A DITADURA MUNDIAL GANHA FORMA
Por Pedro Manuel Pereira
O Poder
é a força exercida sem desvios, com o fim de manter a ordem pretendida.
O Governo Sombra Mundial
A verdadeira ameaça à
humanidade é o governo invisível global que, como um gigantesco polvo estende
os seus longos tentáculos sobre os povos e as nações. A cabeça deste polvo
encontra-se no seio de um grupo de bancos internacionais. O pequeno mas
poderoso bando de banqueiros multinacionais maneja discricionariamente o
sistema financeiro mundial.
De acordo com o American Free Press, um clã de
banqueiros britânicos controla o Banco
de Inglaterra, a Reserva
Federal Americana, o Banco
Central Europeu, o Fundo
Monetário Internacional e o Banco
Mundial. Estima-se que só a família Rothschild possua mais de metade das riquezas do planeta: a sua fortuna está
calculada em 231 biliões de dólares, segundo a companhia de serviços
financeiros Credit Suisse.
Não
obstante os cidadãos continuarem a eleger formalmente os dirigentes dos
governos e das instituições dos respetivos países, o poder real mundial desde
há alguns anos para cá que foi desviado para novos centros de decisão situados
em locais ocultos do conhecimento público.
De
uma maneira geral quase todos os grandes ditadores e outros famigerados líderes
políticos foram financiados pela elite mundial dominante, apátrida e sempre
mais e mais ávida de poder e de dinheiro, constituída por uma casta seleta – e
secreta - de criaturas multimilionárias sinistras.
Assim,
face ao declínio dos governos dos estados-nações, um novo poder tendo vindo a
emergir a nível global fora do controlo dos países onde vigoram regimes ditos
democráticos.
O
mundo hoje em dia é dirigido por uma constelação de organizações com papel
executivo e político, sendo que as de âmbito
executivo se distribuem por três esferas de poder:
.
A do poder económico e financeiro;
.
A do poder militar e policial;
.
A do poder científico.
O
poder político do sistema é exercido por uma quarta categoria de organizações:
- Os clubes
de reflexão, redes de influência, ou reuniões de líderes globais, como
no caso do Fórum Económico Mundial (World
Economic Forum) de Davos.
Todas
estas organizações não competem entre elas, antes, estão estreitamente ligadas
entre si e complementam-se. Formam um conjunto cuja coesão é assegurada pela
pertença em simultâneo de determinadas personalidades a várias de estas
organizações.
As personalidades-chaves podem ser consideradas
donas e senhoras do Mundo, sendo que a maioria delas são desconhecidas da
opinião pública.
Estruturadas em rede, as várias organizações
compartilham entre si os centros e as mesmas funções. Os «circuitos» ou
«painéis de controlo» foram duplicados ou triplicados a fim de garantirem maior
segurança e estabilidade ao conjunto, permitindo que caso uma organização se
torne inoperante ou ineficaz, o controlo global não seja ameaçado.
Instâncias Executivas
. OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Económico) é uma organização internacional que reúne 34
países, que aceita os princípios da democracia representativa e da economia de
livre mercado. A sua origem remonta
a 1948 como Organização para a Cooperação Económica (OECE),
liderada pelo francês Robert Marjolin a fim de ajudar a gerir o Plano
Marshall para a reconstrução da Europa após a 2ª Guerra Mundial. Esta
organização concebe as regras do comércio mundial, e influencia de forma direta
a política económica dos Estados ocidentais. Reúne 30 países desenvolvidos que
compartilham entre si os princípios da economia de mercado.
. FMI (Fundo
Monetário Internacional) – Originalmente denominado IMF (Internacional Monetary
Found) é uma das instituições financeiras mais importantes e influentes da
economia mundial. Esta entidade nasceu em 1944, no decorrer da Conferência
Monetária e Financeira das Nações Unidas ocorrida em Bretton Woods,
EUA, onde foram discutidas questões tendentes a evitar os erros que conduziram
à Grande
Depressão de 1929.
Desenha
a economia e o meio ambiente do planeta por intermédio de empréstimos e de
créditos outorgados aos países do Terceiro Mundo e outros – como Portugal - com
a condição de que estes apliquem uma política económica de inspiração
ultraliberal, com desprezo absoluto pelas realidades humanas e ecológicas.
