sábado, agosto 13, 2016

O ALGARVE NO PARLAMENTO: Centro Hospitalar do Algarve – há quem pretenda “lavar as mãos como Pilatos”

João Vasconcelos NET beOpinião de João Vasconcelos

O Grupo Parlamentar do PSD, através dos seus deputados eleitos pelo Algarve, requereu uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde da nova Administração do Centro Hospitalar do Algarve e dos seus Diretores de Departamento, audição que teve lugar no passado dia 19 de julho. Aproveitando o momento o PS também requereu para o mesmo dia a audição do Presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve.
O que moveu o PSD, embora dando a entender o contrário, não são os graves problemas que ainda se continuam a viver no seio do CHA a nível do SNS, por exemplo com várias especialidades sem médicos e à beira da rutura, casos de ortopedia, anestesia, dermatologia, ginecologia/obstetrícia, pediatria e muitas outras. O PSD pretendeu fazer um número, “sacudir a água do capote”, como se não tivesse graves responsabilidades do que se passa no CHA. A política de destruição do SNS operada pelo anterior governo PSD/CDS durante 4 anos foi e continua bem visível no Algarve. E em particular a partir de 2013, com a constituição do Centro Hospitalar do Algarve, levando à fusão das unidades hospitalares de Faro, Portimão e Lagos. A constituição do CHA, que o Bloco de Esquerda sempre contestou, feita à revelia de tudo e de todos, com uma Administração autocrática e autista, provocou o colapso quase total do SNS na região.
Só não se verificou uma maior degradação do CHA devido a três acontecimentos: as tomadas de posição e contestação dos seus profissionais, as lutas constantes de utenters e populações e uma providência cautelar acionada por um grupo de cidadãos. Durante o anterior governo os recursos humanos no CHA foram muito mal tratados devido às medidas e imposições arbitrárias da anterior Administração, à gestão errada dos fecursos humanos e à degradação dos equipamentos médicos. Não houve uma política de incentivos à fixação de médicos e não se conseguiram fixar especialistas com vencimentos brutos inferiores a 1.800 euros por mês. O sistema de remuneração das horas extraordinárias também contribuiu para o afastamento de muitos médicos do SNS, incluindo nas escalas de trabalho nas urgências. Chegou-se ao cúmulo de médicos especialistas auferirem 4 euros por hora e um chefe de equipa de banco ganhar uma remuneração suplementar inferior a 100 euros por mês. A política de abertura de vagas também teve muito a desejar, não figurando o Algarve como região carenciada em 2014 e 2015 na maioria das especialidades. Junte-se a tudo isto o clima de grande descontentamento no seio do CHA, a carência de medicamentos e material cirúrgico, a falta e exaustão dos profissionais existentes (médicos, enfermeiros, técnicos e assistentes operacionais) e os resultados foram dramáticos. Perderam os doentes, as populações e os profissionais de saúde, ganharam os grupos e unidades privadas de saúde.
Segundo a ARS/Algarve, em 2015 faltavam nos Hospitais de Faro, Portimão e Lagos 304 profissionais de saúde: 121 médicos, 22 enfermeiros, 7 técnicos superiores, 15 técnicos de diagnóstico e terapêutica, 73 assistentes técnicos e 66 assistentes operacionais. De 2013 para 2014 as consultas externas caíram de 310.829 para 299.987 e as intervenções cirúrgicas caíram de 18.791 para 14.037. Em 2015 foram canceladas no CHA 2.596 cirurgias, mais 284 do que em 2014 (estes últimos dados foram fornecidos pelo Ministério da Saúde a pedido do Bloco).
Será que com a nova Administração do CHA os problemas se encontram resolvidos, ou estão a seguir um bom caminho? Claro que não! E também não é apenas em 3 meses que se resolvem problemas colossais. Algumas medidas positivas já foram tomadas pela Administração e Ministério da Saúde, mas são ainda muito tímidas e insuficientes. É necessário que as 35 horas se apliquem a todos sem demora, abrir novas vagas e contratar mais profissionais com urgência, renovar diversos equipamentos médicos, melhorar as condições de trabalho e o atendimento aos doentes, e promover o diálogo e a colaboração entre todos. Também é necessário fazer uma avaliação rigorosa ao modelo de funcionamento do CHA. Assim que a situação melhorar o Bloco de Esquerda continua a defender a reversão do CHA, dotando o Hospital de Faro e o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio de autonomia administrativa e financeira.
Por outro lado, diversas medidas tomadas pela nova Administração são polémicas e podem não ter ido no bom sentido, continuando a gerar descontentamento entre os seus profissionais. Assim, será que certas demissões e nomeações foram as mais acertadas? Terá sido o mais acertado ter passado a Unidade de AVC’s do Serviço de Neurologia para o Serviço de Medicina? Ou ter sido centralizado o Serviço de Anatomia Patológica na unidade de Portimão? Ou o facto da Direção Clínica ter alterado o horário do Bloco Operatório do Hospital de Faro das 8.00 às 16.00 h, o que terá diminuído a produtividade com menos cirurgias? São apenas interrogações.
A audição promovida pelo PSD, com o apoio do CDS/PP, na Comissão de Saúde, não procurou solucionar os problemas e dar resposta a todas estas questões porque passa o SNS no Algarve e em particular no Centro Hospitalar do Algarve. O que o PSD tentou fazer foi um mero número comunicacional de opereta e “lavar as mãos como Pilatos” nas graves responsabilidades que tem na degradação do SNS no Algarve, por força de políticas destrutivas do seu anterior governo de Passos Coelho.
João Vasconcelos
*Deputado do BE na Assembleia da República

