Utentes da A22 convocam manifestação para 1 de outubro
Marcha e vigília serão em Faro, a partir das 18h.
Comissão exige a suspensão imediata das portagens na Via do Infante e a
demissão do governo, e apela ao boicote em massa da antiga SCUT.
Para a Comissão,
o fim das portagens na Via do Infante "está mais próximo do que se
espera" e depende de todos "acelerar o seu fim". Foto da CUVI
A iniciativa começa às 18h, junto ao Teatro Municipal de Faro. Daí sairá uma marcha até o Fórum Algarve, ambos à entrada da cidade, prevendo-se igualmente "algumas ações surpresa pela abolição das portagens nos próximos dias".
Quando introduziu portagens nas antigas SCUT, a 8 de dezembro de 2011, o governo criou um regime de isenções para residentes que deveria vigorar até 30 de junho, mas prorrogou a medida por mais três meses, prazo que termina a 30 de setembro.
A comissão exige a suspensão imediata das portagens na Via do Infante e a demissão do governo: "O primeiro-ministro, o ministro da Economia e todo o governo faziam um grande favor aos algarvios e ao Algarve se apresentassem a sua demissão imediatamente", pode ler-se no comunicado divulgado pela CUVI
Para a Comissão, o fim das portagens na Via do Infante "está mais próximo do que se espera" e depende de todos "acelerar o seu fim", pelo que a comissão apela aos cidadãos a boicotarem "em massa" a antiga SCUT.
O balanço dos nove meses de cobrança de portagens na A22 é devastador. Este verão houve uma quebra no turismo em mais de 10%, “com destaque na diminuição de cerca de 20% dos turistas espanhóis”. Socialmente, o Algarve vive “uma autêntica tragédia e que se vai agravar dramaticamente no Inverno – mais de 50 mil desempregados e precariedade e pobreza a alastrarem como bola de neve”, diz a comissão, que sublinha que “as portagens só irão agravar todo este panorama social e económico muito negro no Algarve”.
Por outro lado, assinala o comunicado, os acidentes de viação, os feridos e as mortes na EN 125 e estradas secundárias dispararam, registando-se nos meses de julho e agosto 254 acidentes rodoviários, contra 186 acidentes verificados no mesmo período do ano anterior. Para piorar, a paragem das obras de requalificação da EN 125 tem contribuído para o aumento dos acidentes já que a construtora Edifer, uma das empresas do consórcio que tem a seu cargo a requalificação, encontra-se num processo de insolvência e prepara-se para despedir 200 trabalhadores.
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