domingo, agosto 31, 2014

“Por uma Europa dos povos e dos direitos sociais, contra a que aniquila o Estado social”

No Fórum Socialismo 2014, Marisa Matias salientou que os casos da Grécia e de Espanha, dão “esperança” numa “Europa que volte a ser a Europa dos povos e dos direitos sociais. Miguel Urban, do partido espanhol Podemos, afirmou que “não democratizar a Europa” será “o pior” que se pode “fazer aos povos europeus e o melhor aliado” para a extrema-direita. Notícia em atualização
Sessão sobre o tema “Há Esperança para a Europa?” no Fórum Socialismo 2014, em que participaram Miguel Urban dirigente do partido espanhol Podemos, Georgios Katrougalis eurodeputado eleito pelo partido grego Syriza, Luís Fazenda e Marisa Matias - Fotos de Paulete Matos
Neste sábado, realizou-se uma sessão sobre o tema “Há Esperança para a Europa?” no Fórum Socialismo 2014, em que participaram Miguel Urban dirigente do partido espanhol Podemos, Georgios Katrougalis eurodeputado eleito pelo partido grego Syriza, Luís Fazenda e Marisa Matias.
No final da sessão, a agência Lusa falou com o representante do Podemos.
“É preciso democratizar o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia e o monstro burocrático que é o Parlamento Europeu”, defendeu Miguel Urban, salientando que “não democratizar a Europa” será “o pior favor” que se pode “fazer aos povos europeus e o melhor aliado para que continuem a crescer as opções de extrema-direita” a nível europeu.
Miguel Urban afirmou ainda: “Não somos eurocéticos, queremos mais Europa, mas uma Europa diferente, mais democrática e solidária”, porque a atual “não serve o povo espanhol, nem o conjunto dos povos do sul europeu”.
Segundo a Lusa, Georgios Katrougalis, afirmou: “Pela Europa fora, vemos uma instabilidade geral dos sistemas políticos, que é expressa, quer pelo aumento de votos nos partidos de extrema-direita, como em França, quer pelos votos em partidos de esquerda como o Syriza”.
O eurodeputado do Syriza defendeu que a opção pela esquerda é a que “dá esperança para a construção de uma Europa diferente, porque a essência de uma nova política europeia deve ser baseada na solidariedade e não no ódio, como acontece com os partidos de extrema-direita”.
Georgios Katrougalis considerou que são necessários “governos que implementem políticas diferentes” e afirmou que, com o Syriza a ter “a forte possibilidade de poder ser o próximo governo, em breve”, a Grécia pode vir a funcionar como “catalisador” para “espoletar um efeito dominó noutros países europeus”.
Segundo a Lusa, a eurodeputada Marisa Matias considerou que os casos da Grécia e de Espanha, assim como de Itália “que voltou a eleger deputados de esquerda”, dão “esperança” numa “Europa que volte a ser a Europa dos povos e dos direitos sociais, não a Europa que aniquila o Estado social”.
Esquerda.net

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