domingo, maio 29, 2016

RIA FORMOSA: CAMPOS DE GOLFE MATAM A RIA!

As autoridades europeias têm coisas engraçadas como aquela de produzir uma directiva que cria as chamadas "Zonas Vulneráveis" aos efeitos da eutrofização por acção de fertilizantes, na agricultura.
E os governos desta republica de bananas dá-se por satisfeito, porque afinal os campos de golfe, que para algumas coisas são considerados como agrícolas ou equiparados mas que em matéria de poluição, gozam de um estatuto especial, proteccionista, como não podia deixar de ser.
Assim, o desgoverno anterior, com base num decreto de 1997, fez aprovar a portaria 259/2012 que actualiza as ditas Zonas Vulneráveis, onde consta Faro ( integra Olhão) e Luz de Tavira, portanto a Ria Formosa. Curiosamente nele se diz que houve participação publica. Por acaso alguém teve conhecimento do anuncio da abertura de tal procedimento?
 Esta portaria tem no entanto um aspecto muito positivo, já que vem desmentir uma das desculpas dos técnicos do IPMA quando dizem que a contaminação microbiológica se deve às escorrências superficiais da agricultura, o que equivale a dizer que aquela contaminação provem dos esgotos directos e das ETAR.
Os campos de golfe para manter a relva verdejante utilizam fertilizantes, em maior quantidade que a produção agrícola, fazendo com que as escorrências superficiais, dada sua proximidade das linhas de agua e da Ria, acabem por criar o risco de eutrofização, como se vê no Ancão.
Instalar campos de golfe na área de intervenção da Ria Formosa, é muito apetecível para o sector turístico mas indesejável para as actividades tradicionais da Ria como a moluscicultura e pesca.
Não se infira disto que estejamos contra os campos de golfes mas tão só contra a sua localização e excesso de estabelecimentos dessa natureza com efeitos nefastos no futuro do sector produtivo algarvio.
Com o novo campo de golfe na Quinta de Marim, ainda em fase de instalação, a designada zona de produção de bivalves Olhão 1 e parte de Olhão 2 vão ser seriamente afectados e não sabemos até que ponto não irá mesmo mais longe, tendo em conta o assoreamento da barra da Armona.
É certo que para uma determinada classe politica, o objectivo final e em obediência à UE, é acabar com a produção de bivalves ou pesca, fazendo conjugar algumas acções tendentes a levar os resistentes a abandonar as suas actividades.
Assim foi com os planos de ordenamento criando restrições ao marisqueio e à pesca, dando por findas as concessões ainda que prorrogadas por uma ano mas prestes a terminar, são as ETAR e os esgotos directos e agora ainda mais um campo de golfe.
A economia é feita pelas pessoas e não o contrário, mal se percebendo que se destruam milhares de postos de trabalho em nome de uma actividade parasitária.
Quem se insurge contra isto?
REVOLTEM-SE, PORRA!
In Olhão Livre

