domingo, dezembro 14, 2008

A deputada Luísa Mesquita acusa a ministra de cegueira e incompetência

A demissão da Ministra da Educação é uma exigência intelectual e de saúde pública.
Se a Senhora Ministra fosse avaliada, quanto ao seu desempenho, com os seus próprios instrumentos de medida, seria, obviamente, impedida de progredir na carreira e jamais poderia sonhar com o insólito título de "TITULAR".
Mas se a senhora Ministra trabalhasse numa empresa e aí fosse responsável pelo processo de avaliação desses trabalhadores, já teria sido, sem margem para dúvidas, DESPEDIDA ou DISPENSADA em nome da estabilidade emocional dos trabalhadores e da produtividade da empresa.
Há um ano, em sede de Comissão de Educação e Ciência, disse à responsável política pela EDUCAÇÃO no nosso país que o seu modelo de avaliação não teria futuro por duas razões de princípio e que, aquela data, já eram conhecidas.
Em primeiro lugar, porque a Senhora Ministra não sabia o que era avaliar e sustentava o seu modelo de avaliação em métodos ultrapassados, conceptualmente condenáveis e inadequados aos objectivos de qualquer sistema e particularmente paradoxais e intoleráveis no âmbito do sistema educativo.
Em segundo lugar porque os seus interlocutores seriam os professores, exactamente aqueles cujo trabalho diário é, antes de qualquer outro, AVALIAR.
AVALIAR para DIAGNOSTICAR as necessidades dos alunos.
AVALIAR para FORMAR com sucesso.
AVALIAR, em última instância, para CLASSIFICAR e, ao fazê-lo, consequentemente AVALIAR o seu próprio trabalho como componente matricial do percurso conjunto construído no espaço da sala de aula.
Mas a CEGUEIRA dos objectivos económicos, da punição, do dividir para reinar, evidenciaram não só a não competência da Senhora Ministra na tutela educativa, mas também a não capacidade para interpretar a realidade que em Março e Novembro inundou Lisboa e o País.
O Governo e a Senhora Ministra perderam um ano entusiasmados pela arrogância, pelo autoritarismo bacoco e pela prepotência do QUERO-POSSO-E-MANDO.
Promoveram, sem êxito, o descrédito dos docentes e das suas organizações, das escolas e, inúmeras vezes, atropelando a verdade e o rigor, como "entretainer" de qualquer programa de má-língua.
Mas se, no início, os professores, os pais, os alunos, o País aguardaram pela chegada do "BOM SENSO", do "DIÁLOGO", da "HUMILDADE DEMOCRÁTICA", hoje, um ano depois, acabou-se o prazo de validade da Senhora Ministra.
A Senhora Ministra não tem credibilidade para continuar!
Luísa Mesquita (deputada independente)
Nota: fotos tiradas, hoje, na Guarda. Fonte: gerotempo
ProfAvaliação

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