terça-feira, julho 13, 2010

Jornada europeia de protesto a 29 de Setembro

O Partido da Esquerda Europeia promove jornada de protesto em defesa do salário e do emprego a que o Bloco de Esquerda se associa. A CES lançou inicialmente a ideia de uma greve europeia e em vários países estão já marcadas diversas jornadas de luta.
Manifestação europeia realizada em Bruxelas a 15 de Maio de 2009 -
 Foto da Photothèque du mouvement social
Manifestação europeia realizada em Bruxelas a 15 de Maio de 2009 - Foto da Photothèque du mouvement social
Francisco Louçã disse nesta segunda feira à agência Lusa, que o Partido da Esquerda Europeia (PEE) vai promover a 29 de Setembro uma jornada de protesto “em defesa da Segurança Social, do emprego e contra o ataque aos salários”. Francisco Louçã participou na conferência de presidentes do PEE que se realizou em Bruxelas e salientou à Lusa:
“O que resulta desta reunião é transformar essa jornada numa greve que, à escala europeia, possa ser uma resposta consistente da população contra o assalto que é uma austeridade gananciosa contra os salários, que aumenta o desemprego e agora quer levar uma parte dos fundos da Segurança Social”.
Francisco Louçã acrescentou que o Bloco de Esquerda se associa ao protesto, mas cabe aos sindicatos portugueses avançar ou não com iniciativas, sublinhando que foi a Confederação Europeia de Sindicatos (CES) a lançar o apelo e referindo que está marcada “uma greve geral em Espanha, uma jornada sindical com greves em França e na Grécia também”.
O coordenador da comissão política do Bloco referiu ainda à Lusa que na reunião do PEE foi aprovada “uma plataforma de medidas sobre o sistema financeiro”, na qual se inclui “a obrigação de terminar as transferências para offshores, a proibição da venda de ações que não são detidas por quem as vende, a proibição dos seguros especulativos contra a dívida pública, os ‘credit default swaps’ (CDS) ou a proibição do crédito aos fundos de investimento de risco”.
Francisco Louçã salientou por fim que o PEE defende a criação de uma agência de notação europeia e o reforço da regulação dos mercados, destacando que “o próprio Conselho Europeu já foi forçado a admitir que seria útil, mas nunca toma no entanto qualquer decisão prática, uma agência europeia interviria para dizer a verdade sobre os activos financeiros e não estaria ao serviço da manipulação especulativa, como é a Moody’s, a Fitch ou a Standard & Poor’s”.
“Os países devem deixar de depender destes corsários do mercado e devem, pelo contrário, dizer a verdade sobre os mercados financeiros (…) dizer a verdade é a forma de combater a especulação”, concluiu o coordenador da comissão política do Bloco.
Esquerda.net

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