Comissão de Utentes da Via do Infante responsabiliza Governo pelo aumento de mortes na EN125
«O Algarve está em estado de guerra, com feridos e mortes todos os dias na EN125 devido às portagens, que estão a deixar a região numa situação de calamidade e catástrofe», afirmou o dirigente da Comissão de Utentes.
João Vasconcelos explicou que a colocação do memorial à idosa que morreu na semana passada junto ao apeadeiro ferroviário da Porta Nova, em Tavira, integra um conjunto de acções, já realizadas e por realizar pela estrutura em todo o traçado da estrada nacional que liga Sagres a Vila Real de Santo António.
O objectivo é, segundo o dirigente da Comissão, «assinalar as vítimas provocadas pelo Governo e pela sua decisão de portajar» a Via do Infante.
«Cada vez há mais acidentes. Só neste local houve já três, estamos num estado de guerra declarado e o Governo e presidente da República são os principais responsáveis», reiterou.
João Vasconcelos desafiou mais uma vez ao Governo para divulgar o estudo que encomendou sobre o impacto económico que a introdução de portagens na A22 teve para o Algarve.
«A medida está a matar o Algarve e a economia da região. E a Comissão de Utentes vai continuar as suas acções e a sua luta até que o Governo suspenda as portagens», acrescentou.
João Vasconcelos sublinhou que o mês de Agosto está cada vez mais próximo, que «já se provou que a EN125 não é alternativa» à A22 e, «com o triplicar da população que vai estar na região», as mortes vão ainda aumentar mais na Estrada Nacional.
«Apelamos ao Governo para que pense e suspenda as portagens antes que o mês de Agosto chegue», disse o dirigente da Comissão de Utentes da Via do Infante.
A A22 é uma das antigas auto-estradas Sem Custos para o Utilizador (SCUT) que o Governo decidiu portajar a partir de 8 de Dezembro passado.
Lusa / SOL
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