terça-feira, junho 18, 2013

Greve às avaliações prossegue hoje com adesão a manter os níveis elevados

Os professores estão em greve ao serviço de avaliações a até ontem mantiveram o elevadíssimo nível de adesão que se verifica desde o dia 7, com 95% das reuniões não realizadas. Pelas informações que, ao longo da manhã, começaram a chegar à FENPROF, o nível de adesão a esta greve mantém se na ordem do verificado nos dias anteriores, o que reforça toda a luta que teve expressões igualmente elevadíssimas nos dias 15 e 17, com a forte participação dos docentes, respetivamente, na Manifestação Nacional e na Greve Geral dos Professores.
Entretanto, iniciou-se hoje, em todo o país, a auscultação dos professores com vista ao prosseguimento da luta. As reuniões de escola e/ou a consulta promovida pelo delegados sindicais culminarão com a realização, no dia 20, de plenários em todas as capitais de distrito, de acordo com informação que poderá ser consultada em www.fenprof.pt.
Dia 21, de manhã, reunirá o Secretariado Nacional da FENPROF e à tarde dirigentes desta Federação juntar-se-ão aos das demais organizações sindicais para, em conjunto, decidirem em relação ao futuro próximo da luta em curso.

GREVE DE DIA 17 FOI DAS MAIORES DE SEMPRE
 
E IMPÕE AO MEC UM PEDIDO DE DESCULPAS AOS ESTUDANTES E ÀS FAMÍLIAS
Confirmados os números, a FENPROF mantém a informação ontem divulgada: a Greve Geral dos Professores teve uma adesão superior a 90%, sendo essa a “leitura” que o MEC recusa fazer, refugiando-se nos 70% de alunos que fizeram exame e desvalorizando o facto de cerca de 20.000 não terem conseguido fazer. O que deverá merecer a atenção do MEC é que houve escolas onde, apesar de a realização de exames ter sido assegurada, a adesão atingiu os 95%. De salientar também que a greve não teve apenas expressão nas escolas públicas. Devido às pressões que os patrões dos colégios exercem sobre os professores que neles exercem atividade, por exemplo, no Colégio D. João V, do Louriçal (Pombal), sede social do grupo GPS, a adesão dos docentes atingiu os 60%, o que é verdadeiramente notável.
Ou seja, para os professores o mais importante foi mesmo protestar contra as políticas educativas e as medidas que o MEC pretende impor e não impedir os alunos de fazerem exame. Pelo facto de ser o único responsável pela quebra de equidade entre os estudantes (resultado da sua teimosia em não adiar o exame, na sequência da sugestão do colégio arbitral, acompanhada por quase toda a comunidade educativa), deverá o MEC, agora, encontrar uma solução que seja adequada, mas, antes de qualquer outra decisão, deverá pedir desculpa aos estudantes e suas famílias pelas consequências muito negativas da sua intransigência

HAVERÁ NOVA REUNIÃO NO MEC, MAS SÓ NO DIA 24
Entretanto, já hoje de manhã, a FENPROF recebeu informação do MEC de que haverá reunião de negociação suplementar sobre as mobilidades interna e especial no próximo dia 24, segunda-feira. Desconhece-se ainda a hora. Na resposta ao mail do MEC em que a FENPROF informa da sua disponibilidade para participar, é reiterado o pedido de envio, pelo Ministério, de cópia da gravação áudio da reunião realizada em 14 de junho, sexta-feira passada. Até este momento, sobre esse pedido, não houve qualquer resposta dos responsáveis do MEC.

FENPROF ENTREGA HOJE PRÉ-AVISO DE GREVE
PARA 27 DE JUNHO – GREVE GERAL
A FENPROF enviará hoje à tarde, ao MEC, o Pré-Aviso de greve para que, dia 27, os professores, educadores e investigadores se juntem à luta de todos os trabalhadores que são vítimas das políticas que estão a ser impostas pelo governo. Esta Greve Geral é muito importante, também para os professores, pelas razões que levaram as Confederações Sindicais, em convergência, a convocá-la, pelo facto de a troika estar em vias de regressar ao nosso país para continuar a ingerir na vida dos portugueses, pondo em causa a sua soberania, acrescendo agora o facto de, apenas 3 dias antes, haver reunião no MEC para discutir mobilidades e horário de trabalho.
O Secretariado Nacional da FENPROF
18/06/2013 

0 comentários: