domingo, novembro 13, 2011

Função pública: trabalhadores protestam contra cortes salariais

Este sábado, os funcionários da função pública saíram à rua para protestar contra os cortes salariais, incluindo a extinção do 13º e 14º mês, e as novas regras para a mobilidade especial. No dia 24 de Novembro, estes trabalhadores irão aderir à greve geral.
Foto de Miguel A. Lopes, Lusa.
Foto de Miguel A. Lopes, Lusa.

A iniciativa, convocada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (CGTP), a Frente Sindical da Administração Pública (UGT) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, estava agendada para as 15h no Marquês de Pombal, sendo que os manifestantes, oriundos de várias partes do país, se dirigiram, posteriormente, para os Restauradores.
No início do desfile, a coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila, lembrou que os trabalhadores só reivindicam o que é seu “por direito", sendo que o coordenador da Frente Sindical da Administração Pública, Nobre dos Santos, já havia afirmado à Agência Lusa que esta manifestação "tem como objetivo mostrar ao governo a indignação dos trabalhadores da administração pública contra os cortes salariais que vão ser mantidos e os cortes dos subsídios de férias e de Natal nos próximos dois anos".
Munidos de bandeiras, pancartas, faixas, bombos, tachos e altifalantes, os milhares de trabalhadores da função pública marcharam, ao som do “Eles comem tudo e não deixam nada", de Zeca Afonso, contra o congelamento salarial de 2010, o corte médio de 5% deste ano, os cortes dos subsídios de férias e de Natal, a colocação de trabalhadores em mobilidade especial e as regras de aposentação.
Nos cartazes liam-se frases como “Juventude diz não à exploração”, “Queremos trabalho com direitos”, "Quem não manda aqui é o FMI" e “Contra a ofensiva do Governo”.
Manifestação de militares
Paralelamente à manifestação da Função Pública, cerca de 10 mil militares, segundo dados divulgados pela organização do protesto, dirigiram-se em silêncio, a partir do Rossio, para o Ministério das Finanças.
Os cartazes empunhados pelos militares exibiam palavras de ordem como "não à destruição da saúde e da condição militar", "redução de efectivos + congelamento = desarticulação das Forças Armadas" ou "Amnistia aos militares castigados por delito e opinião".
Esquerda.net

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