segunda-feira, maio 02, 2016

GNR impediu corte da EN125

30 Abr, 2016 
Protesto foi convocado pela comissão de utentes da Via do Infante.
A GNR impediu o corte da Estrada Nacional (EN) 125 em Boliqueime, no distrito de Faro, por um grupo de 40 pessoas que se manifestavam contra as portagens na Via do Infante (A22).
Os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) tiveram de intervir quando os manifestantes, convocados pela Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI), decidiram ocupar a EN125, impedindo a circulação automóvel.
Uma manifestação pacífica teve momentos de alguma tensão, tendo a Brigada de Intervenção da GNR sido obrigada a chamar o Destacamento de Intervenção, também da GNR e que estava perto do local, para manter as pessoas afastadas daquela estrada nacional.
Para a CUVI, a EN125 não é alternativa à Via do Infante e as portagens nessa via rápida deviam ser abolidas.
"Há quatro anos que estamos a lutar e começa a ser difícil acreditarmos nos políticos", disse Michael Ferrada, um dos manifestantes presentes no lugar da Fonte de Boliqueime, um local há vários meses em obras de requalificação da EN125.
Os manifestantes gostariam que o PS clarificasse a sua posição, depois de António Costa, actual primeiro-ministro e na altura secretário-geral do PS, ter prometido em Setembro do ano passado, caso o partido ganhasse as eleições, fazer uma reavaliação das obrigações do Estado a nível de portagens no interior, zonas fronteiriças e de afluxo turístico, com vista a estudar "melhores condições de acessibilidade".
O grupo de manifestantes empunhava cartazes onde se podia ler palavras de ordem como: "A cada hora mais um acidente na 125. Você pode ser o próximo", "Suspensão das portagens já", "EN125 = Estrada da morte" ou "Algarve! Que futuro!!?".
Presente na acção de protesto, o deputado do BE (Bloco de Esquerda) João Vasconcelos lembrou que na próxima sexta-feira, 06 de maio, vão ser discutidos e votados um projecto de lei do seu partido e uma resolução do PCP (Partido Comunista Português) que defendem a abolição das portagens na Via do Infante.
"É importante que o PS defina, uma vez por todas, qual é a sua posição", disse João Vasconcelos à Lusa.
O presidente da Junta de Freguesia de Boliqueime, Rui de Sousa Mogo, eleito pelo PSD (Partido Social Democrata) também defendeu que o PS devia clarificar a sua posição, e considerou "no mínimo chocante" o facto de a EN125 estar em obras que estão a lançar o caos no tráfego nessa via e não seja aprovada uma medida que suspenda temporariamente o pagamento de portagens.
"O Algarve está exangue e não aguenta por muito mais tempo umas portagens contranaturas", defende a CUVI num comunicado onde acrescenta que anualmente há "uma média de 10 mil acidentes, 35 mortos e 160 feridos graves" na EN125.
A requalificação da EN125, que foi anunciada em 2008 e incluía obras para acabar com o estacionamento nas bermas e a criação de cerca de 60 rotundas, foi sendo adiada e só arrancou definitivamente em 2015, numa versão mais curta e barata.
A introdução de portagens na auto-estrada A22 em Dezembro de 2011 veio aumentar a circulação automóvel na EN125 e significou um crescimento da sinistralidade rodoviária.
Em vários troços da EN125 o trânsito é feito numa só via de forma alternada, o que implica a criação de filas de espera durante praticamente todo o dia.
Renascença

