quinta-feira, março 19, 2015

Um Coelho acossado em solo algarvio!

O chefe do governo de traição nacional Passos Coelho esteve esta 4ª feira numa sessão comemorativa dos 45 anos da Região de Turismo do Algarve, que ocorreu num hotel na zona de Vale de Lobo. À sua espera tinha uma recepção composta por várias dezenas de elementos do povo decididos a estragar-lhe a festa e o passeio turístico.


Manifestavam-se contra a decisão do governo persistir na imposição de portagens na Via do Infante e ter chancelado os despejos e demolições de habitações nas ilhas-barreira da Ria Formosa. Vieram exigir a execução das há muito prometidas obras de reparação e alargamento da EN 125 e empunhavam cartazes e gritavam palavras de ordem contra as políticas terroristas e fascistas do governo, exigindo a sua imediata demissão.
Mais preocupado em levar a cabo a pré-campanha eleitoral que salve os partidos da coligação governamental – PSD e CDS – e o seu tutor Cavaco de uma estrondosa derrota, ou que diminua o seu impacto, Coelho fugiu como o diabo da cruz de abordar os temas cuja solução os elementos do povo que se manifestavam frente ao portão da unidade hoteleira onde discursava exigiam.
De tal forma isolado está Coelho e quem com ele partilha o poder que nem se dignou, no seu discurso, em falar sobre o sector que era tema principal e nuclear da sessão comemorativa do aniversário da Região de Turismo do Algarve, isto é, o turismo, preferindo cantar loas à melhoria considerável que o sector da saúde tinha registado na região, chegando a afirmar que “nunca foram prestados tantos actos clínicos como agora”, contrariando de forma provocatória e mentirosa todas as denúncias em sentido contrário que a Ordem dos Médicos, directores clínicos de vários dos hospitais do Algarve e sindicatos têm abundantemente trazido a público.
Fugindo às reclamações e condenações, quer dos elementos do povo que se manifestavam cá fora, quer dos empresários e operadores turísticos que lá dentro se queixavam da “…  desvalorização a que a região tem sido votada ao longo de anos», bem como à falta de “investimento proporcional à importância da região”, utilizou o esburacado discurso do milagre económico e da melhoria da situação económica do país.
Fingindo não entender que mais ninguém, fora e dentro daquela sala, nenhum elemento do povo e dos trabalhadores portugueses, partilham o seu optimismo, nem em relação às perspectivas económicas futuras, nem em relação ao milagre económico em curso, Passos pode de uma coisa ter a certeza. O destino que lhe está reservado pelo povo e por quem trabalha é o mesmo que estes sempre reservaram a todos os traidores ao longo da história: o caixote do lixo! 
É hora de o povo português entender que, para além da denúncia, isolamento e demissão desta corja que governa o país, a sua luta terá de passar pela constituição de um Governo de Unidade Democrática e Patriótica. Governo esse que, para além de levar a cabo um programa de investimentos produtivos criteriosos, execute um plano que leve à saída de Portugal do euro, uma moeda forte para uma economia fraca que tem tido como consequência a total perda de soberania e independência nacional, a degradação e denegação da democracia e da liberdade.
In "Que o silêncio dos justos não mate os inocentes".

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