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segunda-feira, novembro 03, 2008

Bloco de Esquerda quer ouvir ex-responsáveis do BPN na AR

Outdoor do BE a sair brevemente
O Bloco de Esquerda pediu a audição urgente de cinco responsáveis do Banco Português de Negócios na comissão de orçamento e finanças da Assembleia da República.
Entretanto, 4ª feira será votada na AR a proposta do Governo de nacionalizar o BPN, depois do banco ter acumulado 700 milhões de euros de prejuízos. Neste caso, como já tinha acontecido no caso BCP, a supervisão do Banco de Portugal fracassou perante os indícios de actuação danosa do BPN.
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Esquerda.net

domingo, novembro 02, 2008

Louçã e o BPN: Governo paga as dívidas das empresas mas não paga aos trabalhadores

Imagem do outdoor que o Bloco vai afixar nos próximos dias
Francisco Louçã criticou neste domingo as condições anunciadas pelo governo para adquirir o Banco Português de Negócio, arruinado na sequência de operações especulativas e ilegais que se prolongaram por vários anos, exigindo que sejam os seus accionistas a assumir a responsabilidade pelas dívidas. O líder do Bloco de Esquerda acusa ainda o governo de não ter um programa coerente de combate à crise, apresentando sucessivas medidas, atabalhoadas e sem a devida inscrição no Orçamento de Estado.
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Esquerda.net

Em sua declaração sobre a crise da economia mundial, a Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI) avalia que não foram as políticas “neoliberais”, os excessos especulativos ou mesmo a falta de regulamentação que a provocaram, como apregoam muitos pensadores burgueses ou reformistas. Mas trata-se, pelo contrário, de uma crise de superprodução inerente ao sistema capitalista. A seguir, a declaração na íntegra: “O ano de 2008 será lembrado na história pela explosão de uma das maiores crises económicas do sistema capitalista. O que antes parecia ser uma crise cíclica como tantas outras, apareceu em suas verdadeiras proporções. Desde 15 de Setembro, com a falência do banco Lehman Brothers, instalou-se o pânico nos mercados capitalistas do mundo inteiro. Entraram em concordata, falência (...)
Ruptura/Fer

quinta-feira, outubro 09, 2008

Crise vem pôr a nu os limites históricos do sistema capitalista

Bolsa de Xangai. Foto de 2dogs, FlickRNesta apresentação feita em 18 de Setembro em Buenos Aires, o economista marxista francês François Chesnais expõe a forma como o capitalismo, na longa fase de expansão que ficou atrás, tentou superar os seus limites imanentes. E como todas essas tentativas contribuíram para criar agora uma crise muito maior. Comparável à de 1929, mas que ocorre num contexto totalmente novo.

Por François Chesnais, publicado originalmente na Herramienta

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Esquerda.net

terça-feira, outubro 07, 2008

wall street versus main street

Anovis Anophelis

sexta-feira, outubro 03, 2008

Orações capitalistas

por Paul Lafargue [*]

Credo

Paul Lafargue, 1842-1911. Creio no Capital que governa a matéria e o espírito;

Creio no Lucro, seu filho legítimo, e no Crédito, o Santo Espírito, que dele procede e é adorado conjuntamente;

Creio no Ouro e na Prata que, torturados na Casa da Moeda, fundidos no cadinho e batidos na balança, reaparecem ao mundo como Moeda legal e que, consideradas demasiado pesadas, depois de terem circulado sobre toda a terra, descem às caves do Banco para ressuscitar como Papel-moeda; creio na Renda a cinco por cento, a quatro e a três por cento igualmente e na Cotação autêntica dos valores; creio no Grande Livro da Dívida Pública, que garante o Capital contra riscos do comércio, da indústria e da usura; creio na Propriedade individual, fruto do trabalho dos outros, e na sua duração até ao fim dos séculos; creio na Eternidade do Assalariamento que desembaraça o trabalhador das preocupações com a propriedade; creio no Prolongamento da jornada de trabalho e na Redução dos salários e também na Falsificação dos produtos; creio no dogma sagrado: COMPRAR BARATO E VENDER CARO; e igualmente creio nos princípios eternos da nossa muito santa igreja, a Economia política oficial.

Amém.