domingo, maio 01, 2016

Novo protesto contra as portagens na Via do Infante

A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) promoveu neste sábado, 30 de abril, em Boliqueime, uma nova ação contra as portagens na A22. A GNR impediu os manifestantes de cortarem a EN125. No próximo dia 6 de maio, a abolição destas portagens vai ser debatida no parlamento.
Manifestantes protestam contra as portagens da Via do Infante (A22), em Boliqueime, 30 de abril de 2016 – Foto de Luís Forra/Lusa
Manifestantes protestam contra as portagens da Via do Infante (A22), em Boliqueime, 30 de abril de 2016 – Foto de Luís Forra/Lusa
Segundo um comunicado da CUVI, “o Algarve está exangue e não aguenta por muito mais tempo umas portagens contranatura”. A comissão salienta ainda que anualmente há “uma média de 10 mil acidentes, 35 mortos e 160 feridos graves” na Estrada Nacional (EN)125. A comissão sublinha que a EN125 não é alternativa à Via do Infante e que as portagens provocaram um maior afluxo de trânsito à EN125, agravando o número de acidentes nesta via.
Segundo a Lusa, na tarde deste sábado, os manifestantes tentaram cortar a EN125, no que foram impedidos pela GNR.
Os manifestantes empunhava cartazes com palavras de ordem como: “A cada hora mais um acidente na 125. Você pode ser o próximo”, “Suspensão das portagens já”, “EN125 = Estrada da morte” ou “Algarve! Que futuro!!?”.
Segundo a agência, os manifestantes gostariam que o PS clarificasse a sua posição, depois de António Costa ter prometido em setembro do ano passado, caso o partido ganhasse as eleições, fazer uma reavaliação das obrigações do Estado a nível de portagens no interior, zonas fronteiriças e de afluxo turístico, com vista a estudar "melhores condições de acessibilidade".
João Vasconcelos, deputado do Bloco de Esquerda, lembrou que a abolição das portagens será debatida na Assembleia da República (AR) na próxima sexta-feira, 6 de maio, e declarou à Lusa: “É importante que o PS defina, uma vez por todas, qual é a sua posição”.
Na AR, estarão em debate um projeto de lei do Bloco de Esquerda que Determina a isenção de portagens na A22 (Via do Infante) e o projeto de resolução do PCP Pela abolição da cobrança de portagens na Via do Infante.
O deputado João Vasconcelos em março passado dirigiu uma Carta aberta ao Primeiro-Ministro, “para lhe falar de portagens, mais concretamente das portagens na Via do Infante/A22 e o que as mesmas representam para o Algarve”.
Nessa carta, o deputado bloquista assinalava “que a PPP da Via do Infante contribui e muito para onerar o Estado e os contribuintes em muitos milhões de euros, mesmo considerando a receita da cobrança de portagens”.
João Vasconcelos concluía com um apelo a António Costa para que “tome as providências necessárias, com urgência, através do governo que preside, para suspender, ou terminar com as portagens na Via do Infante”.

