Leia aqui o “acordo” de Bruxelas (anotado por Varoufakis)
15 Julho, 2015
O
ex-ministro das Finanças grego decidiu dar a conhecer as suas notas
pessoais sobre o texto que serviu de acordo em Bruxelas e no qual,
poucos dias depois, já quase ninguém diz acreditar.
A Cimeira do Euro sublinha a necessidade crucial de restabelecer a confiança com as autoridades gregas [i.e. o governo grego deve introduzir austeridade severa que atinja os mais fracos, que já sofreram gravemente], como pré-requisito para um eventual acordo futuro sobre um novo programa do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) [i.e. para um novo empréstimo para adiar e fingir].
Neste contexto, é fundamental que as autoridades gregas assumam as suas responsabilidades [i.e. o governo do Syriza deve assinar uma declaração a dizer que se passou para a “lógica” da troika] e que os compromissos políticos sejam seguidos de uma aplicação bem sucedida.
Um Estado-Membro da área do euro que solicite assistência financeira
do MEE deverá apresentar, sempre que possível, um pedido semelhante ao
FMI. Esta é uma condição prévia para o Eurogrupo chegar a acordo sobre
um novo programa do MEE. Consequentemente, a Grécia solicitará a
assistência continuada do FMI (acompanhamento e financiamento) a partir
de março de 2016 [i.e. Berlim continua a
acreditar que a Comissão não é de confiança para ser “polícia” dos
próprios programas de “resgate” europeus].
Dada a necessidade de restabelecer a confiança com a Grécia, a
Cimeira do Euro saúda os compromissos assumidos pelas autoridades gregas
no sentido de legislarem sem demora sobre um primeiro conjunto de
medidas [i.e. a Grécia deve sujeitar-se ao afogamento orçamental, mesmo antes de ser garantido algum financiamento]. As referidas medidas basear-se-ão integralmente num acordo prévio com as Instituições e incluirão:
até 15 de julho
– a racionalização do sistema do IVA e o alargamento da base de tributação para aumentar as receitas [i.e. dar um golpe profundo à única indústria em crescimento da Grécia – o turismo];
– a adoção de medidas imediatas para melhorar a sustentabilidade a
longo prazo do sistema das pensões, no âmbito de um vasto programa de
reforma das pensões [i.e. reduzir as
pensões mais baixas, ignorando que a razia no capital dos fundos de
pensões se deveu ao PSI da troika em 2012 e aos efeitos nefastos da
queda no emprego e do trabalho não declarado];
– a garantia da total independência jurídica do ELSTAT (autoridade estatística grega) [i.e.
a troika exige controlo absoluto sobre a forma como o equilíbrio
orçamental é calculado, para assim controlar por inteiro a agnitude da
austeridade que impõe ao governo];
– a plena aplicação das disposições pertinentes do Tratado sobre
Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária,
em particular, tornando o Conselho Orçamental plenamente operacional
antes da finalização do Memorando de Entendimento e introduzindo cortes
quase automáticos nas despesas no caso de desvios em relação aos
objetivos ambiciosos para o saldo primário, depois de consultado o
Conselho Orçamental e sob reserva de aprovação prévia pelas Instituições
[i.e. o governo grego, que sabe que as
metas orçamentais impostas nunca serão atingidas com a austeridade
imposta, deve comprometer-se a nova e automática austeridade que resulte
de novos erros da troika];
até 22 de julho
– a adoção do Código de Processo Civil, que representa uma importante
reformulação dos procedimentos e disposições do sistema de justiça
civil e pode acelerar significativamente o processo judicial, bem como
reduzir os custos [i.e. execuções de
hipotecas, despejos e liquidação de milhares de casas e empresas que não
estejam em condições de continuar a pagar as suas
hipotecas/empréstimos];
– a transposição da Diretiva Recuperação e Resolução Bancárias, contando com o apoio da Comissão Europeia.
Somente após a aplicação jurídica das primeiras quatro medidas
supramencionadas e a aprovação pelo Parlamento grego, bem como a
verificação pelas Instituições e o Eurogrupo, de todos os compromissos
incluídos no presente documento se poderá tomar, de forma imediata, a
decisão de mandatar as Instituições para negociar um Memorando de
Entendimento [i.e. o governo do Syriza
deve ser humilhado ao ponto em que lhe pedem para impor dura austeridade
como primeiro passo para pedir outro empréstimo tóxico, do mesmo tipo
dos que o Syriza ficou internacionalmente famoso por combater].
