terça-feira, setembro 11, 2012

“O país mudou na sexta-feira. O Governo terminou os seus dias”

As medidas de austeridade, anunciadas por Pedro Passos Coelho, marcaram o fim do Governo. Importa agora, defende Francisco Louçã, um governo de esquerda para rejeitar o memorando da troika e recuperar salários e pensões.
“O país mudou na sexta-feira. O Governo terminou os seus dias”
“Este Governo terminou os seus dias, não pode continuar a ser tolerado ou aceite pelas pessoas que estão a sofrer. Se as pessoas deixarem, no ano seguinte será pior".
Para Francisco Louçã, “o país mudou na sexta-feira”, após o anúncio efetuado por Pedro Passos Coelho das novas medidas de austeridade para o próximo ano”. O deputado do Bloco entende mesmo que o governo PSD e CDS “terminou os seus dias”.
“Este Governo terminou os seus dias, não pode continuar a ser tolerado ou aceite pelas pessoas que estão a sofrer. Se as pessoas deixarem, no ano seguinte será pior. Esta gente é assim, nunca pára, é assim o fanatismo”, defendeu.
 “O compromisso de um Governo de esquerda tem que ser, ao rejeitar o memorando da troika, ter como primeira medida recuperar os salários e as pensões, pois a economia é o que faz a vida das pessoas”, defendeu o coordenador da comissão política do Bloco na noite de segunda-feira durante uma visita às festas da Moita.
“Não aceitamos a cobardia de adiar para depois de amanhã o que Portugal tem que dizer agora. Recusar estas medidas significa enfrentar este Governo para correr com ele”, disse Francisco Louçã, durante uma visita às festas da Moita.
“Silêncio envergonhado do CDS”
Depois do autêntico coro de nomes centrais da direita, entre os quais muitos patrões, que têm vindo a criticar severamente o corte de salários apresentado por Passos Coelho, Francisco Louçã lembrou o “silêncio envergonhado do CDS”, partido que tinha prometido nunca aceitar o aumento de impostos.
“Temos Bagão Félix a defender a Segurança Social contra a selvajaria do Governo, temos os patrões a dizer que é só para as grandes empresas e ouvi também o director da campanha presidencial de Cavaco Silva e outras vozes do PSD a dizer o que todos percebem: quanto mais se baixa o salário, mais se destrói a economia, e quanto mais se tira às empresas, mais desemprego se cria, pois não há consumo”, afirmou o deputado do Bloco.
Numa referência ao secretário-geral dos socialistas, António José Seguro, Louçã considerou que enfrentar este Governo não é dizer que se vota contra o Orçamento do Estado. “O PS dirá o que quer fazer. Esta gente não tem vergonha e enfrentá-los não é apenas dizer que não se quer o Orçamento, é dizer que o caminho da troika é o caminho do desastre. Para isso é preciso uma esquerda de combate e é esse o combate do BE e o convite que fazemos a todos, e queremos unir muitas forças”.
Esquerda.net

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