sábado, abril 08, 2017

"O pior pesadelo é que vejamos tantos países empenhados na guerra”

Catarina Martins manifestou solidariedade para com o povo sueco, defendendo que “só se resiste à política do medo e do ódio afirmando a tolerância, a solidariedade e a liberdade”, e referiu que “estamos a viver um momento perigoso para o mundo com a escalada militarista” de Trump na Síria.
Foto de Paulete Matos.
“Assistimos a um crime em Estocolmo, mais um atentado que alimenta a política do ódio e a política do medo e a que respondemos com a solidariedade e o pesar, com o nosso pensamento e sentimentos com o povo sueco”, afirmou a líder bloquista durante a sua intervenção na sessão de apresentação do cabeça de lista do Bloco à Câmara de Portimão, João Vasconcelos.
Catarina Martins destacou ainda que “só se resiste à política do medo e à política do ódio afirmando a tolerância, a solidariedade e a liberdade de que se têm de fazer os nossos dias”.
“E essa determinação tem de estar no oposto das escaladas militaristas a que temos de assistir”, acrescentou a deputada, sublinhando que “esta semana, hoje, estamos a viver um momento perigoso para o mundo com a escalada militarista de Donald Trump", que junta “guerra ao pesadelo que se vem acumulando”.
“E, se não há ninguém que possa ficar indiferente ao que está a acontecer na Síria, e, nomeadamente, aos desenvolvimentos mais recentes, no que diz respeito ao recurso a armas químicas, é preciso dizer também com clareza que a Síria é hoje vítima do fanatismo, do terrorismo religioso, é vítima do terrorismo, da ditadura de Assad, e, para piorar, só faltava mesmo Donald Trump responder a Putin numa escalada militar, intervindo diretamente no conflito sem nenhum mandato internacional, sem nenhuma capacidade para criar qualquer estratégia para a paz”, frisou Catarina Martins.
Segundo a coordenadora do Bloco de Esquerda, “o que nós precisamos na Síria é de uma estratégia para a paz, e o pior pesadelo é que vejamos tantos países empenhados na estratégia da guerra”.
“Da nossa parte, seremos absolutamente claros, nem terrorismo do fanatismo religioso, nem terrorismo da ditadura de Assad e, muito menos, uma escalada militar, com Trump e Putin a medirem forças na Síria”, destacou Catarina Martins, avançando que o que absolutamente necessário é “uma estratégia para a paz, o respeito pelos direitos humanos e a capacidade de diálogo internacional para esse respeito e para a resolução pacífica dos conflitos”.
“A guerra trouxe sempre mais guerra”, frisou.
A deputada referiu ainda que “é nestes momentos também que as forças políticas se definem, e o Bloco de Esquerda é uma força política que defende, de forma intransigente, internacionalista e solidária, a paz e os direitos humanos”.
Bloco em Portimão soube “apontar o dedo quando o negócio atentava contra a democracia”
Catarina Martins exaltou esta sexta-feira o trabalho autárquico do Bloco de Esquerda em Portimão, sublinhando que os bloquistas souberam “apontar o dedo quando o negócio atentava contra a democracia”, defendendo que “aquilo que é de todos não pode servir para privilégio para alguns”.
“Quando se olha para o panorama autárquico em Portimão, é difícil alguém defender que manter a autarquia nas mãos do Partido Socialista (PS) mais uns anos vai resolver os problemas que o PS nunca resolveu até agora, ou que é garantia que o PS vai resolver os problemas que o próprio executivo criou”, frisou a deputada.
Catarina Martins afirmou que, por outro lado, “PSD ou CDS não têm nenhuma credibilidade”.
“Existe alguma alternativa em partidos que fizeram tudo para destruir o país e que, no momento em que há alguma recuperação, não têm nada para dizer a não ser ficarem amuados a um canto? Alguém pode confiar nos partidos que criaram os maiores buracos no sistema financeiro em Portugal e que dizem que nunca discutiram a banca no Conselho de Ministros porque não era tema deles?”, questionou.
A quem alega que o Bloco não tem vocação autárquica, Catarina Martins responde que os bloquistas “têm provas dadas da sua capacidade e da sua vocação autárquica”.
João Vasconcelos é cabeça de lista do Bloco à Câmara de Portimão
O cabeça de lista do Bloco à Câmara de Portimão, João Vasconcelos, agradeceu a confiança que, mais uma vez, os bloquistas do concelho de Portimão depositaram na sua pessoa e prometeu "desempenhar com a maior dedicação esforço, determinação e alegria" esta nova tarefa "em prol de mais democracia, pela dignidade e justiça social no concelho de Portimão".
"Esta é uma candidatura que irá contar com o trabalho e dedicação de muitas mulheres e muitos homens. Será uma equipa, com bloquistas mas também muitos independentes, que irá juntar forças para uma nova política autárquica alternativa para o concelho de Portimão", frisou.
João Vasconcelos enumerou várias das batalhas que continuará a travar, como a luta pela abolição das portagens da Via do Infante, lembrando que, nesta legislatura, os bloquistas já apresentaram esta proposta quatro vezes, sendo que, na passada, a mesma voltou a ser chumbada pelo PS, PSD e CDS.
O candidato do Bloco à Câmara de Portimão garantiu que continuará a levar as lutas do Algarve ao Parlamento.
"A candidatura do Bloco em Portimão irá juntar forças para uma nova agenda autárquica, alternativa, que tenha em conta os direitos de cidadania, a participação, a transparência, os direitos sociais, o respeito pelas minorias, a defesa do espaço público e a resposta aos novos desafios ambientais. Uma nova agenda autárquica em que todos e todas possam disfrutar na sua plenitude do direito à cidade", frisou João Vasconcelos.
O candidato salientou ainda que "esta é uma candidatura de esquerda, popular e socialista e que apresenta 3 grandes objetivos: enfrentar com êxito um situacionismo pantanoso de 41 anos de existência sob a batuta do Partido Socialista; contribuir para a derrota de um populismo de direita que não olhará a meios para se afirmar; e alterar o rumo que tem grassado na Câmara nos últimos anos, sem receio e com determinação, de forma a que a cidade e todo o concelho pertençam a todos os cidadãos".
Leia aqui a intervenção completa de João Vasconcelos.
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