Centena e meia de pessoas participaram, este domingo, nas concentrações de apoio à Grécia, promovidas em Faro e em Portimão.
Na capital algarvia, a concentração juntou perto de uma centena de pessoas e teve lugar no Jardim Bivar, junto à Doca, tendo
por fundo músicas gregas e portuguesas. A assembleia informal que aí
teve lugar analisou a situação europeia, a partir da questão da dívida
dos seus países.
Foram
aprovadas diversas propostas, umas respeitantes à situação atual da
Grécia, outras de âmbito nacional e local, e outras relativas à Europa
como um todo.
Em Portimão, a iniciativa reuniu cerca de cinco dezenas de pessoas.
Foi feito um desfile desde o Largo 1º de Maio, frente à Câmara, até à
Praça Manuel Teixeira Gomes e aprovada uma moção, a ser enviada ao
primeiro-ministro, ao Presidente da República, à presidente da
Assembleia da Repúblicas, Grupos Parlamentares, e à Embaixada da Grécia
em Portugal.
A moção salienta que «fica demonstrado que existem alternativas
políticas à austeridade em doses mais ou menos duras. Na Grécia, como em
Portugal, a austeridade gerou uma espiral recessiva, o aumento do
desemprego e da própria dívida, por mais que seja maquilhada pela
contabilidade criativa dos governos, das entidades reguladoras e
agências de rating – as mesmas que encobriram até ao limite as bolhas
financeiras e a falência de bancos como o Lehman Brothers, o BPN e o
grupo BES/GES».
«As primeiras medidas anti-austeridade do novo governo grego – fim
das privatizações e despedimentos na administração pública, reposição do
salário mínimo anterior à entrada da Troika – e as propostas de
renegociação das dívidas soberanas vão no bom sentido, ao apontarem um
novo rumo para a Europa», continua a moção.
«O governo PSD/CDS insiste numa pose servil, “mais merkelista que a
senhora Merkel” que envergonha Portugal e prejudica a própria
recuperação económica europeia, em particular nos países do Sul; ao
mesmo tempo que, de forma oportunista, antecipa o possível recuo dos
seus tutores para salvaguardar os louros de uma eventual renegociação da
dívida que sempre recusou», acrescenta ainda o documento.
sexta-feira, fevereiro 20, 2015
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