segunda-feira, maio 02, 2011

CGTP anuncia manifestações contra ingerência do FMI

No final do desfile deste 1º de Maio, Carvalho da Silva apela à participação nos protestos marcados para Lisboa e Porto no dia 19, para mostrar que “o país tem alternativas”. Desfile do Mayday foi encabeçado por faixa que dizia: “O FMI fora daqui”.

CGTP anunciou no final do desfile deste 1º de Maio a realização de duas manifestações no próximo dia 19. Foto de Paulete Matos

A CGTP anunciou no final do desfile deste 1º de Maio a realização de duas manifestações no próximo dia 19, em Lisboa e no Porto, contra “a ingerência da UE e do FMI”.
Manuel Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, anunciou na Alameda, em Lisboa, as duas manifestações contra as medidas que venham a ser impostas pela ‘troika’ que está a preparar o plano de resgate ao país.
“É por estas exigências, e contra as medidas que nos querem impor, que convocamos os trabalhadores e as trabalhadoras, os jovens, os pensionistas e reformados para uma ampla participação nas duas grandes manifestações que vão ter lugar no dia 19 de Maio”, disse o dirigente da central sindical, que apelou a uma grande participação nestes protestos, para mostrar que “o país tem alternativas”.
No seu discurso, Carvalho da Silva denunciou ainda os grupos Jerónimo Martins e Sonae, que forçaram os trabalhadores dos supermercados Pingo Doce e Continente a trabalhar neste feriado, só para romper uma tradição histórica dos trabalhadores.
Milhares de manifestantes desfilam debaixo de chuva na Avenida Almirante Reis em direcção à Alameda, em Lisboa, ao som de palavras de ordem como “Não queremos aqui o FMI” ou “Maio está na rua, a luta continua”.
O desfile do Mayday, que reuniu jovens precários, intermitentes do espectáculo e imigrantes, entre outros, juntou cerca de mil pessoas que se concentraram no Largo Camões e desfilaram até ao Martim Moniz, atrás de uma faixa que dizia: “O FMI fora daqui”, juntando-se então à manifestação da CGTP.

1 comentários:

ClassecontraClasse ! disse...

Era preciso saber quais são essas "politicas alternativas" porque as últimas apresentadas por C.da Silva,em nome da CGTP limitava-se a pedir ao FMI, "um programa diferênte daquele que foi aplicado noutros países,ou seja; O alargamento do prazo para a redução do défice até 2016 e o crescimento económico a taxas de juro razoáveis para se EVITAR CONVULSÔES SOCIAIS." Ou então aquelas que conjuntamente com o BE e PCP defendem a "renegociação" ou "reestruturação" da divida,que seja qual for o resultado desta negociação a haver, será sempre o povo trabalhador a pagar. Ou ainda o "crescimento económico" que a ser feito será sempre em bases económicas capitalistas,que agravarão a exploração e o sofrimento social sobre o proletariado e sobre todas as camadas pobres da população trabalhadora não assalariada.

Assim esperamos que as manifestações convocadas para dia 19, não sejam para exigir estas alternativas, mas outras que sejam do interesse dos trabalhadores.

"classecontraclasse.blogspot.com"

ClassecontraClasse!