sexta-feira, abril 19, 2013

João Semedo insta Passos Coelho: "Pare de tomar os portugueses por tolos"

O coordenador do Bloco de Esquerda instou o primeiro-ministro para que “deixe de responsabilizar o Tribunal Constitucional por todos os problemas que foram criados apenas e com a exclusiva responsabilidade do seu Governo". João Semedo questionou também quanto é o valor de corte que o Governo quer fazer no próximo orçamento retificativo, mas Passos Coelho não respondeu.
João Semedo disse a Passos Coelho: “deixe de responsabilizar o Tribunal Constitucional por todos os problemas que foram criados apenas e com a exclusiva responsabilidade do seu Governo"
"Pare de fazer de todos nós parvos, pare de tomar os portugueses por tolos, deixe de responsabilizar o Tribunal Constitucional (TC) por todos os problemas que foram criados apenas e com a exclusiva responsabilidade do seu Governo", instou João Semedo no início do debate com Passos Coelho.
O deputado do Bloco lembrou que Passos Coelho “anda a falar desde o verão de 2012 nos cortes estruturais de 4.000 milhões de euros”, que a sétima avaliação da troika “está por concluir há 55 dias”, que “entre o início dessa avaliação e o acórdão do Tribunal Constitucional passaram 40 dias”, questionando-o: “Quer que algum português possa acreditar que a situação se deve ao acórdão do Tribunal Constitucional?”
João Semedo questionou se o valor que o Governo decidiu cortar na despesa para o próximo Orçamento Retificativo é superior a 800 milhões de euros. O primeiro-ministro, como costuma acontecer, não respondeu.
O coordenador do Bloco questionou ainda Passos Coelho sobre os apelos ao consenso político. Semedo lembrou que na última conferência de imprensa do Governo, o novo ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional pediu 12 vezes consenso, frisou que “tanto apelo ao consenso tem água no bico” e perguntou a Passos Coelho se o "Consenso é imposto pela troika para um segundo resgate". O coordenador lembrou então que a dívida pública continua a subir imenso e está atualmente em 126% do PIB, quando a primeira previsão governamental tinha sido de que em 2013 a dívida seria de 114,9% do PIB, e considerou que a continuação da nefasta política do Governo vai tornar inevitável um segundo resgate.
Esquerda.net

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