Protesto à porta da casa de férias de Passos Coelho no Algarve
Um conjunto de cidadãos respondeu ao apelo da
Comissão de Utentes da Via do Infante (A22) e aderiram ao protesto
contra as portagens junto à casa de férias de Pedro Passos Coelho, na
Manta Rota, no Algarve.
Mas o contingente policial que estava ao início da rua onde está situada a casa de férias do primeiro-ministro impediu os manifestantes de entrarem na rua e de chegarem junto da residência utilizada por Pedro Passos Coelho, ao contrário do que acontecia com turistas e trânsito automóvel, que circulava sem restrições.
No início dos protestos os manifestantes ainda tentaram furar o cordão da GNR, mas depois foram persuadidos a não interromperem o trânsito na rua pelos elementos policiais, embora perante protestos de alguns membros da Comissão que diziam ser “cidadãos de segunda em relação aos turistas” por não poderem entrar na rua da casa de férias do governante.
“No ano passado já tínhamos tentado entregar uma carta ao primeiro-ministro e não conseguimos, mas vamos tentar outra vez”, afirmou João Vasconcelos, da Comissão de Utentes.
Com cartazes onde se podia ler “Passos Coelho, se gostas do Algarve por que o destróis” ou “demissão já”, os manifestantes foram fazendo ruído durante cerca de uma hora, na tentativa de chamar a atenção dos muitos turistas que passavam no local em direção à praia, que em nada alteravam a sua rotina de férias.
“Vamos continuar a lutar até à suspensão das portagens, que estão a destruir o Algarve, a economia da região e a provocar um caos de trânsito na Estrada Nacional125, que está com filas intermináveis devido à fuga de automobilistas da Via do Infante para não pagarem portagens”, assegurou José Domingos, outro elemento da Comissão de Utentes.
Apesar das poucas esperanças numa inversão de política na cobrança de portagens, os dirigentes da Comissão de Utentes estão dispostos a prosseguir a luta até que o Algarve deixe de ter portagens na única autoestrada da região.
“Vamos manter. O ano passado já estivemos cá, este ano estamos outra vez”, afirmou José Domingos, frisando que na sexta-feira a Comissão de Utentes também realizou um protesto junto da casa de férias do Presidente da República, Cavaco Silva, na praia da Coelha, em Albufeira.
“Muitas pessoas não têm a possibilidade de passar férias descansadas, porque perderam os seus salários, os seus subsídios, devido a esta política conduzida pelo primeiro-ministro, que continua a passar férias como se nada fosse”, criticou João Vasconcelos.
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