“O Bloco não se cala”
Líder parlamentar do Bloco lamenta que a
presidente da AR tenha recusado a realização de uma conferência de
líderes extraordinária no final do plenário, depois de Passos Coelho se
ter recusado a responder às questões colocadas por Catarina Martins. “O
que dissemos é a verdade. O governo não tem palavra”, insistiu Pedro
Filipe Soares.
Pedro Filipe Soares disse que o Bloco de Esquerda não se atemoriza. Foto de Paulete Matos.
“O que dissemos é a verdade”, afirmou o líder bloquista. “O governo disse uma coisa e fez o contrário. O governo disse que os cortes dos salário e pensões da função pública eram transitórios e agora vem dizer que são permanentes.” E reafirmou: “O governo não tem palavra”.
Pedro Filipe Soares recordou que o primeiro-ministro alegou o “direito à indignação” para se remeter ao silêncio. “Mas o governo não pode transformar numa questão moral o que é uma acusação política e legítima”, disse o deputado, que insistiu: “O Bloco não se cala.”
Obrigação do governo é responder
O líder parlamentar reafirmou que a obrigação dos partidos políticos é dizer o que sente o país, e a do primeiro-ministro é responder aos deputados, e defendeu que a AR deve unir-se na exigência de que o governo responda a todas as questões colocadas pela Assembleia.
“Se o governo lhe dói, nós estamos cá para pôr o dedo na ferida”, disse ainda o deputado, insistindo que o Bloco não se atemoriza.
Diante do silêncio de Passos Coelho face às interpelações da coordenadora do Bloco de Esquerda Catarina Martins, a bancada do partido abandonou o plenário e pediu a realização de uma conferência extraordinária de líderes
Mas a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, recusou o pedido, remetendo a discussão da atitude do primeiro-ministro para a próxima reunião regular da conferência de líderes.
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