A tomada dessa decisão ficará sujeita à conclusão dos procedimentos
nacionais e ao cumprimento das condições prévias estabelecidas no artigo
13.º do Tratado MEE, com base na avaliação a que se refere o n.º 1
desse artigo. Para que haja uma base para a celebração bem-sucedida do
Memorando de Entendimento, as medidas de reforma propostas pela Grécia
precisam de ser seriamente reforçadas para terem em conta a situação
económica e orçamental do país, que se deteriorou gravemente durante o
último ano [i.e. o governo do Syriza deve
aceitar a mentira de que ele, e não as táticas de estrangulamento dos
credores, causou a deterioração aguda da economia nos últimos seis meses
– pedem à vítima que assuma a culpa no lugar do vilão].
O Governo grego precisa de se comprometer formalmente a reforçar as suas propostas [i.e. a torná-las mais recessivas e desumanas]
numa série de domínios identificados pelas Instituições, com um
calendário claro e satisfatório para a adoção de legislação e a sua
aplicação, incluindo marcos de referência estruturais, etapas e marcos
de referência quantitativos, a fim de haver clareza quanto à orientação
das políticas a médio prazo.
Em acordo com as Instituições, necessita nomeadamente de:
– levar a cabo ambiciosas reformas das pensões e especificar
políticas para compensar integralmente o impacto orçamental da decisão
do Tribunal Constitucional sobre a reforma das pensões de 2012 [i.e. cancelar a decisão do Tribunal a favor dos pensionistas] e implementar a cláusula de “défice zero” [i.e. cortar em 85% as pensões suplementares que o governo do Syriza defendeu com unhas e dentes nos últimos cinco meses] ou medidas alternativas mutuamente aceitáveis [i.e. encontrar vítimas “equivalentes] até outubro de 2015;
– adotar reformas mais ambiciosas para o mercado de produtos, com um
calendário preciso para a aplicação de todas as recomendações do Guia de
Avaliação de Concorrência da OCDE (volume 1) [i.e. as recomendações que a OCDE afastou após ter redesenhado estas reformas em colaboração com o governo do Syriza],
incluindo o comércio ao domingo, as épocas de saldos, a propriedade das
farmácias, o leite e as padarias, com exceção dos produtos
farmacêuticos não sujeitos a receita médica, que serão incluídos numa
próxima fase, bem como para a abertura de profissões fechadas que são
cruciais no plano macroeconómico (por exemplo, o transporte por ferry).
No seguimento do Guia de Avaliação da Concorrência da OCDE (volume 2), a
indústria transformadora terá de ser incluída nas ações prévias;
– no que respeita aos mercados da energia, prosseguir a privatização
do operador da rede de transporte de eletricidade (ADMIE) exceto se
forem encontradas medidas de substituição que tenham efeitos
equivalentes na competitividade, conforme acordado pelas Instituições [i.e. a ADMIE será vendida a interesses instalados estrangeiros a mando as Instituições];
– no que respeita aos mercados de trabalho, levar a cabo um reexame e uma modernização rigorosos da negociação coletiva [i.e. assegurar que nenhuma negociação coletiva será permitida], da ação laboral [i.e. que deve ser proibida] e, em conformidade com a diretiva e as melhores práticas da UE nesta matéria, dos despedimentos coletivos [i.e. devem ser permitidos por capricho do patrão], em sintonia com o calendário e a abordagem acordados com as Instituições [i.e. a troika decide].