. GATT (General Agreement on Trade and Tarifs)
ou (Acordo Geral sobre Pautas Aduaneiras e
Comércio ou Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) - Foi criado em 1947, com o objetivo de harmonizar as
políticas aduaneiras dos Estados signatários. Regulam-se por um conjunto de
normas e concessões tarifárias, criado com o objetivo de impulsionar a
liberalização das transações comerciais e as práticas protecionistas, regulando
as relações do comércio internacional.
. OMC (Organização Mundial do Comércio) – Esta organização foi criada em
1995 como um dos mais importantes resultados das negociações do GATT
ocorridas em reuniões várias realizadas no Uruguai entre 1986 e 1994. Fixa
as regras do comércio mundial, reduzindo consideravelmente as margens de
decisão dos Estados nas áreas da economia e do meio ambiente. Trata-se de um
poderoso governo mundial não eleito. A acumulação de poderes – quase – supremos
nas mãos de uma organização que não foi eleita por ninguém, é perfeitamente
contrária aos mais básicos princípios das regras democráticas.
. Comissão
Europeia – É o governo da União Europeia. Os seus membros não são eleitos
diretamente, e os cidadãos nunca são informados das suas decisões. Grande parte
do poder dos Estados membros foi transferido para esta Comissão que não se
encontra submetida ao controlo dos cidadãos. É uma estrutura antidemocrática, situação
tanto mais grave quanto a legislação europeia representa atualmente 80% das
leis aplicadas pelos Estados da União, logo, estes são geridos por leis
antidemocráticas.
Esta
transferência de soberania foi realizada ao longo dos anos pelos políticos
tanto de direita como de esquerda, com o objetivo de fazer escapar ao debate
público o essencial das decisões económicas, sociais e meio ambientais.
A Comissão Europeia está totalmente debaixo da influência dos lobbies industriais que são os grandes inspiradores da regulamentação europeia. A maioria dos Comissários europeus encontra-se estreitamente ligados às multinacionais ou a redes de influência favoráveis ao liberalismo e à mundialização.
Quase
todos os membros da Comissão Europeia são próximos (ou integrantes) do poderoso
Grupo
Bilderberg, e participantes frequentes do World Economic Forum de
Davos.
No
BCE
(Banco Central Europeu), encontramos novamente outros participantes do Grupo
Bilderberg.
Clubes de Reflexão
. World Economic
Forum (Fórum Económico Mundial)
– Foi fundado em 1971 por Klaus M. Schwab, um professor de administração numa
universidade Suíça.
Sedeada
em Cologny, Genebra, esta é uma
organização que reúne as criaturas mais poderosas e ricas do planeta. O
critério de admissão no seio deste grupo varia em função do nível de poder,
fortuna e influência do candidato na área económica, na política internacional,
na área tecnológica e nos meios de comunicação social. Possui estatuto de observador no
Conselho Económico e Social das Nações Unidas. É financiado pelos seus mais de
1000 membros. A típica empresa (membro) é uma instituição global com mais de
cinco biliões de dólares de receitas, não obstante poder variar esse número por
indústria e região. A principal reunião deste agrupamento tem
lugar uma vez por ano em Davos, na Suíça, no final do mês de janeiro, na qual reúne os principais
líderes empresariais e políticos, assim como intelectuais e jornalistas para
discutirem questões urgentes de âmbito mundial.
Ao
longo do ano, os mais importantes membros desta organização encontram-se
permanentemente em contato entre si, ligados através de uma super rede de
videoconferência denominada Wellcom, a qual lhes permite
concertarem-se a qualquer momento sobre importantes decisões mundiais.
. Trilateral
Commission (Comissão
Trilateral) – É um clube de reflexão de caráter privado, de âmbito
internacional fundado em junho de 1973 por David Rockefeller e Zbigniew
Brzezinski, após um ano e meio de reuniões fomentadas pelo Chase
Manhattan Bank. É formada por cerca de 350 homens - as mulheres
escasseiam… - de meios de comunicação social, líderes de negócios, funcionários
públicos, sindicatos e outras organizações não-governamentais.
A Trilateral exerce um
importante papel no desenho da ordem económica mundial e raramente é referida
nos meios de comunicação social. Quando se reúne não há manifestações nem
marchas de protesto, tal como acontece com outras organizações do
neoliberalismo. A Trilateral passa
quase despercebida da opinião pública apesar de exercer uma atividade bastante
intensa.
Zbigniew Brzezinski definiu-a como «o maior conjunto de
potências financeiras e intelectuais que o mundo conheceu». Afinal quem governa
o mundo? Não basta dizer simplesmente que são as multinacionais ou a banca, uma
vez que por muito ampla que seja a sua influência, continuam a ser necessárias
determinadas instituições que ditem as regras (quer sejam ou não cumpridas)
para a repartição do bolo económico.