Oração dominical

Capital nosso que estais neste mundo, Deus todo-poderoso, que altera o curso dos rios e fura as montanhas, que separa os continentes e une as nações, criador das mercadorias e fonte de vida, que comanda os reis e os súbditos, os patrões e os assalariados, que vosso reino se estabeleça sobre toda a terra;

Dai-nos muitos compradores que adquiram nossas mercadorias, tanto as más como as boas;

Dai-nos trabalhadores miseráveis que aceitem sem revolta todos os trabalhos e contentem-se com o mais vil salário;

Dai-nos tolos que creiam e nossos prospectos;

Fazei com que nossos devedores paguem integralmente suas dívidas [1] e que o banco desconte nossos papeis;

Fazei com que Mazas [2] não se abra jamais para nós e afastai-nos da falência;

Concedei-nos rendimentos perpétuos.

Amém --------
[1] O Padre nosso dos cristãos, redigido por mendicantes e vagabundos para pobres diabos esmagados por dívidas, pedia a Deus a remissão das dívidas: dimite nobis debita nostra, diz o texto latino. Mas quando proprietários e usurários se converteram ao cristianismo, os pais da igreja traíram o texto primitivo e traduziram impudentemente debita por pecados, ofensas. Tertuliano, doutor da Igreja e rico proprietário, que sem dúvida possuía créditos sobre uma multidão de pessoas, escreveu uma dissertação sobre a Oração dominical e sustenta que era preciso entender a palavra dívidas no sentido de pecados, as únicas dívidas que os cristãos absolvem. A religião do Capital, progredindo em relação à religião católica, devia reclamar o pagamento integral das dívidas pois o crédito é a alma das transacções capitalistas.
[2] Mazas: nome de uma prisão francesa no século XIX.


[*] Autor de "Direito à preguiça" e de "A religião do capital", genro de Marx, 1842-1911. Estes textos estão contidos em "A religião do capital", livro de 1887. A obra completa (63 páginas, em francês) pode ser descarregada no sítio web da Universidade de Quebec .

Estes excertos encontram-se em http://resistir.info/ .

domingo, setembro 28, 2008

A DERROCADA DO CAPITALISMO US STYLE
Dívida total dos EUA em % do PIB. Mesmo que o plano salvamento dos US$700 mil milhões passe no Congresso dos EUA isso não significa o fim dos problemas. Quem diz isso não é nenhuma publicação da esquerda e sim a muita conservadora revista The Economist . A actual fúria de venda de activos, por parte das instituições financeiras, apenas agrava os seus problemas, forçando a venda de mais activos e assim por diante. Por sua vez, as dificuldades dos bancos de investimento dos EUA afectam os seus hedge funds – os quais dependem dos bancos comerciais. Por outro lado, a dívida total dos Estados Unidos já ultrapassa 300 por cento do PIB – um rácio muito superior ao máximo atingido durante a Grande Depressão (ver gráfico). Há ainda o perigo de um efeito "segunda volta" provocado por novos problemas na área financeira: as hipotecas são o problema actual, mas no próximo ano a preocupação poderá ser com cartões de crédito, financiamento de carros e dívida corporativa.


OS ADORADORES DO DEUS MERCADO
Os adoradores do deus mercado, os adeptos do neoliberalismo, os entusiastas do capitalismo high tech, os analistas económicos que debitam vulgaridades nos media "de referência", todos eles estão agora confrontados com uma realidade brutal: a ruína do capitalismo, pelo menos da forma em que o conhecemos. Estes últimos sete dias representaram uma viragem na história do capitalismo mundial (nacionalização de facto dos passivos da Fannie e do Freddie, falência do Lehman, salvamento da AIG, aumento gigantesco da dívida externa dos EUA, início do reflacionamento da economia estado-unidense).
Há que ser claro: o que o Federal Reserve e o Tesouro dos EUA querem salvar não é a economia dos Estados Unidos e sim os seus banqueiros. O plano em curso é para reflacionar os activos imobiliários a fim de minorar os desastrosos balanços dos bancos. Por isso aumentarão o endividamento da população daquele país. Ou seja, resolvem um problema de dívidas insolventes com a acumulação de ainda mais dívidas. Trata-se de uma neo-escravização através da dívida. A repartição do rendimento nacional dos EUA obviamente irá piorar.
A procissão ainda vai no adro. A crise sistémica do capitalismo está longe de acabada. As sequelas e repercussões pelo mundo afora têm desdobramentos que mal se podem adivinhar. O risco de o imperialismo empreender uma fuga para a frente através da guerra é enorme. Tudo isso num pano de fundo de uma realidade física inescapável: o mundo já atingiu o Pico Petrolífero, o que tem consequências fundas.
Resistir.info