Com base nestas avaliações, as políticas do mercado de trabalho
deverão ser alinhadas pelas boas práticas internacionais e europeias, e
não deverão passar pelo regresso a políticas do passado que não são
compatíveis com os objetivos da promoção do crescimento sustentável e
inclusivo [i.e. não pode haver mecanismos que o trabalho assalariado possa usar para obter melhores condições por parte dos empregadores];
– adotar as medidas necessárias para reforçar o setor financeiro,
nomeadamente medidas decisivas quanto aos empréstimos improdutivos [i.e. um tsunami de execuções fiscais e está ante portas] e medidas para reforçar a governação do Fundo Helénico de Estabilidade Financeira (HFSF) e dos bancos [i.e. o povo grego que sustenta o HFSF e os bancos terão precisamente zero controlo sobre o HFSF e os bancos], eliminando, em particular, qualquer possibilidade de ingerência política, sobretudo nos processos de nomeação [i.e. à exceção da interferência política da troika]. Além disso, as autoridades gregas devem tomar as seguintes medidas:
– desenvolver um programa de privatizações significativamente
reforçado e com uma melhor governação. Serão transferidos ativos gregos
de valor para um fundo independente que monetizará os ativos através de
privatizações e de outros meios [i.e. um
Treuhand à moda da Alemanha Oriental deverá vender toda a propriedade
pública mas sem os investimentos equivalentes que a Alemanha Ocidental
pôs na Alemanha Oriental em compensação pelo desastre do Treuhand].
A monetização dos ativos será uma das fontes para proceder ao reembolso
agendado do novo empréstimo do MEE, e gerar, em todo o ciclo de vida do
novo empréstimo, um total que se pretende atinja os 50 mil milhões de
EUR, dos quais 25 mil milhões serão usados para o reembolso da
recapitalização dos bancos e outros ativos e 50% de cada euro
remanescente (ou seja, 50% de 25 mil milhões de EUR) serão usados para
reduzir o rácio dívida/PIB e os restantes 50% serão usados para
investimentos [i.e. a propriedade pública
será vendida e as magras receitas vão para o serviço de uma dívida
impagável – nada sobrando para o investimentopúblico ou privado].
Este fundo será estabelecido na Grécia e gerido pelas autoridades
gregas sob a supervisão das Instituições europeias pertinentes [i.e. ficará em nome da Grécia, mas, tal como o HFSF e o Banco da Grécia, será controlado em absoluto pelos credores].
Mediante acordo com as Instituições e com base nas melhores práticas
internacionais, deverá ser adotado um quadro legislativo para garantir a
transparência dos procedimentos e a adequada fixação do preço de venda
dos ativos, de acordo com os princípios e normas da OCDE em matéria de
gestão das empresas públicas;
– em consonância com as ambições do Governo grego, modernizar e
reforçar significativamente a administração grega, e implementar um
programa, sob os auspícios da Comissão Europeia, para o reforço das
capacidades e a despolitização da administração grega [i.e.
tornar a Grécia numa zona livre de democracia feita em Bruxelas, uma
forma de governo supostamente tecnocrático, que é tóxico politicamente e
inepto do ponto de vista macroeconómico]. Deverá ser apresentada
uma primeira proposta até 20 de julho, após os debates com as
Instituições. O Governo grego compromete-se a reduzir ainda mais os
custos da administração grega [i.e. reduzir os salários mais baixos enquanto aumenta um pouco os salários de alguns apparatchiks simpatizantes da troika], em conformidade com o calendário acordado com as Instituições;
– normalizar plenamente os métodos de trabalho com as Instituições,
incluindo as necessárias ações no terreno, em Atenas, a fim de melhorar a
execução e o acompanhamento do programa [i.e.
a troika contra-ataca e exige que o governo grego a convide para
regressar a Atenas como Conquistador – a “paz cartaginesa” em todo o seu
esplendor]. O Governo precisa de consultar as Instituições e
acordar com estas em tempo útil todos os projetos legislativos nos
domínios relevantes antes de os submeter a consulta pública ou de os
apresentar ao Parlamento [i.e. o
parlamento grego deve, uma vez mais, após breves cinco meses de
independência, ser um apêndice da troika – aprovando leis traduzidas
mecanicamente]. A Cimeira do Euro volta a realçar que a execução é
fundamental; nesse contexto, saúda a intenção das autoridades gregas de
lançar às Instituições e aos Estados-Membros, até 20 de julho, um
pedido de assistência técnica, e pede à Comissão Europeia que coordene
este apoio da Europa;
– com exceção da lei da crise humanitária, o Governo grego
reexaminará, tendo em vista a sua alteração, a legislação introduzida
que é contrária ao acordo de 20 de fevereiro, voltando a alinhá-la pelos
anteriores compromissos do programa, ou identificará equivalentes
compensatórios claros para os direitos adquiridos que foram
subsequentemente criados [i.e. para além
de prometer que não voltará a legislar de forma autónomoa, o governo
grego irá anular retroativamente as leis que aprovou nos últimos cinco
meses].
