domingo, janeiro 27, 2013

Ensino: Protesto em Lisboa

Mais de 40 mil professores enchem avenida

"Este Governo sem vergonha está a mais e a dar cabo deste País. Havemos de pôr na rua estes bandidos." A primeira frase de Mário Nogueira, ontem, no Rossio, em Lisboa, deu o mote para um discurso violento, em que o líder da Fenprof não conteve as lágrimas e se referiu ao Governo como "vigaristas", "trafulhas", "aldrabões" e "canalhas".

Nogueira chegou até a comparar o Governo e as dificuldades colocadas à classe docente aos porcos cujo camião acidentado na A1 reteve 50 autocarros que transportavam professores, atrasando o arranque da manifestação. Segundo a Fenprof, foram mais de 40 mil os professores que ontem desceram do Marquês de Pombal ao Rossio e encheram a praça. A redução na contratação de docentes, os mega-agrupamentos e a revisão curricular foram as queixas mais ouvidas. Mas a maior preocupação vai para a ameaça de passagem à mobilidade especial e despedimento de 50 mil docentes.
"O ministro Nuno Crato há quatro meses jurava que ninguém passaria à mobilidade. Ele que venha agora dizer que o relatório do FMI mentiu, ou então tem de se demitir", disse Nogueira, criticando a ausência do ministro. Segundo o CM apurou, Crato esteve de férias na semana passada. O protesto contou com a presença de Roberto Baradel, dirigente sindical argentino, que contou como a receita do FMI falhou no seu país. No final, a Fenprof anunciou que, na semana de 18 a 22 de fevereiro, os docentes "vão cobrir as escolas de luto".
CM

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