Colapso financeiro:
O edifício financeiro do imperialismo corre o risco de desintegrar-se

por Raymond Lotta

Os acontecimentos dos últimos dez dias na Wall Street representam uma fase nova e mais desestabilizadora da comoção que agarra as instituições financeiras e os mercados nos EUA. Uma crise financeira que tem estado a desdobrar-se ao longo de mais de um ano. Ela já é agora a mais séria crise financeira do capitalismo estado-unidense desde a Grande Depressão da década de 1930. E de forma alguma contida ou sob controle.

O edifício financeiro do imperialismo americano está em perigo de desintegração. E a classe dominante dos EUA está a remendar medidas desesperadas para impedir o colapso generalizado.

Esta análise examina as erupções recentes na Wall Street em meados e fins de Setembro e as causas estruturais mais profundas da crise.

A Wall Street entra em pânico, os guardiões do capitalismo estado-unidense debatem-se

A) Uma semana de aprofundamento da crise financeira


Dois dos últimos dois bancos de investimento independentes na Wall Street deixaram de existir em meados de Setembro. Numa questão de horas, o Lehman Brothers entrou em bancarrota (a 15/Setembro), ao passo que o Merrill Lynch foi forçado à liquidação e a seguir absorvida pelo Bank of America. Isto segue-se à tomada de controle, promovida pelo governo em Abril, do Bear Stearns, outro banco de investimento gigante que estava encostado às cordas, pelo JPMorgan Chase.

Isto ocorreu apenas algumas semanas antes de o governo estado-unidense ter tomado os dois maiores e insolventes gigantes das finanças hipotecárias – a Fannie Mae e o Freddie Mac. Naquele momento, esta tomada fora apresentada como se proporcionasse uma muralha (firewall) contra futuras erupções financeiras. Mas isto demonstrou-se ser apenas um remendo de um buraco durante um terramoto. Na semana passada o governo teve de assumir o comando do American International Group (AIG), a gigantesca firma de seguros financeiros.

A AIG tem mais de um milhão de milhões (trillion) de activos. Elas ganhou lucros enormes ao fazer seguros de investimentos apoiados por hipotecas que circulavam no sistema financeiro os quais eram possuídos por outros bancos. Mas isto resultou num desastre. Aqui está algo do que aconteceu:

Através da fraude e do marketing agressivo, os bancos venderam hipotecas às pessoas. O Federal Reserve Bank bombeou fundos a baixo custo para dentro do sistema bancário a fim de impulsionar empréstimos hipotecários. Estes empréstimos foram então juntados em maiores grupos de empréstimos pelos bancos de investimento (como a Lehman Brothers) e transformados em produtos financeiros que eram vendidos nos mercados financeiros. Verificou-se toda espécie de concessão de empréstimos tendo estes empréstimos originais como colateral. Mas quando os preços da habitação caíram, e as hipotecas não podiam ser pagas, grandes parte deste colateral tornou-se sem valor.

A AIG estava a segurar grande parte destas concessões de empréstimos contra o risco de perda. Mas quando as perdas subiram astronomicamente, a AIG não podia cobrir os custos do apoio a esta dívida nem tomar emprestados fundos nos mercados financeiros a fim de manter-se a flutuar.

Os mercados financeiros basicamente perderam a confiança, e os activos da AIG caíram de valor. A AIG estava em perigo de colapso. Mas se a AIG estava assim, era grande a probabilidade de que arrastasse outras instituições financeiras consigo. Isto forçou a mão do governo.

Normalmente, as chamadas dívidas podres são comercializadas a preços de saldo. Durante a tempestade financeira de meados de Setembro, não só não havia tomadores para a dívida como também demonstrou-se ser impossível para os mercados financeiros estabelecerem qualquer espécie de valor sobre esta dívida.

Como o ritmo da crise financeira tornava-se mais frenético durante a semana de 15 de Setembro, a classe dominante dos EUA estava confrontada com um perigo duplo: perdas adicionais e em cadeia e bancarrotas no sector financeiro; e o possível sufocamento dos canais de concessão de empréstimos, o que poderia remeter a economia como um todo para uma rápida espiral de declínio.

