segunda-feira, dezembro 29, 2014

Catarina Martins: "2015 é um ano com novas esperanças"

A porta-voz nacional do Bloco considerou esta segunda-feira que “as políticas de austeridade” serviram para “dar mais a quem já tem quase tudo” e que o Governo está “em final de prazo”, estando por isso na “na hora de mudar de vida”. Catarina Martins referiu-se ainda ao Podemos e ao Syriza como sinais de "esperança" e "de desobediência de quem rejeita a chantagem da dívida e a austeridade que destroem a democracia".
"Bloco de Esquerda é a força dessa desobediência que afronta os poderosos" e que "responde pelos de baixo".
“Chegámos ao final do ano de 2014, quem não se lembra? Era uma meta, um número mágico, o ano do final da troika e dos sacrifícios. Depois da cura da austeridade, o país no bom caminho. Bem, já cá estamos, já acabou. E, como está o país? Uma em cada três crianças vive em situação de pobreza, há mais desemprego, mais emigração e mais dívida do que antes da chegada da troika”, criticou a porta-voz nacional do Bloco numa mensagem vídeo publicada esta segunda-feira no esquerda.net.
Em tom de balanço referiu que as políticas de austeridade, seguidas pelo Governo PSD/CDS, foram uma “forma de redistribuição da riqueza”, mas “para dar mais a quem já tem quase tudo”. Por isso, concluiu Catarina Martins, “está na hora de mudar de vida”.
“Entramos em 2015 com um Governo em final de prazo”
A dirigente bloquista asseverou que o novo ano arranca “com um Governo em final de prazo” e, apesar do “colapso nos tribunais, nas escolas e demissões”, “Passos Coelho e Paulo Portas insistem em levar o mandato até ao fim por muito que o povo rejeite o Governo”, que só se mantém por ser “apoiado por Angela Merkel, pela União Europeia, pelos grandes bancos que criaram a crise em que nos encontramos”.
Mas, se “2015 é o ano em que Passos Coelho ameaça arrastar-se até ao outono, é também um ano com novas esperanças”. “Não falo das novas promessas do Partido Socialista que são tão velhas como o seu compromisso com os grandes interesses económicos, que sempre beneficiou e protegeu, e que nos trouxeram até aqui”. “Não há nenhuma esperança nos partidos do centrão”, deixou claro a também deputada bloquista.
“Falo sim do trabalho sério e consistente que foi feito sobre a alternativa à austeridade: a reestruturação da dívida. Há três anos poucos afirmavam a necessidade da reestruturação da dívida, hoje mais vozes se juntam, a proposta ganhou densidade e é hoje a proposta política consistente de saída para a crise. Invés de austeridade, reestruturação da dívida do nosso país: há alternativa”.
Syriza e Podemos são sinais de esperança e desobediência
“Falo da esperança que vem da Europa como da Grécia, onde em 2015 teremos eleições e o Syriza - o partido da esquerda radical - pode ganhar. E de Espanha, onde há uma alternativa política ao centro que cresce, o terramoto que nos diz que Podemos. Estes sinais de esperança são sinais de desobediência de quem rejeita a chantagem da dívida e a austeridade que destroem a democracia”, salientou Catarina Martins.
“Em Portugal, o Bloco de Esquerda é a força dessa desobediência que afronta os poderosos” e que “responde pelos de baixo”.
Esquerda.net


0 comentários: