Organizado pela Comissão de Utentes da Via do Infante, o protesto iniciou-se junto ao recinto do Parque de Feiras e Exposições (Fatacil) de Lagoa, percorrendo cerca de 30 quilómetros ao longo da Estrada Nacional 125, até ao Nó de Boliqueime, no concelho de Loulé. Cerca de 20 militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) acompanharam a marcha lenta ao longo do trajeto, incentivando os “participantes” a aumentarem de velocidade. “É mais um protesto na luta contra a prepotência e arrogância de quem tem o poder”, disse à agência Lusa o porta-voz da Comissão de Utentes da Via do Infante. Segundo João Vasconcelos, as portagens são “uma autêntica catástrofe, ao penalizarem quem trabalha, e provocam a asfixia da economia da região”. Para o representante do movimento cívico, a introdução de portagens na A22, a 8 de Dezembro de 2011, “contribuiu para o aumento do desemprego, ao agravar as despesas das pequenas empresas, originando o encerramento de muitas delas”. Por outro lado, acrescentou, “verificou-se um aumento de cerca de 30 por cento na sinistralidade na Estrada Nacional 125, uma rua que não constitui qualquer alternativa à A22”. João Vasconcelos disse ainda que a luta “não irá parar”, sucedendo-se várias ações de protesto em diversos pontos do Algarve, entre as quais na Ponte Internacional do Guadiana e junto ao Aeroporto de Faro. “A nossa luta tem ganhado força com a adesão aos protestos de várias associações espanholas que também são prejudicadas pela introdução de portagens na A22”, observou Vasconcelos. Aquele responsável aguarda que “os protestos dos algarvios sejam ouvidos pelo Governo, e que as portagens sejam abolidas” da Via do Infante de Sagres. Entretanto, uma caravana automóvel saiu do Parque frente à Estação de Serviço da BP junto à Rotunda de Faro – Olhão, até à Rotunda junto ao Estabelecimento Prisional, tendo sido distribuido um documento sobre as portagens na A22, por iniciativa do PCP. Os comunistas lembraram que a marcha foi convocada a 26 de janeiro pela Direção da Organização Regional do Algarve do PCP “na sequência de outras ações realizadas desde 2004 contra a introdução de portagens na Via do Infante” a última das quais a chamada do Decreto-Lei do Governo que introduz portagens nas SCUTS, à Assembleia da República para apreciação parlamentar a 21 de dezembro de 2011, que foi chumbada. Observatório do Algarve |
sábado, fevereiro 04, 2012
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