Os movimentos contra a globalização assinalam como principais responsáveis
do mal-estar mundial as seguintes entidades: Fundo Monetário Internacional, Banco
Mundial, Organização Mundial do
Comércio, G7, G8, G20
e Fórum Económico Mundial.
Das três primeiras, em especial a terceira é a que tem uma maior capacidade
coerciva sobre os Estados; é também a mais nociva.
O neoliberalismo não é certamente democrático, e é a capacidade económica
quem dita a influência e o domínio sobre cada pessoa, país, empresa, etc. No
entanto o FMI, o BM e a OMC aparentam perante a opinião pública que todos os cidadãos
têm igual capacidade de voto e decisão.
No entanto tal já não é possível nem com o G8 nem com o Fórum Económico Mundial. O G8 é constituído
pelo grupo dos países mais industrializados do planeta. As grandes potências
reúnem-se periodicamente para repartir o mundo entre si e impor critérios às
demais nações.
Mais sinistro ainda é o Fórum
Económico Mundial - composto por gente simplesmente super-rica - que embora
não seja mais do que um clube de reflexão é extremamente influente em termos de
políticas económicas mundiais.
O chamado Terceiro Mundo não tem representação alguma para os membros das
organizações acima referidas, uma vez que para estes, essa é uma zona de rapina
mais apetecível e maior do que as suas áreas.
Certamente que o impacto mediático das decisões desta organização é muito
discreto, o que não significa que as suas reuniões possam ser rotuladas de ser
quase clandestinas. As suas conclusões são dadas a conhecer e, portanto, não
podemos falar de conspirações, governo sombra, sociedade secreta, etc. Não
obstante é de assinalar que a Trilateral tem tendência para o esotérico. As
suas conclusões são emitidas, portanto, não se pode falar de conspirações,
governo sombra, sociedade secreta, etc. No entanto, anote-se, que a Trilateral
tende para o esotérico, uma vez que o seu emblema é uma circunferência
periférica dividida em três fragmentos, de cada um dos quais parte uma flecha
que converge para o centro. É uma cópia estilizada do arcano a Unidade.
Não obstante existiram – e talvez existam ainda –
organizações clandestinas relacionadas com a Trilateral. Como exemplo, em 1984 uma comissão do Parlamento
italiano revelou as relações entre a Comissão e as atividades delituosas da
famigerada loja maçónica P2.
Os países onde a Trilateral
atua representam 10% da população mundial que detêm 80% dos recursos do
planeta.
Pensamento
Político e Económico da Trilateral
A Trilateral foi pioneira naquilo
que se chama «pensamento único e globalização». Em 1975 declarou de forma
aparentemente ética e solidária: «A Comissão Trilateral espera que, como feliz
resultado da Conferência, todos os governos participantes coloquem as
necessidades de interdependência acima dos mesquinhos interesses nacionais e
regionais».
A Trilateral reúne os dirigentes de três
principais zonas económicas: América do Norte, Europa Ocidental e Japão (Em
2009 a sua área de influência estendeu-se à China e a Índia). Cada uma destas
áreas dispõe de um Comité Executivo para elaborar as políticas económicas sob a
sua influência.
De
acordo com a sua versão oficial, o seu objetivo é o estreitamento das relações
entre a União Europeia, a América do Norte e o Japão. O grupo português foi
formado em 1980, data da sua ligação à organização-mãe. Contam-se entre os seus
membros entre outros:
António Maldonado Gonelha, António Mexia, Jorge Braga de
Macedo, Diogo Vaz Guedes, João Menezes Ferreira, António Vasco de Mello, Carlos
Tavares, Francisco Pinto Balsemão, Ilídio Pinho, José Lamego, Mário Pinto,
Paulo de Pitta e Cunha, Rui Mateus e Salvador Guedes.
. Banco Mundial – Instituição financeira fundada
em 1945 a partir da criação do BIRD–Banco Internacional para a Reconstrução
e Desenvolvimento, juntamente com o FMI–Fundo Monetário Internacional e o GATT–Acordo
Geral de Tarifas e Comércio. O Banco
Mundial é sempre presidido por um americano, enquanto o FMI é presidido por
um europeu.
Inicialmente a função do Banco Mundial foi financiar a reconstrução dos
países destruídos pela 2ª Guerra Mundial, tendo com o tempo a sua ação evoluído
para o financiamento do desenvolvimento dos países pobres.
