“Donos de Portugal” em versão ecossistema interativo
A versão animada da teia de relações que expõe a
promiscuidade entre políticos e o poder económico, detalhada no livro e
documentário “Donos de Portugal”, teve 25 mil visualizações em apenas
uma semana. Este ecossistema interativo foi criado pelo designer Pedro
Cruz, de 28 anos, eleito em 2013 um dos embaixadores do novo mundo da
informação no “Corriere della Sera”.
A dimensão das empresas, leia-se dos círculos, depende do número de políticos que já a integrou.
Esta animação, na qual é possível interagir com 119 políticos e 350 empresas portuguesas, foi elaborada com base na informação detalhada no livro "Donos de Portugal", de Jorge Costa, Luís Fazenda, Francisco Louçã e Fernando Rosas, que deu posteriormente origem a um documentário, estreado no dia 25 de abril de 2012 na RTP2 e que, em ano e meio de divulgação, superou meio milhão de visualizações.
Tendo em conta que o Donos de Portugal retrata as teias de relações com base em informações recolhidas até 2010, Pedro Cruz completou os percursos dos governantes até 2013, incluindo informação de um estudo sobre as ligações políticas das empresas cotadas em bolsa, de Maria Teresa Bianchi.
Este é o 12º trabalho que o designer português, distinguido com o primeiro prémio do festival de animação computacional SIGGRAPH, em Los Angeles, publica na internet e o que, segundo avança o jornal i, “mais depressa começou a circular nas redes sociais”, tendo superado numa semana as 25 mil visualizações.
Animação “torna a chamar a atenção para a promiscuidade entre políticos e o poder económico”
Segundo adiantou Jorge Costa, autor do documentário "Donos de Portugal", em entrevista ao i, esta animação vem divulgar a recolha que já tinha sido feita no 'Donos de Portugal', e que explorámos no documentário, de uma maneira mais viva e interativa”. “Torna a chamar a atenção para a promiscuidade entre políticos e o poder económico e isso é positivo”, frisou.
O interesse tão expressivo neste tema é, para Jorge Costa, “um sinal de que as pessoas querem saber mais sobre relações que podem influenciar as suas escolhas democráticas e as políticas”,sendo que “a experiência de crise propicia esse interesse, até por poderem estar na sua origem”.
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