sexta-feira, junho 24, 2011

Lançado apelo “Por uma auditoria à dívida portuguesa”

O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, e o economista da Universidade de Coimbra José Castro Caldas são duas das figuras que subscrevem o texto de apelo público para que seja feita uma auditoria à dívida portuguesa com a participação da sociedade civil.
O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, é um dos promotores da petição “Por uma auditoria à dívida portuguesa”. Foto de Tiago Petinga/Lusa.
O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, é um dos promotores da petição “Por uma auditoria à dívida portuguesa”. Foto de Tiago Petinga/Lusa.
O texto, intitulado “Por uma auditoria à dívida portuguesa”, é assinado por 38 figuras ligadas ao movimento sindical, associativo e ao ensino universitário e defende uma auditoria da dívida “com participação da sociedade civil e do movimento dos trabalhadores” como forma de “determinar que partes da dívida são ilegais, ilegítimas, odiosas ou simplesmente insustentáveis”.
“É urgente, neste contexto, a constituição de uma comissão popular, aberta e de convergência unitária, para uma auditoria à dívida portuguesa”, refere o documento citado pela Lusa, acrescentando que uma auditoria nestes moldes “oferece aos trabalhadores o conhecimento e a autoridade necessários para a definição democrática de políticas nacionais perante a dívida”.
Segundo os subscritores, esta auditoria “incentiva igualmente a responsabilidade, a prestação de contas e a transparência da administração do Estado”.
Medidas de austeridade anti-populares têm de ser postas em causa
“A austeridade e as medidas de privatização pressionam em primeiro lugar os mais pobres, enquanto as ‘ajudas’ são para quem está na origem da crise. Se as medidas de austeridade anti-populares não forem postas em causa, terão um impacto considerável na Europa durante muitos anos, modificando de forma drástica a relação de forças em favor do capital e em prejuízo do trabalho”, conclui o texto.
Entre os principais subscritores estão Manuel Carvalho da Silva, secretário geral da CGTP-IN, o economista da Universidade de Coimbra José Castro Caldas, António Avelãs, presidente do Sindicato de Professores da Grande Lisboa (SPGL), ou Elísio Estanque, investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

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