Os compromissos acima enumerados constituem os requisitos mínimos
para encetar as negociações com as autoridades gregas. No entanto, a
Cimeira do Euro deixou bem claro que o início das negociações não exclui
um eventual acordo final sobre um novo programa do MEE, que terá de
basear-se numa decisão sobre a totalidade do pacote (incluindo as
necessidades de financiamento, a sustentabilidade da dívida e um
eventual financiamento intercalar) [i.e.
autoflagelar-se, impor mais austeridade a uma economia esmagada pela
austeridade, e depois logo se vê se o Eurogrupo vos enterrará com novos
empréstimos tóxicos e insustentáveis].
A Cimeira do Euro toma nota das possíveis necessidades de
financiamento do programa, que oscilam entre 82 e 86 mil milhões de EUR
de acordo com a avaliação das Instituições [i.e.
o Eurogrupo fez aparecer um número gigantesco, bem maior que o
necessário, para assinalar que a restruturação da dívida está afastada e
que a escravidão da dívida ad infinitum é a regra do jogo]. A
Cimeira do Euro convida as Instituições a explorar as possibilidades de
reduzir o pacote de financiamento através de uma via orçamental
alternativa ou de um aumento das receitas das privatizações [i.e. e até pode ser possível que os porcos voem].
O restabelecimento do acesso aos mercados, que constitui um objetivo de
qualquer programa de assistência financeira, reduz a necessidade de
utilizar à totalidade do envelope de financiamento [i.e.
o que é algo que os credores farão tudo para evitar, por exemplo
assegurando que a Grécia só entrará no programa de ‘quantitative easing’
do BCE em 2018, quando o ‘quantitavive easiing’ chega… ao fim].
A Cimeira do Euro toma nota das prementes necessidades de
financiamento da Grécia, que realçam a necessidade de progredir muito
rapidamente na obtenção de uma decisão sobre um novo Memorando de
Entendimento: de acordo com as estimativas, são necessários 7 mil
milhões de EUR até 20 de julho e mais 5 mil milhões de EUR até meados de
agosto [i.e. “adiar e fingir”, aqui em nova versão].
A Cimeira do Euro reconhece a importância de assegurar que o Estado
soberano grego possa pagar ao FMI e ao Banco da Grécia os montantes em
atraso e honrar as suas obrigações de dívida nas próximas semanas, a fim
de criar condições que permitam uma conclusão ordenada das negociações.
Se as negociações não forem concluídas rapidamente, será a Grécia a
suportar todos os riscos [i.e. uma vez mais, pedem que a vítima assuma a culpa no lugar do vilão]. A Cimeira do Euro convida o Eurogrupo a debater urgentemente estas questões.
Atendendo aos graves desafios com que se depara o setor financeiro
grego, o pacote total de um possível novo programa do MEE teria de
incluir o estabelecimento de uma reserva de 10 a 25 mil milhões de EUR
para o setor bancário a fim de responder às potenciais necessidades de
recapitalização bancária e aos custos de resolução, sendo que 10 mil
milhões desse montante seriam disponibilizados imediatamente numa conta
separada no MEE [i.e. a troika admite que a
recapitalização dos bancos em 2013-2014, que só necessitava no máximo
de uns 10 mil milhões, foi insuficiente – mas, como é óbvio, põe as
culpas… no governo do Syriza].
A Cimeira do Euro está ciente de que uma rápida decisão sobre o novo
programa é uma condição para permitir a reabertura dos bancos, evitando
assim um aumento do pacote de financiamento total [i.e. A troika fechou os bancos da Grécia para obrigar o governo do Syriza a capitular e agora grita pela sua reabertura].
O BCE/MUS procederá a uma avaliação completa depois do verão. A reserva
global permitirá suprir os eventuais défices de capital na sequência da
avaliação completa efetuada depois de o quadro legal ter sido aplicado.