O Banco é composto por duas instituições: o BIRD-Banco
Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento e a AID-Associação Internacional de
Desenvolvimento. Além destas duas entidades abarca mais três outras: a SFI-Sociedade
Financeira Internacional, a MIGA-Agência Multilateral de Garantia de
Investimentos e o CIADI-Centro Internacional para Arbitragem
de Disputas sobre Investimentos.
. FPG (Fórum
Portugal Global) – É uma associação de empresas portuguesas, criada para
apoiar financeiramente o grupo português da Trilateral
e promover a internacionalização dos seus negócios, integrando-se na
interdependência económica e política entre as três maiores regiões industriais
do mundo: União Europeia, América do Norte e Japão.
Foi fundado por escritura em 30 de julho de 1996 nos escritórios
dos advogados Morais Leitão & Galvão Telles, tendo tido como empresas
fundadoras: Pleiade, Império, Banco Espírito Santo, Bento
Pedroso, Portgas, Sogrape, Somague, Telecel,
Finantia,
Lusomundo,
Semapa,
Portucel
e outras.
Os seus membros incluem além dos associados do grupo
português os seguintes indivíduos: António Carrapatoso, António Gomes de Pinho,
António Mexia, Armando Pascoal, Eduardo Costa, Francisco Mantero, Francisco
Souza da Câmara, Jorge Armindo, José Roquete, Luís Silva e Pedro Queiroz
Pereira.
. CFR (Council on Foreign Relations) – Organização norte-americana que
reúne os líderes políticos e económicos de muito alto nível.
Entre os objetivos declarados por
este Conselho encontra-se o explicar a política externa americana ao resto do
mundo de modo imparcial. Fundado na década de 1920, este organismo edita a
revista Foreign Affairs, uma das mais conhecidas e importantes no panorama
das relações internacionais. Aparentemente a Comissão Trilateral não é mais do que uma derivação ou um círculo
externo do CFR, cujas origens se podem encontrar antes da 1ª Guerra Mundial na
declaração de intenções de alguns magnatas de estabelecer um império global
anglofalantes.
O CFR tem equivalentes neste lado do
Atlântico e a sua influência chaga a toda a opinião pública mundial. O Foreign Affairs, por exemplo, foi um dos
promotores da teoria do choque de civilizações de Samuel Huntington que serviu para justificar muitas das ações
decorrentes dos atentados do 11 de
setembro de 2001. Embora tal seja só a ponta do icebergue face a motivos
ulteriores, sempre relacionados com a propaganda e as operações de guerra
psicológica.
Aparentemente os três mil membros do
Conselho controlam as três quartas partes da riqueza mundial; de acordo com os
teóricos da conspiração, o seu principal objetivo será manter elevados os
níveis de tensão e de guerra em todo o mundo a fim de enriquecer as suas
próprias indústrias armamentísticas, sanitárias, financeiras e alimentares.
O CFR organiza seminários de
relações internacionais ao mais alto nível, em que os participantes estão
obrigados ao segredo.
Os membros portugueses desta
estrutura são os seguintes:
·
Luís Amado - Chairman, BANIF
(Banco Internacional do Funchal) e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros;
·
Jaime Gama – Ex-Presidente da
Assembleia da República e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros;
·
Carlos Gaspar - Membro
do Conselho de Administração do Instituto Português de Relações Internacionais
(IPRI);
·
Teresa Patrício Gouveia – Membro do Conselho de
Administração da Fundação Gulbenkian e ex-ministra dos Negócios Estrangeiros;
·
Fernando
Andresen Guimarães - Embaixador;
·
Teresa de Sousa – Jornalista;
·
António Vitorino – Advogado,
ex-Comissário Europeu.
. IFRI (Instituto Francês de Relações Internacionais)
– Organização semelhante à CFR americana. Nela se encontram
políticos de direita e de esquerda, empresários, jornalistas e indivíduos
ligados ao meio universitário.
. Clube de Roma
– Clube de «reflexão» de líderes políticos e económicos, principalmente
europeus, fundado em 1968 pelo industrial italiano Aurelio Peccei e pelo
cientista escocês Alexander King, que se reúnem para debater variados assuntos
relacionados com a energia, poluição, saneamento, saúde, ambiente, tecnologia,
economia internacional, políticas nacionais e internacionais e crescimento
populacional. Atualmente trabalha em parceria com organizações como a UNESCO,
a OCDE,
a Globe
Internacional e um grande número de ONG’s a nível mundial.