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Manifestantes protestam contra as portagens da Via do Infante (A22), em Boliqueime, 30 de abril de 2016 – Foto de Luís Forra/Lusa
Manifestantes protestam contra as portagens da Via do Infante (A22), em Boliqueime, 30 de abril de 2016 – Foto de Luís Forra/Lusa
Segundo um comunicado da CUVI, “o Algarve está exangue e não aguenta por muito mais tempo umas portagens contranatura”. A comissão salienta ainda que anualmente há “uma média de 10 mil acidentes, 35 mortos e 160 feridos graves” na Estrada Nacional (EN)125. A comissão sublinha que a EN125 não é alternativa à Via do Infante e que as portagens provocaram um maior afluxo de trânsito à EN125, agravando o número de acidentes nesta via.
Segundo a Lusa, na tarde deste sábado, os manifestantes tentaram cortar a EN125, no que foram impedidos pela GNR.
Os manifestantes empunhava cartazes com palavras de ordem como: “A cada hora mais um acidente na 125. Você pode ser o próximo”, “Suspensão das portagens já”, “EN125 = Estrada da morte” ou “Algarve! Que futuro!!?”.
Segundo a agência, os manifestantes gostariam que o PS clarificasse a sua posição, depois de António Costa ter prometido em setembro do ano passado, caso o partido ganhasse as eleições, fazer uma reavaliação das obrigações do Estado a nível de portagens no interior, zonas fronteiriças e de afluxo turístico, com vista a estudar "melhores condições de acessibilidade".
João Vasconcelos, deputado do Bloco de Esquerda, lembrou que a abolição das portagens será debatida na Assembleia da República (AR) na próxima sexta-feira, 6 de maio, e declarou à Lusa: “É importante que o PS defina, uma vez por todas, qual é a sua posição”.
Na AR, estarão em debate um projeto de lei do Bloco de Esquerda que Determina a isenção de portagens na A22 (Via do Infante) e o projeto de resolução do PCP Pela abolição da cobrança de portagens na Via do Infante.
O deputado João Vasconcelos em março passado dirigiu uma Carta aberta ao Primeiro-Ministro, “para lhe falar de portagens, mais concretamente das portagens na Via do Infante/A22 e o que as mesmas representam para o Algarve”.
Nessa carta, o deputado bloquista assinalava “que a PPP da Via do Infante contribui e muito para onerar o Estado e os contribuintes em muitos milhões de euros, mesmo considerando a receita da cobrança de portagens”.
João Vasconcelos concluía com um apelo a António Costa para que “tome as providências necessárias, com urgência, através do governo que preside, para suspender, ou terminar com as portagens na Via do Infante”.

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Comissão de Utentes da Via do Infante protestou hoje em Boliqueime pelo "caos" e pelas portagens

Comissão de Utentes da Via do Infante protestou hoje em Boliqueime pelo "caos" e pelas portagens
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30-04-2016
A luta pela abolição das portagens no Algarve teve hoje lugar na EN125 em Boliqueime, concelho de Loulé, onde decorrem obras.
 
Compareceram no local, cerca de 4 dezenas de pessoas em protesto contra as portagens na Via do Infante. 
 
A Comissão de Utentes recordou que no próximo dia 6 de maio serão discutidas na Assembleia da República, propostas para acabar com as portagens no Algarve.
 
Entretanto a GNR esteve no local do protesto, impedindo o corte da EN125 por parte dos manifestantes.
 
A CUVI lembrou a média anual de 10 mil acidentes, 35 mortos e 160 feridos graves que a EN 125 regista, significando "um estado de guerra permanente na região".
 
Rui Mogo, Presidente da Junta de Freguesia de Boliqueime pelo PSD, esteve presente e adiantou que o "PS tem de se definir nesta matéria das portagens", aludindo para a suspensão temporária do pagamento de portagens, enquanto decorrerem as obras na EN125.
Algarve Primeiro

domingo, abril 24, 2016



segunda-feira, março 28, 2016

Bloco de Esquerda questionou Governo sobre falha "grave" na linha ferroviária do Algarve

Bloco de Esquerda questionou Governo sobre falha "grave" na linha ferroviária do Algarve
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O deputado algarvio do Bloco de Esquerda afirma que "ainda há muito por fazer pelas pessoas de mobilidade reduzida, no que concerne à disponibilidade de meios e equipamentos a estes cidadãos, nos transportes coletivos públicos".
 
"Quais as estações e apeadeiros da linha ferroviária do Algarve que não dispõem de rampas de acesso, nas plataformas de embarque/desembarque, para as pessoas de mobilidade reduzida e que medidas tenciona o Governo adotar de forma a colmatar esta falha grave?", foi esta a questão que João Vasconcelos, dirigiu ao Ministério do Planeamento e das Infraestruturas.
 
João Vasconcelos acrescenta que "além da falta de acessos a partir das plataformas de embarque/desembarque às carruagens, estas não têm zonas adequadas a pessoas que se desloquem em cadeiras de rodas, tornando este meio de transporte proibitivo a estes cidadãos". Neste contexto questionou ainda o referido Ministério sobre quais as medidas que tenciona adotar no sentido de garantir material circulante na linha ferroviária do Algarve dotado de zonas adequadas às pessoas de mobilidade reduzida.
 