Existem graves preocupações quanto à sustentabilidade da dívida grega
[N.b. A sério? Ena!]. Isso deve-se ao afrouxamento das políticas
durante os últimos doze meses, o que resultou na recente deterioração do
enquadramento macroeconómico e financeiro a nível interno [i.e.
não foram os “resgates” de adiar e fingir de 2010 e 2012 que,
juntamente com a austeridade destruidora do PIB, que levaram a uma
dívida a disparar – foi a pespetiva, e a realidade, de um governo que
criticou os empréstimos dos “resgates” de Adiar e Fingir que… levaram à
Insustentabilidade da Dívida!].
A Cimeira do Euro recorda que os Estados-Membros da área do euro têm
adotado, ao longo dos últimos anos, um considerável conjunto de medidas
para apoiar a sustentabilidade da dívida da Grécia, o que facilitou o
serviço da dívida grega e reduziu significativamente os custos [i.e.
o 1º e 2º programas de “resgate” fracassaram, a dívida disparou como
tinha de disparar, já que o verdadeiro objetivo dos programas de
“resgate” era transferir as perdas dos bancos para os contribuintes
europeus]. Sendo este o pano de fundo, no contexto de um eventual
programa futuro do MEE, e em consonância com o espírito da declaração
do Eurogrupo de novembro de 2012 [i.e. uma promessa de restruturação da dívida aos anteriores governos gregos que nunca foi cumprida pelos credores],
o Eurogrupo mantém-se disposto a ponderar, se necessário, possíveis
medidas adicionais (eventual alargamento dos períodos de carência e dos
prazos de pagamento) a fim de assegurar que as necessidades de
financiamento brutas se mantenham a um nível sustentável. Estas medidas
ficarão dependentes da aplicação integral das medidas a acordar num
eventual novo programa, e serão ponderadas após a primeira conclusão
positiva da avaliação [i.e. Uma vez mais, a
troika deixará o governo grego trabalhar sob uma dívida impagável e
quando, em consequência disso, o programa falhar, a pobresa aumentar
ainda mais e os rendimentos caírem muito mais, aí podemos cortar parte
da dívida – como fez a troika em 2012].
A Cimeira do Euro salienta que não podem ser efetuados cortes
nominais da dívida [N.b. O governo do Syriza tem proposto, desde
janeiro, uma restruturação moderada da dívida, com nenhum corte,
maximizando o valor atual líquido previsto dos reembolsos aos credores –
o que foi semrpe recusado pela troika porque o seu objetivo era,
simplesmente, humilhar o Syriza]. As autoridades gregas reiteram o seu
inequívoco compromisso de honrar de forma integral e atempada as
obrigações financeiras que assumiram para com todos os seus credores
[N.b. o que só poderá acontecer após uma restruturação substancial da
dívida]. Desde que estejam reunidas todas as condições necessárias
contidas no presente documento, o Eurogrupo e o Conselho de Governadores
do MEE podem, em conformidade com o artigo 13.º, n.º 2, do Tratado MEE,
conferir mandato às Instituições para negociar um novo programa do MEE,
se estiverem reunidas as condições prévias do artigo 13.º do Tratado
MEE com base na avaliação referida no artigo 13.º, n.º 1. Para apoiar o
crescimento e a criação de emprego na Grécia (nos próximos 3 a 5
anos)[N.b. Após destruírem o emprego e o crescimento nos últimos cinco
anos…], a Comissão trabalhará em estreita colaboração com as autoridades
gregas para mobilizar um montante que poderá ascender a 35 mil milhões
de euros (ao abrigo de vários programas da UE) para financiar o
investimento e a atividade económica, incluindo o investimento nas PME [i.e.
Usará a mesma ordem de grandeza dos fundos estruturais, mais algum
dinheiro a fingir, como o que esteve disponível em 2010-2014].
Como medida excecional e atendendo à situação única da Grécia, a
Comissão irá propor um aumento de mil milhões de euros do nível de
pré-financiamento para dar um impulso imediato ao investimento, a
analisar pelos colegisladores da UE [i.e. Dos tais 35 mil milhões anunciados, leiam-se estes mil milhões como dinheiro a sério]. O Plano de Investimento para a Europa também proporcionará oportunidades de financiamento para a Grécia [i.e. o mesmo plano que a maioria dos ministros da zona euro chamam um programa fantasma].
Por InfoGrécia
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