“Este PEC tem de ser rejeitado”
No último dia das Jornadas Parlamentares, José Manuel Pureza apresentou o Projecto de Resolução do Bloco que rejeita a proposta do Governo para um novo PEC, defendendo uma estratégia que passa por uma reforma fiscal e pela criação de emprego.
Este sábado, dia 19, dezenas de milhares de pessoas desfilaram na Av. da Liberdade, na manifestação organizada pela CGTP, rejeitando o PEC 4. Foto Paulete Matos.
O líder parlamentar do Bloco, José Manuel Pureza, no encerramento das Jornadas Parlamentares em Santarém, referiu a necessidade de rejeição deste novo PEC, afirmando que se trata de “uma política de apodrecimento do País”.
Pureza criticou as medidas de austeridade propostas pelo Governo, contrapondo com as propostas do Bloco para a actualização das pensões mínimas, a criação de emprego, a eliminação de empresas municipais e de Governos Civis, o fim do programa de privatizações proposto pelo Governo, uma nova reforma fiscal e o fim das despesas desnecessárias que, segundo as contas apresentadas pelo deputado bloquista, “permitiriam uma poupança de 1300 milhões de Euros, mais que o próprio PEC prevê”.
“Não é preciso um carimbo oficial do FMI para que se possa dizer que o país já é governado por procuração do exterior”, declarou José Manuel Pureza, e acrescentou: “PEC I, PEC II, PEC III que foi o OE, agora PEC IV – a cada PEC que sucede aos anteriores, há um FMI a prestações que vai sendo imposto ao país”.
Segundo o seu líder parlamentar, o Bloco rejeita o PEC porque “enquanto o Governo finge poupar com o embaratecimento dos despedimentos, o Bloco propõe o congelamento de todos os pagamentos em excesso sobre os contratos das PPP (229 milhões em 2011) e a anulação das novas PPP em fase de desenvolvimento”.
1 comentários:
Rejeitar este PEC é dar por adquirido a aceitação dos PECs anteriores, quando foram uma afronta aos direitos dos trabalhadores, desde há muito tempo adquiridos pelas lutas que travaram contra o capital. Este recuo assumido revela a hipocrisia sempre patente na prática do BE de que o aval dado à "ajuda grega" e a intervenção militar na Líbia são provas inegáveis. Até parece que a direita diz mata e a esquerda bloquista, depois de fazer birra, diz esfola...
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