Este
Clube é uma das mais influentes organizações não-governamentais do mundo,
reunindo economistas, banqueiros, industriais, chefes de Estado, líderes
políticos e cientistas de várias áreas e de vários países, para analisarem os
diversos aspetos da situação mundial e apresentar previsões soluções para o
futuro. Além disso, tem vindo a estender as suas ligações ao antigo KGB
(atual FSB), à MOSSAD e à INTERPOL.
O
Clube tem membros efetivos, honorários e associados, provenientes de diversos
países. Os membros honorários são destacados personagens, tais como Belisário Betancour, da Colômbia, Jacques Delors, de França, César Gaviria, da Colômbia, Fernando Henrique Cardoso, Cândido Mendes de Almeida e Hélio Jaguaribe, do Brasil, Enrique Iglésias, do Uruguai, Mikhail Gorbachev, da Rússia, D. Juan
Carlos, de Espanha, Rainha Beatriz,
dos Países Baixos, Mário Soares, de
Portugal e vários outros.
. Clube
Bilderberg – Aquele que é por muitos considerado o verdadeiro
governo mundial, foi fundado em 1954 e é, sem dúvida, o mais poderoso no
conjunto das redes de influência. Reúne personalidade de todos os países,
líderes políticos, da economia, das finanças, dos meios de comunicação social,
cientistas e professores universitários. Reúnem anualmente. Não votam
resoluções nem firmam acordos. Uma vez terminados os encontros, os
participantes são proibidos de revelar o que se passou e quem participou nas
reuniões.
Alguns
países membros deste agrupamento: EUA, Canadá, Grã-Bretanha, França, Bélgica,
Suíça, Holanda, Alemanha, Áustria, Itália, Espanha, Portugal, Noruega, Suécia,
Dinamarca, Finlândia, Luxemburgo, Irlanda, e outros.
O
representante permanente deste Grupo em Portugal é Francisco Pinto Balsemão e
quase todos os primeiros-ministros do país no após 25 de abril de 1974,
participaram em encontros do Bilbderberg.
O caso mais caricato e expressivo é o de Durão Barroso, que antes de ser chefe
de governo participou num encontro do Grupo Bilderberg. Posteriormente foi
«promovido» a Presidente da Comissão Europeia, abandonando o país em pleno
mandato com 1º ministro.
. Em Suma
Merece reflexão – e não deixa de ser
preocupante - o facto de no consulado do papa Bento XVI, ou seja, no dia 24 de outubro de 2011, pela voz
do cardeal Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, o
Vaticano
ter divulgado um documento apelando à reforma urgente do sistema financeiro e
monetário internacional na perspetiva de uma autoridade pública com competência
universal. A Santa Sé solicitou, então, aos Estados, a aplicação de um
imposto sobre as transações financeiras. Defendeu
também que a recapitalização dos bancos deve ser feita com fundos públicos,
«comportamentos virtuosos que visam desenvolver a economia real».
Afirmou igualmente que o liberalismo
económico «sem regras nem controlo» é uma das causas da presente crise
económica e denunciou a existência de mercados financeiros prevalecentes
especulativos, danosos para a economia real, especialmente para os países mais
débeis.
O Vaticano denuncia nesse documento que a economia mundial se encontra cada vez mais dominada pelo utilitarismo e pelo materialismo e é caracterizada por uma excessiva expansão do crédito e de borbulhas especulativas que geraram a atual crise de solvência e de confiança. «A economia necessita de ética para o seu correto funcionamento».
O Vaticano denuncia nesse documento que a economia mundial se encontra cada vez mais dominada pelo utilitarismo e pelo materialismo e é caracterizada por uma excessiva expansão do crédito e de borbulhas especulativas que geraram a atual crise de solvência e de confiança. «A economia necessita de ética para o seu correto funcionamento».
Sobre a proposta de criar uma Autoridade
Pública Mundial, o documento assinala que esta é necessária, dada a
crescente interdependência entre os Estados, referindo que é necessário reformar o sistema monetário internacional e
criar um organismo que atue como um Banco Central Mundial, que regule o
sistema dos intercâmbios financeiros e monetários. De acordo com o Vaticano, o FMI-Fundo
Monetário Internacional perdeu a sua capacidade para garantir a
estabilidade das finanças mundiais.
Temos assim
que aqueles que tomam decisões estratégicas (por meio dos políticos) são os
agentes da Banca e do poder económico que fazem lobby de pressão e influenciam os governos e os parlamentos.
