domingo, março 25, 2012

De 1962 a 2012: contra a violência policial

Cerca de 400 pessoas, reunidas este sábado nos cinquenta anos do início em Lisboa da Crise Académica de 62, aprovaram por aclamação uma moção de repúdio pelos atos de violência policial de quinta-feira passada.
Repressão na crise académica de 62 e durante a greve geral de dia 22 de março.
Protagonistas da crise académica de 1962, reunidos este sábado na comemoração dos cinquenta anos do início em Lisboa daquela jornada histórica, aprovaram uma moção de repúdio pelos atos de violência policial de quinta-feira, durante a greve geral, e enviaram um protesto aos principais órgãos de soberania. A moção foi aprovada, por aclamação, por mais de 400 pessoas, na cantina da Cidade Universitária, em Lisboa.
Abaixo, o texto da moção, na íntegra:
MOÇÃO
Há 50 anos, a indignação perante uma carga policial sobre estudantes que pretendiam comemorar o Dia do Estudante deu origem ao luto académico que hoje aqui evocamos.
Há dois dias, vimos nas televisões as imagens de polícias carregando de novo sobre jovens, com uma violência desmedida e desproporcionada. Mais vimos o espancamento de jornalistas, pondo em risco a isenta cobertura da carga policial.
Os jovens de 1962 não podem tolerar em democracia o que repudiavam em ditadura. Assim, os participantes na Crise Académica de 1962, reunidos na Cantina da Cidade Universitária em 24 de Março de 2012, decidem:
- Manifestar o seu repúdio pelos actos de violência policial verificados em Lisboa e no Porto a 22 de Março de 2012;
- Dar conhecimento desse repúdio a Suas Excelências o Presidente da República, a Presidente da Assembleia da República, o Primeiro-Ministro; o Ministro da Administração Interna, o Inspector-Geral da Administração Interno e o Sr. Provedor de Justiça, assim como aos órgãos de Comunicação Social.
Cantina da Cidade Universitária
24 de Março de 2012

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