A 19 de Setembro, o governo dos EUA anunciou o que provavelmente se verificará ser a maior operação de salvamento da história do país. Seu custo inicial é de US$700 mil milhões, e isto acumula-se com os US$200 mil milhões destinados a escorar o Freddie Mac e a Fannie Mae e ainda os US$85 mil milhões para salvar a AIG.

B) Dimensões internacionais

Isto é uma crise financeira e de crédito contínua. Ela está a ampliar-se internacionalmente com estouros de instabilidade. Com o turbilhão da semana passada nos mercados dos EUA o mercado de acções russo afundou e encerrou durante dois dias. Em outras partes do mundo, aumenta a preocupação sobre se empréstimos baseados no dólar em mercados globais continuariam na escala necessária para sustentar operações diárias de negócios. Em resposta, os bancos centrais da Alemanha, Japão, Inglaterra, Canadá e Suíça bombearam uns US$185 mil milhões para dentro dos mercados financeiros.

E a ansiedade dos investidores está a crescer no Extremo Oriente. A China, o Japão e a Coreia do Sul, por exemplo, contam com os EUA como mercado principal para as exportações.

Uma das características mais significativas do crescimento e expansão mundial ao longo da última década tem sido o aprofundamento da integração da economia do mundo capitalista. Isto está a acontecer tanto ao nível da produção e do comércio — como as peças que constituem um automóvel produzidas em diferentes fábricas no mundo todo. E isto está a acontecer ao nível das finanças — em que os bancos estão mais globalmente e estreitamente interligados uns com os outros através de cadeia de tomadas e concessões de empréstimos e mesmo, como no caso da AIG, de seguros dos riscos das tomadas e concessões.

A operação de resgate anunciada pelo governo dos EUA foi provocada, por um lado, pela necessidade de estancar a hemorragia do sistema financeiro estado-unidense; e, por outro lado, pela necessidade de restaurar confiança internacional na economia dos EUA.

24/Setembro/2008
O original encontra-se em http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=10331

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

terça-feira, setembro 23, 2008

Pechisbeques???


Teixeira dos Santos brinda-nos com a teoria de que estamos bem e o nosso problema é a crise externa.
Se a solução é continuar a sustentar a crise com o sacrifício dos portugueses, essa política vai ter um limite.
A ruptura financeira e a perda de qualidade de vida irá criar outras fracturas na sociedade.
A segurança social será a maior vítima, a segurança, a saúde e a educação estão ameaçadas. Sócrates terá que pensar em melhores exercícios de ilusionismo para continuar a pintar um país cor-de-rosa onde "vende gato por lebre" como fez recentemente com a apelidada criação dos 1200 postos de trabalho no Call Center da PT.
O tribunal de contas diz que tivemos 800 milhões de euros em despesa pública ilegal em 2007, a que Teixeira dos Santos chamou de ninharias.
O estado por não cobrar à Banca o I.R.C. que cobra às empresas perde 700 milhões de euros ano.
Afinal verifica-se que a crise não é só externa, por cá também temos uma crise ..... das contas!!!
E os portugueses devem começar a exigir boas contas para que não continuem a ser as grandes vítimas das políticas que têm atirado com o país para a cauda da Europa.
Mas serão mesmo ninharias?
É que o mesmo discurso já ouvimos à dama Ferreira Leite, quando era governante!!!
Não lhe chamou ninharias, apelidou-as de pechisbeques!!!
Diferenças???
Quais???
Cromos de Portugal

sábado, julho 12, 2008

Crise imobiliária nos EUA volta a abalar as bolsas

Em Wall Street, os analistas esperam que o governo venha salvar as empresas em risco de falir. Foto Juan_m/Flickr

Esta sexta-feira foi especialmente turbulenta para as bolsas mundiais. A crise do mercado imobiliário abateu-se sobre as duas maiores instituições financiadoras de hipotecas nos EUA, cujas acções perderam mais de um quarto do valor da véspera. Enquanto o petróleo subia aos 147 dólares, as bolsas registavam fortes perdas em todo o mundo, aproximando-se dos valores mínimos de há três anos.

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Esquerda.net