As questões foram colocadas na sequência de uma denúncia feita por um professor de uma escola de Lagos ao parlamentar bloquista quando, os seus alunos deslocaram-se numa visita de estudo até à Mexilhoeira Grande em que um deles, por deslocar-se em cadeira de rodas, viu a tarefa de embarque e desembarque no comboio "muito difícil e perigosa dado, nem a estação de Lagos, nem o apeadeiro da Mexilhoeira Grande apresentarem rampas de acesso nas plataformas de embarque/desembarque para pessoas com mobilidade reduzida".
 

domingo, março 27, 2016

Get the whole picture - and other photos from CUVI
pic.twitter.com/ZXQOz6SK34|De CUVI

A luta continua viva pela abolição das portagens na Via do Infante.
Hoje junto à Ponte Internacional do Guadiana.
Querem-nos rebeldes, rebeldes seremos!

Portagens na A22...Não !
Ninguém intimida o Bloco....com o deputado BE -Algarve
João Vasconcelos

Marcha lenta exige requalificação da EN 124

Organização lembra que esta estrada é um dos principais eixos de ligação que serve o interior do Algarve, nomeadamente a ligação de Silves a Porto de Lagos.
Várias dezenas de automóveis participaram numa marcha lenta pela requalificação da Estrada Nacional 124, num protesto de alerta para a degradação da via que liga Silves e Porto de Lagos, no interior do Algarve.
O protesto foi convocado por um grupo de cidadãos que se autodenominou "Utentes da EN124" e um dos organizadores, David Marques, disse que o objectivo principal da marcha lenta passa por "sensibilizar as autoridades" e as "entidades com competência" na matéria para a urgência de intervir e "requalificar a estrada".
"Esta organização, de iniciativa cidadã, tem a ver com o mau estado da EN124, que é um dos principais eixos de ligação que serve aqui o interior do Algarve, nomeadamente a ligação de Silves a Porto de Lagos", explicou David Marques aos jornalistas, antes de encabeçar a marcha lenta de ida e volta entre as duas localidades.
A mesma fonte sublinhou que, "inclusivamente, este triângulo turístico tem ao longo do tempo sido muito afectado, quer no que se refere aos operadores turísticos, quer dos próprios utentes, na ligação com Monchique, com Portimão e com Silves".
"Este triângulo tem sido menosprezado. Já desde 2004, que foi a primeira obra na 124, se pretendia que ela chegasse a Porto de Lagos, mas ficou em Silves", lamentou, numa referência aos trabalhos que foram realizados por ocasião do Campeonato da Europa de futebol de 2004 e que não foram concluídos como inicialmente previstos.
David Marques advertiu que o "mau estado da estrada é evidente" e visível "ao nível das pontes, uma vez que são bastante antigas, são estreitas", mas também é constatável "no próprio traçado da via", porque "em alguns sítios, se forem dois veículos pesados, não se cruzam" por falta de espaço.
"Temos tido contactos com as várias entidades [com tutela na EN 124], primeiro com Estradas de Portugal, agora com a Infra-estruturas de Portugal, e as respostas têm sido sempre no sentido de esperarmos", lamentou.
Por isso, a organização convidou também as Câmaras Municipais da zona e a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) para sensibilizá-las sobre a necessidade de juntar esforços para que as obras de requalificação possam realmente avançar.
Pedro Dias é motorista de transporte de passageiros e explicou à Lusa que decidiu participar no protesto porque todos os dias assiste, no exercício da sua profissão, aos problemas que o estado de degradação da EN124 causa nos veículos que por ela transitam.
"Os problemas são todos: são buracos, são os pontões e a estrada não tem condições nenhumas, nenhumas", afirmou o motorista profissional, frisando que "não há bermas" e as condições de segurança ficam "muito comprometidas".
Por isso, Pedro Dias diz que é comum ver automobilistas parados, com "furos nos pneus, com amortecedores partidos" ou outros problemas que "danificam os veículos" e tornam a viagem pela EN124 "muito complicada".