segunda-feira, dezembro 22, 2008

UMA LUTA QUE TEM DE CONTINUAR

Colegas:
Com a aprovação do decreto regulamentar da avaliação "simplex", o Governo desloca a ofensa e a agressão à dignidade dos professores para um novo patamar. Se antes pensava que as ameaças, as chantagens e os insultos iriam resultar e deixar acabrunhada uma classe profissional supostamente timorata e passiva, agora, perante a firmeza da resistência que os professores souberam opor, o Governo imagina que pode passar a uma política "da cenoura", oferecendo aparentes "privilégios" e "isenções" no processo de avaliação a sectores da classe docente, na esperança de dividir e de obter a "colaboração" de um número significativo de professores.
TEMOS DE DEIXAR MUITO CLARO QUE ESTA ESTRATÉGIA NÃO VAI FUNCIONAR. Nas nossas escolas, quando se iniciar o segundo período, DEVEMOS MANTER A MÁXIMA FIRMEZA NA RECUSA DE EMBARCAR NUM PROCESSO DE AVALIAÇÃO QUE MANTÉM TODAS AS CARACTERÍSTICAS DE UMA ENORME FRAUDE. A única diferença entre o Decreto Regulamentar 2/2008 e o decreto "simplex" é que a fraude se transformou agora numa caricatura de si própria. Só isso já justifica que os professores rejeitem terminantemente o cenário que o Governo quer desenhar para as escolas.
Não tenhamos dúvidas de que o nosso combate é um combate político. O Governo está disposto a subverter todas as "regras" que ele mesmo pretendeu impor, está disposto a substituir temporariamente o seu tão amado modelo de avaliação por uma "coisa qualquer", está disposto a conceder "benesses" a este e àquele professor, está a anunciar miríficas medidas de vinculação de QZP em quadros de escola - ao mesmo tempo que se prepara para eliminar esses quadros no seu projecto de concursos -, apenas para fazer passar uma mistificação e poder dizer, no final do ano e em grande parangonas demagógicas, que os professores deste país foram, pela primeira vez, avaliados. Colegas: VAMOS CONSENTIR NESTA MENTIRA ELEITORALISTA?
Temos todos de perceber que o combate ao modelo governamental de avaliação do desempenho dos professores é essencialmente instrumental: ele serve para irmos mais longe. Serve para derrubarmos o Estatuto da Carreira Docente e a gestão antidemocrática das escolas. E serve também para exigirmos uma escola pública capaz de fornecer um ensino de qualidade e não uma mera "certificação de competências" cujo valor cognitivo é nulo. Por isso, não podemos recuar um milímetro no combate ao modelo de avaliação, com ou sem caricaturas "simplificadas". POR ISSO, TEMOS DE CONTINUAR A DIZER "NÃO".
Colegas: ESTE ANO LECTIVO VAI SER DECISIVO. NÃO VAMOS TER UMA SEGUNDA OPORTUNIDADE PARA FAZER VALER OS NOSSOS DIREITOS. E precisamos de perceber que nos cabe também esta responsabilidade:
CONTRIBUIR PARA RETIRAR AO PS A MAIORIA ABSOLUTA.
APEDE

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