Algarvios em protesto contra portagens na Via do Infante
Este sábado, a Comissão de Utentes da Via do
Infante organizou um conjunto de iniciativas, que contaram com a
presença da deputada bloquista Cecília Honório, “contra a destruição do
Algarve e pela suspensão imediata das portagens na Via do Infante”.
No encontro foi aprovada, por unanimidade e aclamação, uma Moção onde são enumeradas inúmeras consequências resultantes da introdução de portagens na Via do Infante, entre as quais o “agravamento dramático da crise social e económica no Algarve”, a “quebra drástica” de tráfego na Via do Infante e o aumento exponencial do número de acidentes de viação.
Na Moção, é ainda exigido ao Governo “que anule esta ruinosa Parceria Público Privada e que proceda à suspensão imediata da cobrança de portagens na Via do Infante” e é solicitada uma audiência ao Ministro da Economia e do Emprego, assim como é feito um apelo “à AMAL, autarcas, associações empresariais, sindicais, cívicas e outras forças vivas do Algarve, para que, num ambiente de um grande consenso regional, constituam e reforcem uma ampla plataforma da sociedade civil do Algarve pela suspensão imediata das portagens”.
Após o almoço/debate já divulgado, teve ainda lugar um forte Protesto/Buzinão, no qual participaram cerca de 100 veículos, que percorreu, em marcha lenta, parte da EN125, entre as Quatro Estradas e a Fonte de Boliqueime, no concelho de Loulé, com paragens simbólicas em dois pontos onde se verificaram acidentes com vítimas mortais, um dos quais em Vale Judeu.
Estava planeado ocorrer, durante a iniciativa, um corte simbólico da via de apenas um minuto, junto à colocação de um memorial (placa metálica) a assinalar a morte de duas pessoas, há cerca de dois meses, naquele local na sequência de um acidente de viação. Mediante a intervenção da GNR, o trânsito acabou, contudo, por ficar cortado por cerca de dez minutos (ver vídeo da RTP).
Para João Vasconcelos, da Comissão de Utentes da Via do Infante, este “foi um dia muito importante da luta de resistência do Algarve contra as portagens e contra a política do governo”
“É a continuação da luta contra as portagens, que classificamos como uma injustiça que contribui para asfixiar a economia da região”, frisou João Vasconcelos em declarações à agência Lusa.
“Além dos problemas económicos, as portagens fizeram aumentar os acidentes na EN125, alguns dos quais, com o registo de mortes”, salientou, adiantando que “foi uma forma de homenagearmos as vítimas, ao colocarmos um memorial nos locais onde faleceram”.
Esquerda.net
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