sábado, agosto 22, 2009

“PS e PSD não são de confiança, o Bloco é a alternativa” PDF Imprimir e-mail

Cecília Honório e Ana Drago marcaram presença me mais um comício do Bloco. Foto de Paulete Matos"Não confiamos mais nestes senhores do PS e também não esquecemos o que fez o PSD", avisou Ana Drago, em mais um comício do Bloco de Esquerda, que juntou algumas centenas de pessoas em Manta Rota, concelho de Vila Real de Santo António. Francisco Louçã, Cecília Honório, e o candidato à autarquia local, Tomás Ribeiro, foram os outros oradores, todos afirmando o Bloco como a alternativa para responder à crise. Vê as fotos do comício.

A Praceta da Manta Rota, junto à praia, acolheu mais um participado comício do Bloco, desta feita precedido de um interessante momento musical protagonizado por Sofia Grácio, que a solo e ao piano reinventou alguns êxitos pop.

Quanto aos discursos, Ana Drago, deputada e candidata do Bloco à Assembleia da República, mencionou a medida anunciada por Sócrates de atribuir duzentos euros pelo nascimento de cada criança. "Uma medida ridícula que não resolve nada. Para quantos anos de manuais escolares dá?" interrogou a deputada, sublinhando que este ano o preço dos livros escolares aumentou quatro vezes mais do que a inflacção. "Uma família que ganhe 700 euros e tenha dois filhos sabe que Setembro é o seu pior mês", acrescentou Ana Drago, que revelou a proposta do Bloco: "o Estado deve garantir os manuais escolares a todas as crianças através de uma bolsa de empréstimos, passando os livros que estivem em bom estado para os próximos alunos".

Mas "este governo não ajuda quem precisa", pelo contrário, "promove o desemprego, a precariedade" e até "fez uma reforma da segurança social que daqui a 20 anos vai reduzir as pensões para metade" acusou Ana Drago, para concluir sobre o PS: "Não confiamos mais nestes senhores".

Se em Sócrates não se pode confiar, o mesmo se pode dizer de Manuela Ferreira Leite. "Não apresentou programa e queixa-se que Sócrates lhe anda a copiar as ideias. Pois nós bem sabemos que sim, que Sócrates imita a Direita. Ferreira Leite já lá esteve no governo e durante o tempo em que foi ministra das finanças, o país confrontou-se com 200 mil novos desempregados. Não nos esquecemos!", exclamou a deputada, concluindo que "o Bloco é a alternativa de confiança para responder à crise".

"O poder local não pode ser uma feira de vaidades"

Ainda antes de Ana Drago, a primeira intervenção do comício coube a Tomás Ribeiro, candidato do Bloco à Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, que afirmou o seu compromisso com a defesa dos mais desfavorecidos e o investimento na saúde, na educação e na habitação para todos. Tomás Ribeiro frisou também que o poder local "não pode ser uma feira de vaidades", garantindo que do dicionário do Bloco não fazem parte as palavras "compadrio, especulação e corrupção".

Cecília Honório, cabeça de lista às eleições legislativas pelo distrito de Faro, frisou que o Algarve se transformou numa "auto-estrada da especulação imobiliária". E acrescentou que "o que se passa na hotelaria é o regresso ao século XIX" referindo-se à exploração, ao medo e à precariedade extrema dos trabalhadores deste sector, "tudo por trás do belo postal turístico da região".

A finalizar o comício, Francisco Louçã, criticou José Sócrates e Manuela Ferreira Leite por terem "medo do debate" dado que "quererem o mínimo debate possível" sobre os problemas do país. "José Sócrates diz que só aceita debates a dois com Ferreira Leite. Claro está: quer o debate mais fácil, recusa discutir olhos nos olhos com quem confronta o desemprego, a especulação e a crise. O Bloco de Esquerda quer debater com todos olhos nos olhos" garantiu Louçã.

Os banqueiros voltaram a ser o alvo mais atacado por Louçã: "em tempo de crise aumentam os spreads bancários, absorvendo as poupanças das pessoas para pagarem a si próprios o que perderam no casino da especulação". E rematou: "O país tem mais de 500 mil desempregados mas os bancos lucram 6 milhões de euros por dia, e os seus donos, com o rei na barriga, aumentam como querem os seus prémios, mordomias e benesses."

Esquerda.net

2 comentários:

O Perdigueiro de Portimão disse...

SR. João Vasconcelos, o comicio em Portimão foi uma vergonha ..... não conseguem arranjar mais do que as 59 pessoas que estavam sentadas ? nem mesmo com a coligação com a Solução foi possível efectuar melhor ?

Anónimo disse...

Uma vergonha? Uma vergonha é o sr. esconder-se por trás de um anonimato cobarde. 59 pessoas? E não viu quantas estavam de pé? Será que é cego? Seguramente estavam 400 ou 500 pessoas de pé para a sua raiva e indignação.
Quanto à Solução? Muito bem, fomos os únicos a ter estes amigos connosco - isto significa juntar forças! E ainda não viu nada! Agora é que vai ser a doer e doa a quem doer e ao sr. já dói. Ainda bem.
J. Vasconcelos