, um dos manifestantes presentes no lugar da Fonte de Boliqueime, um local há vários meses em obras de requalificação da EN125.
Os manifestantes gostariam que o PS clarificasse a sua posição, depois de António Costa, actual primeiro-ministro e na altura secretário-geral do PS, ter prometido em Setembro do ano passado, caso o partido ganhasse as eleições, fazer uma reavaliação das obrigações do Estado a nível de portagens no interior, zonas fronteiriças e de afluxo turístico, com vista a estudar "melhores condições de acessibilidade".
O grupo de manifestantes empunhava cartazes onde se podia ler palavras de ordem como: "A cada hora mais um acidente na 125. Você pode ser o próximo", "Suspensão das portagens já", "EN125 = Estrada da morte" ou "Algarve! Que futuro!!?".
Presente na acção de protesto, o deputado do BE (Bloco de Esquerda) João Vasconcelos lembrou que na próxima sexta-feira, 06 de maio, vão ser discutidos e votados um projecto de lei do seu partido e uma resolução do PCP (Partido Comunista Português) que defendem a abolição das portagens na Via do Infante.
"É importante que o PS defina, uma vez por todas, qual é a sua posição", disse João Vasconcelos à Lusa.
O presidente da Junta de Freguesia de Boliqueime, Rui de Sousa Mogo, eleito pelo PSD (Partido Social Democrata) também defendeu que o PS devia clarificar a sua posição, e considerou "no mínimo chocante" o facto de a EN125 estar em obras que estão a lançar o caos no tráfego nessa via e não seja aprovada uma medida que suspenda temporariamente o pagamento de portagens.
"O Algarve está exangue e não aguenta por muito mais tempo umas portagens contranaturas", defende a CUVI num comunicado onde acrescenta que anualmente há "uma média de 10 mil acidentes, 35 mortos e 160 feridos graves" na EN125.
A requalificação da EN125, que foi anunciada em 2008 e incluía obras para acabar com o estacionamento nas bermas e a criação de cerca de 60 rotundas, foi sendo adiada e só arrancou definitivamente em 2015, numa versão mais curta e barata.
A introdução de portagens na auto-estrada A22 em Dezembro de 2011 veio aumentar a circulação automóvel na EN125 e significou um crescimento da sinistralidade rodoviária.
Em vários troços da EN125 o trânsito é feito numa só via de forma alternada, o que implica a criação de filas de espera durante praticamente todo o dia.
Renascença
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