domingo, novembro 23, 2014

“O Bloco está pronto para a luta e vai à luta”

João Semedo encerrou a IX Convenção do Bloco reafirmando o compromisso do partido para romper com a austeridade e apelando a que a próxima direção saiba “confirmar a cultura de unidade na ação” que sempre existiu no Bloco.
João Semedo convidou todos os dirigentes eleitos a subirem ao palco para o acompanharem no encerramento da Convenção. Foto Paulete Matos
O primeiro subscritor da moção vencedora da IX Convenção do Bloco começou por chamar ao palco todos os membros dos órgãos dirigentes, acabados de eleger por parte das várias listas que se candidataram. João Semedo quis deixar um convite para que a nova direção saiba começar “um novo ciclo político” no partido. “A nova direção do Bloco não tem que enterrar diferenças porque respeita as opiniões. Mas que não fique nenhuma dúvida, deve certamente encerrar a disputa interna que nos trouxe até aqui”, afirmou Semedo.
“É da recuperação da mobilização popular e dos movimentos sociais que sai a força da mudança real. É onde temos perdido que é preciso passarmos a ganhar: a esquerda tem de levantar as forças da indignação, da gente que não aceita os vistos gold, as tramóias financeiras, a elite apodrecida”, afirmou Semedo.
A intervenção de Semedo sublinhou os grandes temas de debate na Convenção e as ideias fortes de todas as moções em disputa, reunidas pelo “objetivo comum” de “interromper as medidas de austeridade e reverter os danos que já causaram”. Para isso, defendeu Semedo, há que apostar na recuperação da mobilização social que se oponha “ao poder europeu que comanda o assalto”.
“É da recuperação da mobilização popular e dos movimentos sociais que sai a força da mudança real. É onde temos perdido que é preciso passarmos a ganhar: a esquerda tem de levantar as forças da indignação, da gente que não aceita os vistos gold, as tramóias financeiras, a elite apodrecida”, prosseguiu Semedo. “Sabemos o que queremos - para romper com a austeridade é preciso reestruturar a dívida e recusar o tratado orçamental, em nome de direitos sociais que a Constituição consagra e, mais, da luta pelo salário e pela igualdade”.
Do outro lado desta luta estará “o coro soturno de Merkel e Hollande, Junker e Renzi, que nos explica gravemente que não há alternativa”, previu João Semedo, que deixou também avisos a um futuro Governo liderado pelo PS: “Que Costa saiba que, no primeiro dia do seu governo, e será mesmo no primeiro dia, em que nos venha dizer que não há dinheiro para criar emprego ou para baixar o IRS, nos levantaremos a dizer que há gente coerente neste mundo que não aceita pagar rendas, juros e regalias com o sacrifício do povo”.
Esquerda.net

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