Esta estratégia (de apresentar o gerente como o patrão) está orientada para
fazer desaparecer o poder real que controla as estruturas dos Estados acima dos
governos e dos sistemas parlamentares e jurídicos.
Quando a imprensa outorga (através da informação) o poder de decisão aos
políticos e aos governos no poder, o que faz é diluir a compressão e retirar o
poder real da vista das maiorias. Há uma explicação de fundo: Os políticos não
são nada mais do que um fusível. Além da sua função de gerenciamento ao serviço
da Banca e dos grandes grupos económicos, tem por missão preservar o anonimato
dos centros de decisão que controlam o poder real.
O para-poder, o poder oculto, em nada é distinto do poder em si mesmo.
Simboliza a chamada inteligência estatal, a revelação de pressões novas e
emergentes sobre os Estados que representam determinados setores sociais. A
invisibilidade do poder é a cara oculta do mando que se exerce contra toda a
pressão, para além de quaisquer oposições sociais.
As maiorias, alienadas pela intoxicação da desinformação dos meios de
comunicação social, creem habitualmente que o «poder» são os presidentes e os
governos. Esta conceção massificada e alimentada pelos analistas políticos
televisivos e radiofónicos, vulgarmente conhecidos por «papagaios» ou por «a
voz do dono» - Portugal tem basta gentalha desta…- que fazem a apologia de que
um Presidente da República ou outro género de chefe de Estado, é algo assim
como uma entidade supra independente que toma decisões autónomas por cima do
emaranhado estrutural do poder económico e empresarial.
Nas suas análises/prédicas habituais, os «analistas políticos» apresentam
cenários de conflitos cujo eixo passa pelas competências e pelas guerras entre
políticos e partidos, mistificando a realidade oculta - de que conhecem parte
dela - ocultando deliberadamente, porque ao serviço de interesses mais
poderosos como mercenários que são, a verdade aos cidadãos.
Este enfrentamento de políticos contra políticos pelo posicionamento
eleitoral, por um lado, e pela guerrilha do governo contra a «oposição», por
outro, nunca é associado ao establishment oculto (o poder sobre
os governos) que marca a dinâmica da informação que as maiorias diariamente
consomem.
Desta forma, o voto popular cumpre somente o papel de legitimação social do
embuste institucionalizado com as eleições e a pretensão à participação massiva
do povo na hora de votarem.
Um dos grandes segredos do poder e dos poderosos tem
consistido na capacidade de vigiar os gestos e escutar as palavras dos seus
concidadãos. Por tal facto existe a famosa expressão: «Conhecimento é poder».
É aqui que se encontra a
origem – sem dúvida – e em primeira análise, da força enigmática que é
atribuída a quem detém o mando. O fato do mesmo mover
secretamente os fios para garantir e assegurar a continuidade do seu domínio, é
uma das verdades mais antigas conhecida e praticada em política.
O que acontecia até há poucos anos, é que os políticos
nas democracias modernas para se diferenciavam substancialmente de todos os
seus antecessores, prometiam governar de forma transparente, com total
visibilidade e clareza de ações, para que os cidadãos pudessem – ilusoriamente
- controlar os excessos e abusos dos poderes dos Estados.
Tratava-se, por um lado, de fornecer garantias para o
controlo político dos governantes e suas ações e, por outro, permitir um claro
envolvimento dos cidadãos nas tarefas da gestão política que durante muitos
séculos lhes foi vedada.
No entanto, atualmente as práticas de gestão política
não só tem violado essas promessas de transparência e participação genuína, como
têm vindo a desenvolver sofisticados métodos de vigilância eletrónica para
controle de todos e cada um dos cidadãos, em moldes nunca antes conhecidos pela
humanidade.
Quem controla os controladores? Questiona-se assim, se
as «democracias» atuais são um poder
controlado pelos cidadãos ou um poder controlador dos cidadãos?
Temos assim que
a ordem política mundial influi crescentemente nos comportamentos políticos dos
Estados nacionais.
Esses poderes são cada vez mais intangíveis nas áreas económicas
e políticas, não mais representando países específicos, mas antes e sobretudo,
clãs de banqueiros, empresas multinacionais ou grupos económicos mundiais de
caráter financeiro. Os interesses destes
poderes impõem aos países mais débeis políticas e etapas de crescimento
económico, reformas dos seus meios de produção, de políticas sociais ou
transformações das suas instituições políticas de forma a adaptar os Estados –
segundo eles – a um mundo globalizado,
cujo fim é a implementação de um governo
mundial.Tertúlia plural
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